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Cybersecurity month: discover new hacking strategies and how to protect yourself

Durante o mês de outubro, é promovida a conscientização sobre cibersegurança no mundo. Embora consumidores e empresas tenham se tornado mais conscientes de táticas como phishing ou malware, ainda existem outros métodos e dispositivos menos conhecidos muito utilizados por cibercriminosos. Em um período em que se documenta um aumento drástico no número de ataques e as pessoas usam cada vez mais dispositivos inteligentes no dia a dia, é fundamental que tanto empresas quanto usuários deem a devida importância à segurança.

Pensando nisso, a Palo Alto Networks, empresa líder em cibersegurança e dedicada a proteger organizações e consumidores contra ameaças digitais, selecionou as principais descobertas recentes sobre ataques a dispositivos inteligentes para alertar sobre os perigos que podem afetar qualquer pessoa.

De acordo com Marcos Oliveira, Country Manager da Palo Alto Networks no Brasil, apesar do aumento sem precedentes de ataques cibernéticos, usuários ainda acreditam que os incidentes estão alheios a eles. “Infelizmente, no atual cenário de ameaças, todos estão suscetíveis, e as consequências do crime cibernético podem ser incrivelmente graves para empresas e consumidores”, afirma o executivo.

O potencial para que os consumidores se tornem vítimas de cibercrimes disparou à medida que a velocidade dos ataques também avança. Em quase 45% dos casos de cibersegurança registrados pela Palo Alto Networks este ano, os criminosos exfiltraram dados em menos de um dia após o ataque, o que significa que as ações para detê-los devem ocorrer em poucas horas, antes que as informações sejam comprometidas.

Para os usuários, as vias de cibercrimes estão se diversificando rapidamente. Embora a Palo Alto Networks tenha registrado uma redução de 17% nos ataques de phishing em 2023, muitas novas rotas se abriram por meio dos dispositivos inteligentes que chegaram ao mercado.

Novos tipos de ataques detectados

Ainda há diversos tipos de ataques que os consumidores precisam conhecer, desde redes Wi-Fi falsas até alto-falantes inteligentes, segundo os pesquisadores da Palo Alto Networks, que reuniram as principais orientações aos usuários para  proteger-se e manter dispositivos pessoais mais seguros, no guia definitivo a seguir:

  • Ataques evil twin: consistem em configurar uma rede Wi-Fi falsa em locais públicos, como restaurantes ou aeroportos, enganando os usuários para que se conectem a ela. Isso permite interceptar dados como senhas, e-mails e informações de cartões bancários.
  • Juice jacking: os invasores acessam estações de recarga públicas, como as encontradas em aeroportos ou cafeterias, para roubar dados. Quando os usuários conectam seus dispositivos a essas estações de energia, softwares mal-intencionados podem ser injetados nos dispositivos.
  • Cryptojacking: é o sequestro dos dispositivos dos usuários para minerar criptomoedas sem o conhecimento deles. Essa atividade não autorizada pode levar ao aumento dos custos de eletricidade, à redução do desempenho do dispositivo e a possíveis danos ao hardware.
  • Aparelhos inteligentes: os cibercriminosos conseguem atingir os consumidores em dispositivos que vão muito além do que apenas telefone ou computador. Geladeiras, cafeteiras e outros aparelhos conectados podem ser pontos de entrada para acessar sistemas mais vulneráveis.
  • Dispositivos portáteis: aparelhos eletrônicos de ginástica e outros dispositivos portáteis, como relógios, podem expor dados pessoais e de saúde, possibilitando a violações de dados de consumidores ou empresas.
  • Sistemas automotivos: carros com sistemas de entretenimento conectados à Internet também podem ser alvos de hackers. Os hackers conseguem acessar os dados pessoais do usuário, rastrear sua localização ou até mesmo interferir nas funções do sistema.

