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Pesquisa por voz e imagem redefine estratégias de SEO e exige novo planejamento tático das marcas

A forma como os consumidores realizam buscas online está passando por uma transformação significativa. A popularização de assistentes virtuais – como Alexa, Siri e Google Assistant – somada ao crescimento das pesquisas por imagem, exige das marcas uma reformulação nas estratégias tradicionais de SEO (Search Engine Optimization). O que antes era centrado em palavras-chave genéricas e em textos otimizados apenas para leitura, agora precisa considerar comandos por voz, buscas visuais e interações mediadas por inteligência artificial.

De acordo com a consultoria Earthweb, cerca de 20,5% da população global já utiliza a busca por voz, com 27% dessas interações sendo feitas em dispositivos móveis. Nos Estados Unidos, esse comportamento está ainda mais consolidado: a previsão é de que o número de usuários de assistentes de voz atinja 153,5 milhões ainda em 2025. Além disso, segundo dados da DemandSage, 58% dos consumidores usam comandos de voz para encontrar informações sobre negócios locais, um dado que reforça a importância de adaptar o conteúdo para esse formato de busca.

“O uso da voz para fazer pesquisas era limitado há dez anos, mas hoje está presente na rotina de boa parte dos consumidores”, afirma Felipe Jordan, gerente de SEO e CRO da Adtail, agência full service de marketing digital com atuação em toda a América Latina. “Adaptar sites e conteúdos para essa realidade não é mais uma tendência futura — é uma necessidade atual.”

Segundo o especialista, a otimização técnica dos sites precisa considerar elementos que facilitem a leitura por bots de assistentes virtuais, como o uso inteligente de dados estruturados e a criação de respostas diretas para perguntas frequentes dos usuários. “Essas práticas ajudam o conteúdo a aparecer nos chamados recursos não tradicionais da SERP, como resultados por voz ou em destaque no Google Imagens”, explica Felipe.

No caso das pesquisas por imagem, o desafio é tornar o conteúdo visual também rastreável. “Audiodescrições e alt texts bem construídos são essenciais, tanto para a acessibilidade quanto para a performance nos buscadores”, destaca o especialista. Ele observa que mesmo com o avanço das novas formas de busca, as palavras-chave genéricas continuam relevantes, especialmente em plataformas como Google e TikTok.

A inteligência artificial tem um papel cada vez mais central nesse cenário. “O Google tem reformulado o layout de seus resultados para fornecer respostas mais objetivas, como forma de competir com as IAs generativas. Isso mudou o jogo”, analisa Felipe. “Para estar nesses espaços, é preciso produzir conteúdo com autoridade, clareza e otimização refinada.”

Para ele, um erro comum entre empresas é manter práticas de SEO defasadas, sem atualizar a estrutura do site ou o conteúdo das páginas de produto e blog. “Muitos ainda produzem conteúdo como se estivéssemos em 2020. Ignoram as otimizações básicas e, ao mesmo tempo, apostam em técnicas avançadas que não entregam resultado por conta dessa base fragilizada.”

Olhando para o futuro, Felipe acredita que a inteligência artificial deve dominar principalmente as buscas de topo de funil, enquanto as etapas de consideração tendem a migrar para plataformas com alto engajamento de conteúdo gerado por usuários, como o TikTok. Já as conversões — o fundo do funil — deverão ocorrer cada vez mais em marketplaces, e não necessariamente no e-commerce das marcas.

“Otimizar apenas o site institucional não será mais suficiente. Marcas que souberem posicionar seus produtos nos marketplaces terão uma vantagem competitiva real”, conclui.

CPI das BETs: pesquisa aponta que celebridades associadas às BETs são percebidas como “menos confiáveis”

Nesta terça (13), a influenciadora Virginia Fonseca compareceu ao Senado Federal após ser convocada para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets. Entre outras declarações, a influenciadora disse que não se arrepende dos anúncios que fez para empresas de apostas. 

Uma pesquisa realizada pelo Centro de Estudos Aplicados de Marketing (CEAM) da ESPM identificou que, apesar da demanda por BETs seguir em alta, mesmo com a regulamentação por parte do governo, a reputação das celebridades vai em sentido oposto. A má reputação da categoria faz com que as celebridades associadas a essas marcas sejam percebidas como “menos confiáveis” por 68% dos entrevistados. A pesquisa, realizada em novembro de 2024, analisou o comportamento do consumidor em sites de apostas online.

