Chinn Google cinneadh a chothú na brioscaí idirlín gníomhach, ag críochnú ar phlé a thógfadh os cionn cúig bliana. Ao longo de an t-am sin, cuireadh go leor réitigh i gceist chun feidhmíocht mhaith na struchtúir fógraíochta agus margaíochta laistigh de na heagraíochtaí a chinntiú, slándáil na n-úsáideoirí a chinntiú agus taithí na dtomhaltóirí a fheabhsú, atá ag dul ar líne agus a bhfuil tionchar ag gníomhartha margaíochta agus fógraíochta bunaithe ar na sonraí tríú réimse seo le blianta.
Cé go leor iarrachtaí ó raonta éagsúla, agus deireadh an cheist maidir le crúcaí, ní tháinig an réiteach fíor-shásúil do gach taobh ó na crúcaí, ach ó ghlacadh na bailiúcháin sonraí príomha (na sonraí chéad pháirtí) ag roinnt eagraíochtaí. Sonraí príomhsan atá bunúsach mar rud a thugann an t-úsáideoir féin. Ou seja, são informações mais confiáveis, mais detalhadas e cedidas por vontade própria, com o usuário sabendo o que está ou não informando sobre si à cada organização. Com dados coletados diretamente junto aos consumidores, não só as ações de marketing e propaganda ganharam uma nova vida, mas outras ferramentas puderam e continuam a ganhar espaço para se desenvolverem.
Esse é o caso das IAs generativas aplicadas a contextos conversacionais, algo que basicamente representa um dos vértices essenciais do engajamento do cliente na atualidade. Treinar uma IA é algo extremamente complexo, mas fazê-lo com dados de qualidade inferior é muito mais complicado e pode seguir gerando ruídos que impactam negativamente a experiência do usuário.
A verdade é que atualmente manter os cookies não é uma decisão que vai impactar tanto as empresas que já estão mais comprometidas com criar experiências do cliente superiores, nem aquelas que querem criar e treinar modelos de IA realmente revolucionários para auxiliar em suas comunicações.
A junção da IA ao contexto de engajamento e uso de dados primários são questões centrais em uma verdadeira reformulação do paradigma das comunicações entre marcas e consumidores. O suposto fim dos cookies acelerou isso, o que é positivo, e mesmo que os cookies se mantenham, já se constatou que é preciso mudar, priorizando dados de maior qualidade.
Apenas 16% das empresas concordam fortemente que têm os dados de que precisam para entender seus clientes, e apenas 19% delas concordam fortemente que têm um perfil abrangente de seus clientes (Relatório do Engajamento do Cliente da Twilio 2024). Esse gap de dados não deve ser tratado de forma leviana, e estamos em um momento em que há oportunidade de lidar com isso de forma a transformar para sempre o marketing e a propaganda.
Pode ser que, inicialmente ao menos, coletar dados primários seja algo que eleve custos e seja tarefa mais árdua. É realmente um trabalho complexo, que leva tempo. Apesar disso, o cenário atual comprova que precisamos dessa reestruturação. Os cookies de terceiros vão seguir existindo, mas empresas que respeitam mais e mais a experiência do usuário se tornarão aquelas com reais diferenciais, com as IAs mais bem treinadas e eficientes e aquelas que podem dizer “respeitamos seus dados” com 100% de certeza e aprovação do cliente – o foco principal dessa relação.
Esse comportamento se tornará, cada vez mais, um diferencial importante, até que seja entendido como a real maneira de competir no mercado. É por isso que meu conselho para as organizações é: comece a investir em coletar dados primários, invista em treinar suas IAs com eles e foque no cliente. Isso determinará seu futuro e sua sobrevivência em um tempo que já não está tão distante quanto pode parecer.