Em 2023, de acordo com o Identity Theft Resource Center, houve um aumento de 72% nas violações de dados em relação a 2021, que manteve o recorde histórico. Com os invasores se tornando cada vez mais criativos nas formas como visam as pessoas, e com um aumento registrado de 49% ano a ano nas vítimas postadas em sites de violação de ransomware, tem sido cada vez mais importante que consumidores e empresas tomem medidas efetivas de segurança cibernética.

“Embora o número de ataques, o nível de sofisticação e os métodos usados estejam evoluindo rapidamente, a boa notícia do ponto de vista do consumidor é que as chances de ser hackeado podem ser significativamente reduzidas seguindo algumas práticas gerais recomendadas”, conclui Oliveira.

Para proteger os dados pessoais, os consumidores devem sempre se certificar de que seus dispositivos tenham as atualizações de segurança mais recentes, usar senhas fortes e exclusivas, e ativar a autenticação de dois fatores sempre que possível. Além disso, é fundamental ter cuidado com o que baixam ou clicam, e sempre valorizar o uso de softwares antivírus para uma camada adicional de proteção.

Programa de aceleração de startups ScaleUp in Brazil anuncia selecionados para a quinta edição 

O ScaleUp in Brazil, programa de aceleração desenvolvido pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e ABVCAP (Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital), lançou recentemente sua quinta edição para dar suporte a empresas internacionais que desejam expandir suas operações para o Brasil. Graças à parceria com a Missão Econômica de Israel no Brasil, Enterprise Singapore e JETRO – Japan External Trade Organization, o programa hoje atende empresas de Israel, Japão e Singapura. Nesta quinta edição, as empresas com soluções ESG receberam uma pontuação extra, fazendo com que os setores de climatech, agritech e indústria 4.0 tivessem mais selecionadas.

O programa tem quatro etapas: na primeira, as empresas estrangeiras são apresentadas ao mercado brasileiro e conhecem as regras e leis do país para que entendam, por exemplo, o que é preciso para abrir um negócio e acessar talentos. Essas empresas também recebem um relatório de mercado personalizado para os seus setores. Ao final desta etapa, elas são avaliadas por uma banca de investidores e corporações que selecionam as 20 melhores empresas para continuar seu processo de aceleração.  

Em seguida, as startups passam por imersões com ‘experts da indústria, consultores de desenvolvimento de negócios e planejamento estratégico, treinamento de pitch e programa de mentoria. Essa etapa é fundamental para preparar as empresas para a viagem de três semanas ao Brasil, programada para acontecer em maio de 2025. Após a imersão presencial, as empresas são acompanhadas na etapa final de apoio pós-programa. 

A lista das 29 empresas selecionadas para participar da primeira fase do programa:  

  • Adtech e Martech: Partpost 
  • Agritech: Fermata, Phenome Networks, Endophyte, e Yevul 
  • Automotive: AutoCoin e Oyika 
  • Climatech, energy transition & decarbonization: AC Biode, JB Energy – Japan Blue Energy, Marvin, Erevista, e NanoClear Water Solutions 
  • Cybersecurity: CloudWize, IronVest, e Multikol 
  • Fintech: Authlete e inabit tech 
  • Healthcare: Qritive e RescueDose 
  • Hub management: PitchBob.io 
  • Industry 4.0: IronComm, ARJeannie e Knowledge Navigator 
  • IT & Data infrastructure: APTO 
  • Retail: Commbox e My Bites 
  • Smart cities: Relyon (Safety Ecosystem ltd) 
  • Textile: PEEL Lab K.K. e Sonovia Technology 

 Do Japão ao Brasil. Um dos cases oriundos do ScaleUp In Brazil é a CloudAce. A empresa tem origem no Japão e chegou ao Brasil por meio da quarta edição do programa, em 2022. A startup atua com infraestrutura para armazenamento de conteúdos na nuvem. Atualmente, a CloudAce tem diretor e equipe no Brasil e está incubada no Cubo Itaú. 