A reputação, no entanto, não afeta a percepção dos clubes de futebol patrocinados por marcas de BETs. Inclusive, entre os entrevistados, há uma tendência de aumento de apostas no futuro: caso a BET venha a patrocinar o clube do respondente, 39% dizem que irão apostar frequentemente, enquanto 41% dizem que pretendem apostar mais no futuro, caso isto ocorra. Entre os respondentes, 43% afirmam gostar destas marcas como patrocinadoras de seus times.

“Com a pesquisa, conseguimos ter a percepção de como as BETs são percebidas dentro de diferentes aspectos. Um tema que tem sido alvo de muitas discussões no país atualmente. Nosso objetivo é identificar o comportamento destes consumidores e caminhos a serem seguidos pelas marcas”, diz Evandro Luiz Lopes, diretor acadêmico de pesquisa e Pós Stricto da ESPM, escola de referência, autoridade em Marketing e Inovação voltada para negócios.

Ainda de acordo com a pesquisa, 23% dos entrevistados gastam 10% ou mais do orçamento mensal e pretendem seguir “investindo”. Para 44% dos respondentes, a percepção é de que as BETs são reguladas, porém não são honestas. 

Apesar do contraste entre a alta demanda e a percepção de não ser um canal confiável, o que mais mantém e motiva as pessoas de diferentes faixas etárias a persistirem como usuárias dessas plataformas é a expectativa de ganhar dinheiro. Quando questionados abertamente sobre a motivação para apostar em BETs, 24% responderam ganhar dinheiro. Não à toa, a pesquisa também identificou que a modalidade já ocupava o 2º lugar entre o consumo de jogos dos entrevistados, com concentração de cerca de 25%, ficando atrás apenas da Loteria.

Metodologia 

Com nível de confiança de 95%, a pesquisa, conduzida pelo CEAM – Centro de Estudos Aplicados de Marketing, ouviu 400 usuários de sites de apostas em todo o Brasil durante o mês de novembro de 2024. Além de aspectos atitudinais, o Centro avaliou aspectos de lembrança de marca, relação com clubes patrocinados e celebridades no contexto das empresas de apostas online. 

Os desafios da transformação tecnológica no varejo

A transformação tecnológica no varejo tem sido um tema central nas discussões empresariais recentes. As inovações estão desempenhando um papel fundamental na evolução do setor varejista, moldando a maneira como as empresas operam e como os consumidores interagem com os produtos e serviços. De acordo com a 6ª edição do estudo “Transformação Digital no Varejo Brasileiro”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o OasisLab e apoio da Cielo, 48% das empresas planejam aumentar seus investimentos nessa área. Esse cenário de evolução constante traz consigo uma série de oportunidades e desafios que impactam diretamente a dinâmica do varejo moderno, e quem “surfar essa onda” tem grandes possibilidades de se destacar no mercado.

Dentre os pilares dessa revolução está a automação de processos, a inteligência artificial e a análise de dados, tendo como parte essencial a integração eficiente entre canais físicos e digitais, pois os clientes esperam uma experiência consistente, independentemente do meio utilizado para a compra. Implementar essa convergência representa um desafio significativo para os varejistas, exigindo investimentos em tecnologia e reestruturação de processos, mas com resultados significativos para a evolução do negócio.

A segurança cibernética também se destaca como uma preocupação crítica. Com o aumento das transações online e a coleta massiva de dados dos clientes, proteger informações sensíveis contra ameaças digitais é imperativo. Isso demanda investimentos substanciais em tecnologias de segurança e na capacitação de equipes especializadas. Dessa forma, o consumidor se sente mais seguro para comprar novamente com aquele fornecedor.

Temos que lidar ainda com as expectativas em relação à experiência de compra, que está sempre em constante evolução. A implementação de tecnologias como realidade aumentada, inteligência artificial e chatbots tornou-se essencial para proporcionar interações diferenciadas. No entanto, essas inovações requerem investimentos consideráveis, sendo necessário acompanhar as mudanças nas preferências dos clientes para realizar investimentos assertivos.

A incorporação de novas tecnologias também implica na necessidade de requalificação e treinamento dos colaboradores. A resistência à mudança e a adaptação a novas ferramentas são obstáculos que os varejistas precisam superar para garantir uma implementação bem-sucedida. Mas, se bem-feito, traz ótimos resultados na equipe e, consequentemente, no desenvolvimento do negócio.

Diante desses desafios, é fundamental que as empresas adotem uma abordagem estratégica e flexível, investindo de forma inteligente em tecnologias que aprimorem a eficiência operacional e elevem a satisfação do cliente. Aqueles que abraçarem a transformação digital com visão estratégica estarão mais preparados para prosperar em um mercado dinâmico e altamente competitivo.

