InicioNoticiasLegislaciónAlerta para empresas Split Payment en la Reforma Tributaria exige acción inmediata

Alerta para empresas Split Payment en la Reforma Tributaria exige acción inmediata

Previsto na Emenda Constitucional 132 de 2023 e regulamentado pela Lei Complementar 214 de 2025, o modelo automatiza o recolhimento de tributos sobre o consumo no momento da venda, antes que o fornecedor receba o valor líquido. Na prática, o imposto deixa de passar pelo caixa da empresa, o que exige revisão do capital de giro, ajustes em contratos e investimentos em tecnologia.

De acordo com estudos técnicos da Receita Federal, a implantação do Split Payment será gradual entre 2026 e 2032, acompanhando a transição para o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Essa mudança deve reduzir a sonegação e aumentar a eficiência da arrecadação, mas pode pressionar o caixa de empresas que operam com margens reduzidas ou dependem de prazos longos para pagamentos.

Segundo Jhonny Martins, vicepresidente de SERAC, hub de soluções em contabilidade, educação e gestão corporativa, o modelo exige que os empresários reorganizem seus fluxos financeiros. “Quando o imposto deixa de passar pelo caixa da empresa, o empreendedor precisa redesenhar seu capital de giro, ou corre o risco de ver a operação travar.”

Um levantamento do Portal Contábeis mostra que companhias do setor de serviços podem sofrer redução média de até 19,2% no faturamento líquido se não houver adaptação. A retenção automática de tributos deve atingir com mais intensidade áreas que operam com baixa margem de lucro e alta dependência de fluxo de caixa, como varejo, e-commerce e serviços profissionais.

Para o vice-presidente do SERAC, o primeiro passo é antecipar o impacto. “As empresas precisam simular cenários considerando a redução de liquidez e projetar se o caixa líquido cobre as despesas operacionais. Sem esse controle, o risco é comprometer a entrega e o crescimento”, aponta.

O modelo também exigirá que sistemas de gestão, notas fiscais e meios de pagamento sejam integrados aos bancos e às plataformas de arrecadação, o que demandará investimento tecnológico. Martins destaca que a adequação não deve ser deixada para a última hora. “Adaptar a operação agora evita que o imposto se torne o gargalo do crescimento amanhã.”

A partir de 2026, o governo deve iniciar a fase de testes do sistema com adesão progressiva, e a obrigatoriedade plena está prevista para 2027. Especialistas apontam que empresas com operações nacionais, principalmente no comércio eletrônico, devem priorizar o mapeamento de processos fiscais e o treinamento das equipes.

Jhonny Martins alerta ainda para os impactos contratuais e operacionais. “Empresas que vendem parcelado ou trabalham com antecipação de recebíveis precisam revisar contratos e margens. O repasse imediato do imposto muda o ritmo do caixa e, consequentemente, as condições de negociação com fornecedores.”

Entre as medidas preventivas recomendadas estão a revisão de contratos, o fortalecimento de reservas de capital de giro, a integração de sistemas e o treinamento das equipes fiscal e financeira. “O Split Payment traz mais previsibilidade para o fisco, mas também exige maturidade financeira das empresas. Quem se preparar agora vai atravessar essa transição com vantagem competitiva”, conclui Jhonny Martins.

A reforma tributária cria um ambiente de maior transparência e simplificação fiscal, mas impõe ao setor privado o desafio de adaptação operacional. O alerta dos especialistas é claro, entender o impacto e agir preventivamente será essencial para manter a estabilidade financeira e a eficiência empresarial no novo modelo tributário.

A seguir, um check list objetivo com as principais ações para mitigar riscos e garantir conformidade no novo cenário tributário:

  1. Diagnóstico do fluxo de caixaMapear todas as entradas e saídas, simulando o impacto da retenção automática de tributos. Avaliar quanto o caixa líquido suportaria sem os valores que hoje ficam temporariamente disponíveis até o pagamento dos impostos.
  2. Revisão de contratos e margens de lucroReavaliar contratos com clientes e fornecedores, prevendo cláusulas de repasse de tributos e ajustes nos prazos de pagamento. Rever margens para compensar a redução da liquidez e evitar desequilíbrios financeiros.
  3. Adequação tecnológicaIntegrar sistemas de gestão (ERP), emissão de notas fiscais eletrônicas e plataformas de pagamento com bancos e entes fiscais. O Split Payment exigirá comunicação direta e automática entre sistemas financeiros e contábeis.
  4. Planejamento de capital de giroReforçar o caixa e revisar a política de crédito. Empresas que dependem de adiantamentos ou trabalham com prazos longos de recebimento devem buscar novas fontes de financiamento para cobrir a diferença gerada pela retenção imediata.
  5. Capacitação da equipe fiscal e financeiraTreinar profissionais para compreender o funcionamento do Split Payment, a contabilização do imposto separado e as mudanças no fluxo de apuração. A atualização constante será essencial para evitar erros e penalidades.
  6. Revisão dos preços e estratégias comerciaisAvaliar se será necessário reajustar preços ou alterar a estratégia de vendas para compensar o impacto do novo regime tributário. Empresas de serviços e varejo devem realizar simulações por produto ou segmento.
  7. Testes de integração e compliance tributárioRealizar testes com as novas plataformas e sistemas de pagamento para garantir que os valores dos tributos sejam repassados corretamente. Validar o cruzamento de informações com o fisco e corrigir falhas antes da obrigatoriedade.
  8. Monitoramento das regulamentações complementaresAcompanhar as normas que ainda serão publicadas pelo Comitê Gestor do IBS e pela Receita Federal, que definirão detalhes operacionais, alíquotas e cronograma de adesão progressiva.
  9. Comunicação com parceiros e clientesExplicar as mudanças operacionais que poderão afetar prazos, valores e formas de pagamento. A transparência na transição é fundamental para manter relações comerciais estáveis.
  10. Consultoria contábil e estratégicaBuscar apoio de especialistas em contabilidade e gestão tributária para alinhar processos, atualizar sistemas e planejar o impacto no orçamento de médio e longo prazo.

Segundo Jhonny Martins, o Split Payment representa um divisor de águas na gestão financeira das empresas. “Quem se antecipar à mudança estará um passo à frente. O empresário que entender o novo modelo como oportunidade, e não apenas como obrigação, vai fortalecer a operação e garantir sustentabilidade no pós-reforma.”

O modelo deve começar a operar em fase piloto em 2026, com expansão gradual até 2032. As empresas que iniciarem a adaptação desde já estarão mais preparadas para enfrentar os desafios de liquidez e competitividade do novo sistema tributário.

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