“O ScaleUp in Brazil tem um papel muito relevante na atração dessas ideias para que possam se instalar e ganhar escala no Brasil inclusive com times brasileiros. Nosso país tem questões muito específicas e as etapas do programa servem exatamente para identificar essas empresas, que inclusive possuem sinergia com iniciativas de diversos empreendedores brasileiros”, comenta Ângela Ximenes, superintendente executiva da ABVCAP.  

Já a gerente de Investimentos da ApexBrasil, Helena Brandão, destacou a contribuição do programa para a neoindustrialização brasileira. Segunda ela, “o programa ScaleUp in Brazil é fundamental para impulsionar a transformação digital e a inovação na indústria brasileira, alinhando-se perfeitamente com o Programa Nova Indústria Brasil. Ao priorizar setores estratégicos como Cybersecurity, Climatech, Industry 4.0, IT & Data Infrastructure e Smart Cities, estamos atraindo empresas internacionais que trazem soluções inovadoras e expertise global para que se instalem no país. Essa iniciativa não apenas fortalece a competitividade do Brasil, mas também promove o desenvolvimento sustentável e a modernização industrial, beneficiando toda a economia nacional”.

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ApexBrasil 

A ApexBrasil atua para promover os produtos e serviços brasileiros no exterior e atrair investimentos estrangeiros para setores estratégicos, apoiando atualmente cerca de 15 mil empresas em 80 setores da economia brasileira. Também já atendeu mais de 1.300 investidores e mais de 118 projetos no valor de US$ 23 bilhões em investimentos anunciados no Brasil. A Agência faz parte do Ministério das Relações Exteriores (MRE) do Brasil, por meio do qual conta com mais de 120 escritórios no mundo, e trabalha em estreita colaboração com outros ministérios, órgãos reguladores e entidades de classe. 

ABVCAP

A Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) é uma entidade sem fins lucrativos em atividade desde o ano 2000, que visa o desenvolvimento da atividade de investimento de longo prazo no país, e representa instituições nacionais e internacionais ativas na indústria de ativos alternativos brasileira, aí incluídos os mercados de  private equity, venture e seed capital, crédito privado, infraestrutura, real estate, recursos naturais e special situations, entre outros. Como entidade representativa da indústria de capital privado, a ABVCAP defende os interesses dos integrantes da indústria junto a instituições públicas e privadas, nacionais e estrangeiras, em busca de políticas públicas cada vez mais favoráveis ao fomento desses investimentos no País, em benefício dos associados e da economia real como um todo.

Israel Trade & Investment 

Israel Trade & Investment, São Paulo Office, é parte da Administração Estrangeira do Ministério da Economia de Israel – uma rede de mais de 50 escritórios ao redor do mundo. Seu objetivo é conectar oportunidades, fomentar negócios e investimentos entre empresas israelenses e brasileiras em diversos setores. 

JETRO

JETRO, ou “Japan External Trade Organization”, é uma organização vinculada ao governo japonês que trabalha para promover o comércio e os investimentos mútuos entre o Japão e o resto do mundo. Fundada originalmente em 1958 para promover as exportações japonesas ao exterior, o foco principal da JETRO no século 21 mudou para a promoção de investimento estrangeiro direto no Japão e para ajudar empresas japonesas de pequeno e médio porte a maximizar seu potencial de exportação global. 

Enterprise Singapore 

Enterprise Singapore é a agência governamental que fomenta o desenvolvimento empresarial de Singapura. Trabalha com empresas comprometidas para construir capabilidades, inovar e internacionalizar. Também apoia o crescimento de Singapura como um centro de comércio global e de startups. Como organismo responsável pelos padrões nacionais, continua a construir confiança nos produtos e serviços de Singapura por meio de qualidade.