*Leonardo Castelo, CEO do Ecossistema 300 Franchising

Governança de Dados 5.0: Como as empresas podem se preparar para a nova Era regulatória global

Vivemos uma era em que a informação se consolidou como ativo estratégico central para empresas de todos os setores. Com a aceleração das tecnologias digitais e a expansão da economia de dados, surge um novo desafio: alinhar práticas corporativas às exigências de uma regulação global cada vez mais complexa e convergente. Observo que a preparação para essa nova fase passa por um redesenho profundo da governança de dados.

As empresas precisam compreender que as regulações não são mais eventos locais, mas parte de um ecossistema global interconectado. O Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia deu o tom em 2018, seguido por leis como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil, o California Consumer Privacy Act (CCPA) nos Estados Unidos, a Lei Chinesa de Proteção de Dados (PIPL) na China e mais recentemente discussões avançadas sobre uma regulação única na Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e uma revisão do GDPR pela Comissão Europeia. Se trata de uma nova geração de normas que não apenas protegem dados pessoais, mas também impõem regras sobre inteligência artificial, transferência internacional de dados e segurança cibernética.

A Forrester, empresa de pesquisa e consultoria, realizou um estudo que mostrou que 70% das empresas planejam expandir sua governança de dados para abranger responsabilidade algorítmica e ética, além da privacidade, revelando que a governança de dados está deixando de ser apenas uma função de compliance para se tornar parte da estratégia de confiança digital e reputação das marcas. Já uma pesquisa da Gartner, empresa de pesquisa e consultoria em TI e negócios, enfatizou que até 2026, mais de 60% das grandes organizações terão programas formais de governança de IA, impulsionados justamente pela pressão regulatória global.

Diante desse cenário, vejo cinco pilares essenciais para empresas que desejam uma governança de dados resiliente e preparada para o futuro:

Governança global, Compliance local: A governança precisa ser pensada em camadas. No topo, um framework global unificado, que estabeleça princípios gerais de proteção e uso ético dos dados, como transparência, accountability e privacy by design. Em paralelo, deve haver compliance adaptado a cada jurisdição. O segredo está em mapear com precisão onde e como os dados são processados e alinhar essas operações às leis locais, sem perder a visão integrada do todo.

Data Stewardship como cultura corporativa: Não é mais suficiente ter um Data Protection Officer (DPO) ou um comitê de privacidade. A governança de dados precisa ser transversal, envolvendo áreas como TI, jurídico, compliance, recursos humanos e marketing. O conceito de data stewardship, ou seja, responsabilidade compartilhada pela qualidade e segurança dos dados, deve ser incorporado à cultura da empresa. Isso exige treinamento contínuo e métricas claras de responsabilidade.

Arquitetura técnica resiliente: Do ponto de vista tecnológico, as organizações precisam investir em arquiteturas que suportem requisitos regulatórios futuros, como a portabilidade de dados. Isso significa sistemas com capacidade de auditar, manter registros e rastrear dados, além de aplicar políticas de acesso e uso. A adoção de soluções baseadas em zero trust e criptografia avançada será cada vez mais mandatória.

Preparação para auditorias e certificações: As novas regulações indicam uma tendência clara: maior rigor na fiscalização e valorização de certificações internacionais, como ISO 27701 e NIST Privacy Framework. As empresas que desejam operar globalmente precisam estruturar processos para responder prontamente a auditorias regulatórias e conquistar certificações que funcionem como selo de conformidade. Esse preparo inclui desde relatórios automatizados até simulações periódicas de incidentes.

Ética e responsabilidade social dos dados: Mais do que obedecer à lei, a governança de dados do futuro terá que responder às expectativas sociais sobre ética digital. Com o avanço da IA e da análise preditiva, surgem debates sobre discriminação algorítmica, vigilância e manipulação comportamental. As empresas que se posicionarem de forma proativa, com comitês de ética em dados, políticas claras sobre uso de IA e compromissos públicos com a proteção dos direitos fundamentais, terão uma vantagem competitiva e reputacional em relação as suas concorrentes.

Entendo que conformidade regulatória é um ponto de partida, não o destino final. A verdadeira transformação está em enxergar a governança de dados como vetor de valor e confiança. As corporações que compreenderem isso hoje, estarão preparadas para navegar com segurança e vantagem estratégica na economia digital global. O futuro da governança de dados não pertence aos que resistem à regulação, mas aos que a antecipam e a transformam em diferencial competitivo.

Mais de 80% dos brasileiros mantêm rotina de compras online, mas insegurança no digital ainda preocupa, mostra Serasa Experian

O comércio eletrônico já faz parte da rotina da maioria dos brasileiros: segundo o Relatório de Identidade e Fraude 2025 da Serasa Experian, 82% dos consumidores afirmam realizar pelo menos uma compra online por mês. O dado reforça a consolidação do canal digital como hábito de consumo no país, mesmo fora de períodos promocionais. Ainda assim, o cenário exige atenção com segurança: quase metade dos entrevistados (48,1%) já deixou de finalizar um pedido por não confiar no site ou aplicativo.

Embora datas como o Dia das Mães, a Black Friday e o Natal impulsionem picos sazonais de vendas, o estudo mostra que o consumo digital é um comportamento contínuo, não restrito a ocasiões especiais. “A alta recorrência nas compras online exige que empresas estejam preparadas para proteger seus clientes em qualquer etapa da jornada, e não apenas em grandes eventos do varejo”, destaca o Diretor de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha. “Nossas soluções antifraude são desenvolvidas justamente para equilibrar segurança e experiência, apoiando tanto consumidores quanto negócios na construção de um ambiente digital mais confiável”, completa.

Mulheres e Classe A lideram no consumo digital

O levantamento também revela quem são os protagonistas do comércio digital: as mulheres lideram o consumo em praticamente todas as categorias, com destaque para roupas, eletrônicos e produtos de beleza ou bem-estar (66,3%, contra 52,9% dos homens). Elas também compram e vendem mais itens online (60,1% vs. 53,2%) e realizam mais pedidos de comida (52,7% vs. 43,1%). Entre os homens, a liderança aparece em apenas três frentes: apostas esportivas, jogos online e solicitação de cartões de crédito.

Do ponto de vista socioeconômico, a Classe A concentra o maior volume de atividades digitais, com ampla vantagem em categorias como encomenda de mantimentos (34%) e consumo de livros e músicas (36,1%). A Classe C, apesar de ainda representar menor participação, começa a demonstrar crescimento em algumas frentes, como leitura e entretenimento, com alta de quase 10 pontos percentuais nessa categoria. 

Confira abaixo uma tabela com as principais atividades online mapeadas pela pesquisa:

Consumo online segue forte, mas insegurança ainda é empecilho para o e-commerce

Mesmo fora das datas comemorativas, o hábito digital está consolidado: 33,4% dos consumidores afirmam realizar entre duas e três compras online por mês. No entanto, a conveniência vem acompanhada de desafios. Quase metade dos consumidores (48,1%) já deixou de concluir uma compra por falta de confiança no site ou aplicativo — fator que só perde para o frete caro (75,6%) como principal motivo de abandono.

Esse comportamento revela um dilema do comércio online: o crescimento do consumo vem acompanhado da expansão das fraudes. Com o aumento do tráfego em datas como o Dia das Mães, os criminosos digitais intensificam suas ações, lançando mão de promoções falsas, roubo de dados por meio de redes sociais e sites fraudulentos.

“Para os consumidores, é essencial conferir a reputação das lojas, desconfiar de ofertas boas demais para ser verdade, evitar clicar em links suspeitos e cadastrar suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos”, orienta Rocha. “O Relatório de Identidade e Fraude mostra que 51% dos consumidores já foram vítimas de fraude, o que reforça a importância de camadas múltiplas de verificação de identidade para combater esse cenário de insegurança. Ao combinar biometria, inteligência de dispositivos e validação cadastral em diferentes etapas da jornada, conseguimos ampliar a segurança e fortalecer a confiança no ambiente digital”, completa. 

Veja abaixo os gráficos com dados sobre a frequência mensal de compras dos brasileiros e os principais motivos que levam à desistência de uma compra:

Livro traz soluções sobre engajamento para ecossistemas de inovação

Inovar, em linhas gerais, significa criar algo novo ou gerar melhorias a algo já existente. Esse conceito, aplicado no universo empresarial, é o que causa certa dor de cabeça ao empresário que busca um diferencial frente seus concorrentes e ao gestor público que enfrenta desafios para gerar mais negócios. Foi para essas pessoas que o especialista na criação de ecossistemas inovadores Franklin Yamasake escreveu “Traciona! Engajando Ecossistemas de Inovação”, um guia prático para quem deseja transformar ambientes de negócios, cidades ou organizações em verdadeiros polos de inovação colaborativa. O evento de lançamento acontecerá no dia 7 de maio, no Espaço Nébula Catalisadora, em São Paulo.