Três em cada cinco organizações no Brasil habilitadas com sistemas ciberfísicos (CPS) perderam quase US$ 500 mil em ataques cibernéticos no ano passado

 Claroty, empresa de proteção de sistemas ciberfísicos (CPS), divulga uma nova pesquisa que ilumina os impactos significativos dos ataques cibernéticos em ambientes com sistemas ciberfísicos (CPS). O relatório “O Estado Global da Segurança do CPS 2024: o Impacto das Interrupções no Negócio” (The Global State of CPS Security 2024: Business Impact of Disruptions) é baseado em uma pesquisa global independente com 1.100 profissionais de segurança da informação, engenharia OT, engenharia clínica e biomédica, e gerenciamento de instalações e operações de plantas sobre os impactos dos ataques cibernéticos em suas organizações nos últimos 12 meses.

A pesquisa também inclui dados de entrevistas de executivos de organizações no Brasil. Os resultados revelaram um impacto financeiro significativo, com três em cada cinco (62%) das organizações brasileiras relatando um impacto financeiro entre US$ 100 mil até quase US$ 500 mil devido a ataques cibernéticos que afetaram seus sistemas ciberfísicos. Vários fatores contribuíram para essas perdas, sendo os mais comuns: perda de receita (apontada por 86% das organizações entrevistadas no Brasil), custos de recuperação e de taxas advocatícias (42%), e multas regulatórias (38%).

O ransomware continua desempenhando um papel importante nos custos de recuperação, com sete em cada dez (71%) das organizações brasileiras tendo atendido a exigências de resgate de quase US$ 500 mil para recuperar o acesso a sistemas e arquivos criptografados, e retomar as operações. Esse problema é particularmente grave no setor mundial de saúde – 78% dos entrevistados globalmente relataram pagamentos de resgate superiores a US$ 500 mil – à medida que ataques baseados em ransomware e extorsão em hospitais e ambientes clínicos continuam ocorrendo quase sem interrupção.

Vinculados de perto às perdas financeiras estão os impactos operacionais, com mais da metade das organizações no Brasil (54%) relatando de uma a doze horas de paralisação operacional afetando sua capacidade de produção de bens ou serviços. Cerca de metade (48%) das organizações no Brasil disseram que o processo de recuperação levou até seis dias, e quase duas em cada dez (18%) relataram que a recuperação levou até um mês. Isso é particularmente notável dado que ambientes com sistemas ciberfísicos, como plantas de manufatura, priorizam a disponibilidade e o tempo de atividades de sistemas críticos –, mesmo em detrimento da aplicação oportuna de atualizações de segurança e recursos.

Ao considerar a causa raiz desses ataques cibernéticos, as exposições de terceiros e acessos remotos persistem nas organizações. Mais da metade (52%) das organizações brasileiras disseram que de um a cinco ataques ocorridos nos últimos 12 meses – enquanto 48% relataram entre cinco e dez ataques – originaram-se devido ao acesso de fornecedores terceirizados ao ambiente CPS. No entanto, metade das organizações brasileiras (50%) admitiram ter apenas algum conhecimento sobre a conectividade de terceiros com o ambiente de sistemas ciberfísicos, mas está preocupada com o que não sabe a respeito.

Embora os resultados mostrem que os últimos 12 meses foram disruptivos e caros para a maioria das organizações no Brasil habilitadas com sistemas ciberfísicos, os entrevistados também demonstraram confiança crescente e melhorias nos esforços de redução de riscos de suas corporações. A maioria (56%) tem maior confiança na capacidade dos CPS de suas organizações para resistir a ataques cibernéticos hoje, em comparação com 12 meses atrás, e mais da metade (46%) esperam ver melhorias mensuráveis na segurança dos sistemas ciberfísicos nos próximos 3 meses.

“Os impactos dos ataques cibernéticos em organizações com intenso uso de ativos podem ser prejudiciais às operações e, na realidade, muitas vezes requerem o nível de perda que vimos em nosso estudo para que os investimentos necessários em cibersegurança sejam feitos”, diz Grant Geyer, Chief Strategy Officer da Claroty. “Para evoluir de um processo reativo para um proativo que reduzirá as perdas, também descobrimos que as organizações estão mudando a sua mentalidade – estão começando a considerá-lo fundamental para o cumprimento da missão de uma organização. Os insights deste relatório validam que o fato de não investir no desafio muito particular de proteção de sistemas ciberfísicos, pode levar a um sério impacto nos resultados financeiros da organização e que, felizmente, as corporações estão começando a perceber o retorno desse investimento”.