O livro combina fundamentos teóricos com estudo de caso e exemplos reais para revelar os fatores que motivam a participação ativa de diferentes perfis, desde startups, governos e grandes empresas. Com uma linguagem acessível e orientada, “Traciona!“ oferece ferramentas práticas e reflexões que ajudam o leitor a identificar, conectar e mobilizar os diversos elos de um ecossistema, através da criação de um ambiente mais fértil para a inovação sustentável

“Em 2018, realizei eventos no interior de São Paulo e vi que faltava algo para gerar a faísca da inovação entre os residentes. Por isso, mergulhei por 4 anos em um doutorado e visitei diversos ecossistemas para conhecer melhores práticas pesquisadas no mundo.” – Franklin Yamasake

A obra traz recomendações práticas, fundamentadas em literatura científica e experiências reais, capazes de impulsionar a inovação e a colaboração em ambientes empresariais e urbanos. Um dos destaques é o estudo de caso do Grape Valley, em Jundiaí, que envolveu mais de 100 participantes da pesquisa para compreender os fatores que motivam a construção coletiva de ecossistemas inovadores.

“Traciona!“ funciona como uma janela de oportunidade para profissionais, gestores públicos, empreendedores e interessados em inovação explorarem caminhos práticos para fortalecer seus ecossistemas e promover a colaboração efetiva.

TikTok Shop reforça a importância do marketing contextual e diversificação de mídia, segundo CEO da US Media

O TikTok Shop chegou ao Brasil na última quinta-feira (8), e com ele a promessa de movimentar R$39 bilhões no país até 2028, o equivalente a algo entre 5% e 9% do e-commerce nacional, segundo estimativas do banco Santander. No entanto, mais do que uma nova plataforma de vendas, o movimento representa uma mudança profunda na jornada de consumo, que se torna cada vez mais imediatista, visual e conectada à experiência dentro das plataformas.

“A chegada do TikTok Shop ao Brasil é um reflexo claro da evolução da jornada de consumo”, afirma Bruno Almeida, CEO da US Media, hub de soluções de mídia líder nas Américas. “O comportamento das pessoas está mais imediatista, visual e conectado a experiências nativas dentro das plataformas, e as marcas precisam entender cada vez mais de mídia, contexto e narrativa para gerar vendas reais.”

Para Almeida, o desafio agora não é apenas capturar a atenção, mas criar conteúdo com contexto, narrativa e intenção de compra. “O consumidor descobre, avalia e decide em poucos segundos. O conteúdo precisa ser nativo, relevante e conectado ao momento do usuário”, explica.

A US Media, que representa plataformas como Vevo, OneFootball, WeTransfer e Tinder, reforça a importância de entender o comportamento do consumidor em cada canal. “Não basta estar presente, é preciso saber onde, como e quando ativar sua marca”, diz o CEO. “Isso vale para o TikTok Shop, para o YouTube, para o Vevo e para qualquer plataforma onde a atenção se converte em ação”.

Almeida também destaca a importância da diversificação do plano de mídia. “Não dá mais para depender de poucos canais”, afirma. “Saber aproveitar a fortaleza de cada um, dos tradicionais aos mais novos, é o que fará a diferença”. Segundo ele, o futuro da publicidade está na integração inteligente entre entretenimento, conteúdo e conversão, conectada à jornada do consumidor.

DeÔnibus fecha parceria internacional para vendas de passagens de ônibus intermunicipais e interestaduais

A DeÔnibus, marketplace de passagens rodoviárias online, anuncia uma parceria estratégica com o Moovit, o aplicativo de mobilidade urbana mais utilizado no mundo. Essa união proporciona mais praticidade para os passageiros que realizam viagens intermunicipais e interestaduais, permitindo a compra de passagens diretamente pelo app da Moovit, além de simplificar os deslocamentos até os locais de embarque e desembarque em cada cidade do país.

Com essa nova parceria, os usuários do Moovit vão encontrar uma quarta aba na tela inicial do aplicativo, denominada “Bilhetes”. A partir dela, é possível selecionar origem, destino e datas de viagem, acessar múltiplas opções de trajetos e adquirir bilhetes de diversas empresas de ônibus consolidadas em todo o Brasil, que são integradas à DeÔnibus.

“Na DeÔnibus, trabalhamos para facilitar o acesso ao transporte rodoviário em todo o Brasil, conectando pessoas a milhares de destinos com praticidade, economia e segurança. A integração com a Moovit representa um avanço importante nessa missão: ao levar nossas rotas para um dos principais aplicativos de mobilidade do mundo, ampliamos nossa presença digital e tornamos a experiência do viajante rodoviário única e mais completa — do planejamento até a chegada ao destino.”, destaca Mariana Malveira, Head de produto da DeÔnibus.

Com mais de uma década de história, a DeÔnibus conta com cerca de 300 operadores rodoviários parceiros que disponibilizam milhares de rotas para os viajantes. A empresa já atendeu, aproximadamente, 7 milhões de clientes no Brasil, além de atuar como aliada tecnológica de diversas companhias de ônibus, fretamento, rodoviárias e agências pelo país. Em 2024, foi adquirida pelo grupo israelense Travelier, líder global em tecnologia de viagem para transporte terrestre e marítimo.

“A parceria com a Moovit só reforça o compromisso da DeÔnibus de tornar o transporte rodoviário mais acessível e digital. Queremos tornar a experiência de compra cada vez mais presente na rotina dos viajantes, se consolidando como o mais conectado marketplace de viagens e mobilidade”, afirma Fernando Santos, Diretor Comercial da DeÔnibus.

Esta iniciativa amplia as possibilidades do planejamento de viagens regionais, anunciado pelo Moovit em 2024. “O aplicativo da Moovit é uma central de soluções em mobilidade, onde as pessoas se informam sobre como chegar nos seus destinos de maneira simples e eficiente. A parceria com a DeÔnibus possibilita agora que os passageiros também comprem passagens rodoviárias de forma prática, economizando tempo e evitando filas”, afirma Tomer Asheroff, Vice-Presidente para Desenvolvimento de Negócios do Moovit.

Os passageiros podem adquirir passagens diretamente no aplicativo do Moovit para AndroidiOS ou na versão Web.

Elon Musk: louco ou visionário? Entenda qual é seu perfil de liderança

Elon Musk é uma figura singular no mundo dos negócios – celebrado por revolucionar setores inteiros, tais como o automobilístico, a exploração espacial, entre outros – e, ao mesmo tempo, bastante criticado por decisões gerenciais polêmicas. Nos últimos anos, especialmente após a aquisição do Twitter (agora rebatizado de X), seu estilo de liderança tem sido escrutinado por profissionais de RH e tecnologia em busca de lições sobre perfil psicológico e riscos comportamentais.

Estudar o perfil de Elon Musk do ponto de vista da psicologia organizacional revela um líder atípico. De acordo com uma análise conduzida pelos especialistas da Hogan Assessments, nada em sua trajetória indica que Musk seja “louco, narcisista ou malévolo” – adjetivos frequentemente lançados por críticos. Em vez disso, o que surge é a imagem de um empreendedor extremamente capaz, ambicioso e também propenso a riscos. A metodologia Hogan, inclusive, sugere três chaves para entender sua personalidade no trabalho: capacidade cognitiva, orientação empreendedora e seu estilo interpessoal.

Um conhecimento técnico fora do comum

Talvez nem todo mundo que acompanha as notícias sobre o empreendedor saiba, mas Elon Musk acumula um grande conhecimento técnico. Formado em Física e Economia, acaba unindo conhecimentos sobre números, tecnologias e finanças -de forma mais profunda que a maioria das pessoas. Colegas afirmam que ele possui uma percepção aguda para antecipar tendências de negócios, e identificar falhas no raciocínio alheio. Essa confiança intelectual se traduz em agilidade nas decisões: Musk não é fã de planos rígidos de longo prazo – ele parte para a ação e aprende com o resultado, ajustando o curso conforme necessário.

No que tange à estrutura psicológica, Musk incorpora o arquétipo do empreendedor incansável. Dados da Hogan indicam que empreendedores de sucesso tendem a ser analíticos, resolvem problemas com base em dados, trabalham energicamente (não raro 100 horas por semana), não temem riscos e são altamente competitivos e orientados a impacto.

Musk espelha esse perfil: é famoso por sua ética de trabalho extrema e por perseguir objetivos audaciosos. Características como coragem para assumir riscos elevados, dedicação intensa e foco em resultados concretos são apontadas como ingredientes essenciais de seu sucesso, independentemente de sua inteligência excepcional. Em outras palavras, Musk combina brilhantismo com muito empenho – ele pensa grande e trabalha duro para materializar suas visões. Essa orientação estruturada para objetivos ambiciosos explica em parte como ele conseguiu fundar e escalar múltiplas empresas em setores distintos em tão pouco tempo.