Italo Calvano, Vice-Presidente da Claroty na América Latina destaca que: “Os CISOs já compreenderam que a proteção do ambiente corporativo é fundamental, mas proteger o negócio é vital para a sobrevivência da empresa. Preservar vidas e garantir a continuidade dos negócios conectam os CISOs diretamente ao board das organizações, aumentando a relevância da segurança cibernética. Esse movimento é fortalecido por iniciativas do mercado, como o ‘Global CyberSecurity Outlook 2024‘ do Fórum Econômico Mundial, que aponta para ‘ataques cada vez mais alarmantes contra infraestruturas críticas’. No Brasil, temos a ONS com sua Rotina Operacional RO-CB.BR.01, que estabelece controles mínimos de segurança cibernética para o ambiente regulado nas utilities brasileiras. Outro marco importante é o Decreto Nº 11.856 do Governo Brasileiro, que destaca ‘a prevenção de incidentes e ataques cibernéticos, especialmente aqueles dirigidos a infraestruturas críticas e serviços essenciais à sociedade”.

Para saber mais, baixe o relatório completo: O Estado Global da Segurança do CPS 2024: o Impacto das Interrupções no Negócio.

IT Professional Day: specialization and remote vacancies abroad

Entre as vagas com maior carência de talentos em plataformas de recrutamento como o Indeed, mais da metade estão ligadas à área de TI, desafio que deve afetar nove em cada dez organizações até 2026, segundo a IDC. A exemplo, 43% das posições para engenheiros de software na plataforma brasileira do Indeed permanecem abertas por 60 dias ou mais, liderando o ranking de escassez. Por outro lado, o Brasil se destaca como um polo emergente de talentos em TI e sua mão de obra especializada é procurada por empresas estrangeiras, que estão oferecendo oportunidades de remuneração em dólares, com formatos de trabalho que conciliam bem-estar profissional e vida pessoal.

Damian Wasserman é cofundador da BEON.tech, plataforma que conecta os melhores talentos da América Latina com empresas dos Estados Unidos, oferecendo expansão de equipes de TI de forma totalmente remota. O executivo destaca que o Brasil é o país da região que mais aderiu a esse modelo de trabalho, permitindo que a companhia construísse uma equipe com quase 100 profissionais da área em apenas três anos de atuação no país, com salários que podem chegar a US$ 100.000 por ano (aproximadamente R$ 500.000).

Atualmente, a BEON.tech está oferecendo mais de 20 oportunidades de carreira para profissionais seniores, com novas vagas sendo adicionadas toda semana. As vagas atuais incluem posições para Engenheiro Full Stack Sênior em uma startup inovadora de tecnologia de radiologia, Engenheiro Full Stack Sênior para uma empresa disruptiva de tecnologia energética, e Gerente de Projetos para um reconhecido fornecedor de soluções SaaS em gestão de documentos. Essas funções oferecem salários competitivos de até US$6.500 por mês, proporcionando a chance de trabalhar com empresas inovadoras em indústrias de alto impacto. Outras vagas estão disponíveis na seção “Most Wanted Jobs“.

“O mercado de TI apresenta alta demanda em diversas funções, desde as mais comuns até as especializadas. Mas para quem busca por inovação, seguindo as tendências do setor, ciência de dados, inteligência artificial e aprendizado de máquina são áreas com grandes saltos, sendo excelentes opções de investimento para a carreira”, comenta o executivo. 