A faceta talvez mais controversa de Musk está em seu estilo de lidar com pessoas. Ele próprio revelou ter síndrome de Asperger (condição do espectro autista), algo relativamente comum entre engenheiros e empreendedores de perfil técnico. Pessoas próximas já o descreveram como o “alma da festa” em ocasiões sociais, alguém bem-humorado, irreverente e travesso fora do trabalho.

No ambiente profissional, entretanto, Musk adota uma postura altamente exigente. Ele se define como um gerente “nano” – ou seja, leva o microgerenciamento ao extremo –, impaciente e rápido em apontar defeitos. Preocupações com sentimentos da equipe ou gentilezas não estão no topo de suas prioridades diárias. Como muitos líderes de origem técnica, ele valoriza desempenho e entrega acima de diplomacia.

Dois extremos

A análise da Hogan sugere que Musk é um visionário de enorme sucesso como empreendedor, porém um líder mediano em termos de gestão de pessoas. Isso não o diferencia tanto de outros gigantes da tecnologia: a teoria chamada “paradoxo Apple” – referência a Steve Jobs – mostra que líderes brilhantes podem ser difíceis no trato pessoal e, ainda assim, construir organizações de alto desempenho.

Na prática, Musk confia que gestores subordinados atenuem seu estilo duro com os funcionários, enquanto ele foca nas grandes decisões estratégicas. Essa combinação rende resultados notáveis, mas não sem atritos internos.

Mesmo as qualidades que impulsionaram Musk ao topo podem se tornar riscos comportamentais quando levadas ao extremo. A Hogan Assessments usa o conceito de descarriladores para descrever traços de personalidade que, sob estresse ou pressão, podem “sabotear” o desempenho de um líder. Nos últimos anos, Elon Musk tem sido frequentemente associado a dois descarriladores em particular: o excesso de perfeccionismo e a autoconfiança extrema.

A tendência perfeccionista de Musk funcionou bem no passado, com a Tesla. Mas no antigo Twitter – e atual X – o empreendedor correu um grande risco de atrapalhar a agilidade e o moral da equipe. Isso mostra claramente que pontos fortes na personalidade, sem o devido ajuste ao contexto, podem tirar a carreira de um líder dos trilhos.

A autoconfiança extrema de Musk também o levou, no passado, a trocar a marca consagrada do Twitter por um novo nome –“X” – uma mudança radical e que certamente seria feita de outra forma por qualquer outra organização. No entanto, a personalidade de Musk leva-o a ter uma “convicção suprema” em si mesmo e em suas visões, desafiando todas as probabilidades. O risco aqui é de superar os limites da prudência – acreditar que sua intuição basta, mesmo diante de alertas contrários de especialistas ou do mercado. O rebranding do Twitter, amplamente visto como precipitado, ilustra como a autoconfiança de Musk pode gerar repercussões controversas. Ser ousado é parte do gênio inovador de Musk, mas em dose exagerada pode implicar apostas perigosas à reputação e ao valor de suas empresas.

Impactos na gestão do Twitter: governança, cultura e desempenho

Antes da aquisição, o Twitter era uma empresa de capital aberto com conselho de administração, quase 7,5 mil funcionários e uma cultura interna voltada à moderação de conteúdo e projetos a longo prazo. Após a aquisição em outubro de 2022, Musk fechou o capital da companhia (passando a controlá-la integralmente), dissolveu o conselho e demitiu a maior parte da alta direção. Em seguida, implementou uma reformulação drástica na governança, cultura e estratégia da plataforma. Quais foram os resultados?

Logo de início, Musk promoveu cortes massivos de pessoal. Em poucas semanas, cerca de metade dos funcionários foi dispensada. Meses depois, em entrevista, o próprio Musk revelou que restavam cerca de 1.500 de aproximadamente 8 mil empregados originais – um enxugamento de mais de 80% do quadro. Junto às demissões, Musk enviou um ultimato aos remanescentes para que abraçassem uma cultura de trabalho “extremamente hardcore”, com longas horas e alta intensidade, ou então pedissem desligamento. Muitos optaram por sair. Esse choque cultural transformou profundamente o dia a dia na empresa, substituindo a cultura anterior por uma filosofia startupeira extrema – pequenas equipes, múltiplas funções por pessoa e foco incessante em engenharia e produto.

“Trabalhar no Twitter sob Musk não é para os fracos”, resumiu um ex-funcionário anonimamente. Do ponto de vista de RH, essa mudança suscita debates: por um lado, a redução de pessoal e o aumento de pressão podem eliminar burocracia e acelerar entregas; por outro, risco de perder talentos, conhecimento institucional e motivação de equipe no longo prazo.

Mas e o Twitter – ou X?

Em 2024, a plataforma X apresentou um desempenho financeiro misto. Embora tenha alcançado um lucro ajustado de aproximadamente US$ 1,2 bilhão em EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização), a receita total caiu para cerca de US$ 2,9 bilhões, uma redução significativa em comparação aos US$ 4,4 bilhões registrados em 2022, antes da aquisição por Elon Musk.

Um fator significativo que afeta a lucratividade do X é o serviço da dívida adquirida durante a compra da plataforma por Elon Musk. Atualmente, os custos anuais de serviço da dívida são estimados em US$ 1,2 bilhão, o que representa uma parcela substancial da receita total da empresa.

Em termos de avaliação de mercado, a X recuperou seu valor para US$ 44 bilhões em 2025, igualando o preço pago por Musk na aquisição da empresa. Essa recuperação foi impulsionada por novos investimentos e pela valorização da startup de inteligência artificial xAI, da qual Musk transferiu uma participação de 25% para os investidores da X.

A relação com Donald Trump

Além do desempenho de suas empresas, Elon Musk lida hoje com as consequências de suas posições públicas e alianças políticas, em especial sua relação com o atual presidente dos EUA Donald Trump. Do ponto de vista reputacional, essa associação polarizou a imagem de Musk como líder empresarial.

Se por um lado ele ganhou admiração e influência em círculos conservadores – há quem o veja como defensor da liberdade de expressão e antagonista de supostas “censuras” do Vale do Silício –, por outro lado ele comprometeu seriamente sua imagem junto a públicos de centro e esquerda. Por outro lado, Musk também angariou novos aliados. Grupos e empreendedores alinhados à ideologia de livre mercado e mínima regulação celebram sua parceria com Trump, esperando benefícios mútuos – Musk teria portas abertas em Washington, e o governo Trump se beneficiaria da experiência e do selo inovador de Musk. De fato, Musk se tornou uma espécie de embaixador informal do setor tech dentro do governo Trump.

Entre prós e contras, e polêmicas, entender o perfil de liderança de Elon Musk requer aceitar seus paradoxos. Ele pode ser ao mesmo tempo visionário e imprevisível; inspirador e temido; progressista em certas causas e reacionário em outras. Para os setores de RH e tecnologia, Musk reforça a importância de avaliar líderes de forma holística – considerando não apenas os resultados financeiros que alcançam, mas como os alcançam e a que custo humano e reputacional.

Sua trajetória oferece lições sobre a importância de equilibrar ambição com autoconsciência. Nenhum líder está acima de feedback ou isento de ponto cego. Elon Musk segue desafiando limites – cabe a nós, analistas e profissionais, acompanhar criticamente esses movimentos, aprendendo com seus acertos e erros na busca por formar líderes eficazes, éticos e resilientes em um mundo de mudanças rápidas.

Por Roberto Santos, sócio-diretor da Ateliê RH

Moriah Asset tem seis marcas selecionadas no lançamento do TikTok Shop no Brasil

A Moriah Asset, veículo de investimento brasileiro com foco nos mercados de wellness (saúde e bem-estar) e de mídia, tem seis marcas de seu portfólio de investimento selecionadas para o concorrido lançamento do TikTok Shop no Brasil. Power Focus, Better BE, Desinchá, Push e Pow, Guday e Rowa foram as escolhidas. A seleção das marcas do ecossistema de empresas da Moriah demonstra a força do mercado de saúde e bem-estar no Brasil, o décimo segundo mais representativo do mundo, com crescimento de 7,3% ao ano e vendas estimadas em cerca de R$ 550 bilhões, segundo o Global Wellness Institute (GWI).

“Uma coisa é certa, todos querem viver mais e melhor. E este desejo vem impulsionando o mercado de saúde e bem estar em suas mais diferentes vertentes”, afirma.Fabiano Zettel, CEO da Moriah Asset. “Como primeiro veículo de investimento focado no segmento de bem-estar no país, temos a vantagem de ter saído na frente e formado um ecossistema com as maiores e mais promissoras empresas de wellness do país”.

A Moriah terminou o ano de 2024 com mais de 25 empresas investidas. Entre elas, além das marcas já citadas aqui, nomes como Haoma, Oakberry, Solo Snacks, Frutaria São Paulo, Empório Frutaria, Néctar, WeProtein e Les Cinq Gym compõe o portfólio.

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