No campo de dados, João Serrajordia, professor do curso de Cientista de Dados da EBAC, Escola Britânica de Artes Criativas e Tecnologia, também destaca o crescente fenômeno de migração de talentos qualificados para o exterior. “Com a globalização do mercado de trabalho, surgem inúmeras oportunidades remotas, e o mercado internacional tem uma alta demanda por mão de obra especializada do Brasil. Países como Estados Unidos e Reino Unido oferecem médias salariais significativamente maiores, variando entre US$70.000 e US$120.000 por ano”, comenta.

TI na vanguarda da adoção de IA

A adoção de novas tecnologias tem se tornado uma grande aliada no cenário de escassez de talentos, permitindo que as equipes alcancem alta performance sem comprometer o bem-estar dos profissionais. De acordo com uma pesquisa global da Freshworks, o departamento de TI é o que mais utiliza a IA no dia a dia do trabalho, com 89% dos profissionais utilizando a ferramenta ao menos uma vez por mês. Estão à frente de Marketing (86%), Vendas (74%), Contabilidade (74%), RH (77%), Atendimento ao cliente (64%) e Jurídico (53%), por exemplo.

No quesito produtividade, os profissionais de TI participantes do estudo estimam que o uso de soluções de IA poderia economizar, em média, 4 horas e 55 minutos por semana, o equivalente a 30 dias úteis em um ano.

“Vivemos em uma era em que a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) está rapidamente remodelando todos os setores e, para os profissionais de TI, acompanhar essa evolução não é mais uma opção – é uma necessidade. A IA não apenas aumenta a eficiência operacional, mas também abre uma riqueza de novas oportunidades para inovação. Os profissionais de TI que investem em se manterem atualizados e dominarem ferramentas e processos com tecnologia de IA estarão na vanguarda da transformação digital, prontos para enfrentar os desafios e maximizar o impacto de suas organizações no futuro”, comentou Willian Pimentel, Diretor Geral da Freshworks na América Latina.

Pesquisa revela que 36% das empresas adotam feedback contínuo como estratégia para impulsionar a produtividade

Com o mercado corporativo cada vez mais competitivo, as empresas brasileiras estão apostando em uma nova abordagem para o desenvolvimento de talentos: o feedback contínuo. De acordo com uma pesquisa recente conduzida pelo Pandapé, em parceria com a Impulso, People Tech especializada no aumento da capacidade e produtividade médias e grandes empresas, o feedback regular tem se destacado como uma estratégia eficaz para promover o crescimento profissional e aumentar a produtividade nas equipes.

Feedback contínuo: uma tendência em ascensão

O estudo revela um dado marcante: 36% das empresas já realizam sessões regulares de feedback entre gestores e colaboradores, mostrando uma clara tendência para a comunicação contínua e interativa. Em contrapartida, apenas 16% ainda utilizam avaliações anuais formais, e 30% optam por reuniões individuais de acompanhamento. Esse movimento reforça a crescente preferência por práticas que privilegiam o diálogo constante, em vez de avaliações isoladas.

Outro dado importante: apenas 17% dos profissionais de RH utilizam ferramentas ou softwares específicos para avaliação de desempenho, o que revela um espaço enorme para a digitalização e inovação nesses processos.

A importância de um feedback contínuo e personalizado

Para Hosana Azevedo, Head de Recursos Humanos do Infojobs e porta-voz do Pandapé, o feedback contínuo é uma ferramenta transformadora: “Ele não pode ser um evento esporádico. Quando o feedback é contínuo, ele se torna uma alavanca poderosa para o desenvolvimento dos colaboradores, criando um ambiente de trabalho mais colaborativo e produtivo. Apostar nessa comunicação constante e personalizada é a chave para extrair o melhor de cada pessoa.”

Engajamento e performance: um caminho para o sucesso

A pesquisa também aponta que as empresas que investem em práticas de feedback contínuo colhem benefícios não apenas em termos de produtividade, mas também no engajamento das equipes. Hosana acrescenta: “As empresas que se destacam no mercado hoje são aquelas que conseguem alinhar o crescimento individual de seus colaboradores aos objetivos da empresa. Esse tipo de comunicação permite uma conexão mais profunda, engajando o time e criando uma cultura de colaboração e alta performance.”

O futuro das empresas está no feedback

À medida que o foco das empresas migra cada vez mais para o desenvolvimento humano e o engajamento, o feedback contínuo se torna uma vantagem competitiva decisiva. “Criar uma cultura de feedback constante é essencial não apenas para melhorar o desempenho, mas também para reter talentos. Quando aliado a ferramentas de gestão de desempenho, o feedback se transforma em um diferencial estratégico para o sucesso das empresas,” conclui a executiva.

A tendência é clara: as empresas que adotarem uma abordagem mais dinâmica e frequente na gestão de desempenho estarão melhor preparadas para enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais voltado para a inovação e o desenvolvimento de pessoas.

Sales team qualification is synonymous with business conversion and success

Faced with a market in constant transformation and growing competitiveness, companies face significant challenges to stand out. Today, only traditional business strategies are no longer enough. No wonder, Gartner predicts that by 2025, 85% of sales organizations will invest in immersive and adaptive training worldwide. In Brazil, the scenario is also promising: according to Sebrae, the sales training market is expected to grow 10.2% in 2024. 

Along with factors such as quality and supply of the products themselves, it is necessary to take other steps forward, having at your side a qualified salesperson with access to the right tools to meet both the goals of the brand itself, and the demands of modern customers, admittedly more critical and judicious. This is because, although it is important to have experienced professionals, it is impossible to assemble a team with only experts without extrapolating the budget of the area.

Within this scenario, the role of technology is much greater than simply automating processes, becoming a powerful ally in the qualification of the performance of sellers. Tools such as CRM, for example, allow a complete mapping of the business process, offering data that not only records the history of negotiations, but also generate strategic insights to improve the performance of each professional. With the data in hand, sellers can act more accurately, understanding the behavior of the customer and personalizing their approaches, which translates into better results.

In the day-to-day, the use of these tools continues to be a differential. The automation of operational tasks allows salespeople to focus on more strategic activities, such as customer relationships. By offering an integrated management platform, CRM directly contributes to salespeople taking a more consultative stance, acting as specialists that help the customer make decisions autonomously. This approach reflects the transformation of the role of the seller, which leaves only “empurrar” products and starts to add value to the buying process.

Technological innovations offer resources that make training more dynamic and assertive for these professionals. CRM itself, again, enables, for example, the creation of simulations and role-playing based on real situations, providing a practical and direct experience to sellers. This methodology allows the participants to assimilate the theoretical content and experience scenarios of daily sales, improving their skills in a personalized way. Such training, combined with performance monitoring and Individual Development Plans (IDPs), ensures that learning is more effective and adapted to the specific needs of each salesperson.

In addition, CRM allows for better performance comparison between sales professionals. Companies that do not have visibility of what salespeople do can not even understand why a professional performs better than their peers. By bringing the entire process to a tool, it is possible to understand what exactly is working best and replicate this knowledge to the rest of the team.

Because of all these factors, it is essential that companies help their salespeople adapt to new technologies. Many professionals still find it difficult to use modern tools, either due to lack of familiarity or resistance to change. Thus, training focused on the use of these solutions is crucial to ensure that teams are prepared to exploit the full potential of available technological resources, maximizing their results in the sales environment.

In addition to training and the use of technology, the skills of sellers need to be adapted to the new pace of consumption. An advisory competence, for example, is a highlight. The current consumer sees the seller as an obstacle to having access to products and services. With the evolution of public behavior, sellers need to position themselves as authorities in their market, offering clear and objective information so that the customer makes decisions independently. The traditional pushes“ and” has become obsolete and technology, when well used, facilitates this transition to a more collaborative model focused on the customer experience.

Therefore, the continuous qualification of employees is a strategy that goes beyond the short-term benefits, symbolizing a vision of the future. Companies that invest in the development of their sales teams and promote continuous learning ensure a competitive differential in the market. More than ever, training is the key to sustainable growth and to building a team prepared for the challenges of a more judicious and evolving market. After all, in a world where change is the only constant, who does not update, is left behind.

Especialista aponta 5 estratégias para integrar campanhas de newsletters com plataformas de e-commerce

A sinergia entre newsletters e plataformas de e-commerce é uma poderosa ferramenta para alcançar resultados expressivos. Ao combinar essas funcionalidades, as empresas podem criar experiências de compra mais envolventes e direcionadas, aumentando significativamente as vendas.

Essa integração oferece um poderoso conjunto de ações, que vão permitir impulsionar as vendas online através da personalização de mensagens, recomendações inteligentes e automação de  campanhas. Dessa forma, é possível criar experiências de compra mais relevantes e envolventes, aumentando a conversão e fortalecendo o relacionamento com os clientes.

Fabio Soma Jr, especialista em inovação e criador do Método M.A.G.O., que auxilia empreendedores e criadores de conteúdo a obterem sucesso com suas newsletters, lembra que a personalização é o coração dessa estratégia. Ao analisar o comportamento de compra dos clientes, as empresas podem criar newsletters com conteúdo altamente relevante, destacando produtos e promoções de acordo com os interesses individuais.

O especialista aponta que outro benefício é a proximidade com o consumidor, o que fortalece a lealdade à marca. “É notável como a personalização das newsletters melhora a experiência de compra. As promoções e produtos destacados são escolhidos de forma única, o que torna muito mais provável que o consumidor final faça a compra. A integração entre o e-commerce e as newsletters cria uma experiência mais envolvente e eficaz”, finaliza Soma.

Fabio destaca 5 estratégias para ter sucesso na integração.

Segmentação e personalização
Ao dividir a base de clientes em grupos com características e comportamentos semelhantes, as empresas podem criar newsletters ainda mais personalizadas. Essa segmentação pode ser baseada em diversos critérios, como histórico de compras, preferências de produtos, idade e localização geográfica.

Recomendações inteligentesAs plataformas de e-commerce oferecem recursos avançados para a criação de recomendações de produtos personalizadas. Ao integrar essas ferramentas com as newsletters, as empresas podem apresentar aos clientes sugestões de produtos que se encaixam perfeitamente em seus perfis e necessidades. 

Automatização de campanhasA solução permite que as empresas economizem tempo e recursos, além de garantir que as mensagens sejam entregues no momento ideal. Ao configurar fluxos de trabalho automatizados, as empresas podem enviar newsletters de boas-vindas, emails de recuperação de carrinho abandonado e outras mensagens relevantes de forma personalizada e escalável.

Análise de resultadosPara otimizar as campanhas, é essencial acompanhar de perto os resultados. As plataformas de e-commerce e de email marketing oferecem ferramentas de análise que permitem às empresas medir o desempenho de suas campanhas, identificar quais estratégias estão funcionando e quais precisam ser ajustadas. Ao analisar os dados, as empresas podem tomar decisões mais informadas e aprimorar continuamente suas ações.

Experiência omnichannelA integração entre newsletters e e-commerce faz parte de uma estratégia mais ampla de experiência omnichannel. Ao oferecer uma experiência consistente e personalizada em todos os pontos de contato com o cliente, as empresas podem fortalecer o relacionamento com a marca e aumentar a fidelidade dos clientes.

Meetz lança plataforma de capacitação para vendedores e gestores comerciais

A Meetz, startup especializada em soluções de prospecção e sales engagement para negócios B2B, acaba de lançar a  Conv Academy, escola comercial desenvolvida para capacitar vendedores e gestores comerciais com as melhores técnicas do mercado. Pensado para maximizar o desempenho das equipes desde o primeiro dia de aplicação, a iniciativa conta com mais de 100 horas de conteúdo prático, e inclui aulas online ao vivo e suporte dedicado, permitindo que os participantes tirem dúvidas em tempo real e recebam orientações personalizadas, acelerando o processo de aprendizagem.

Os módulos cobrem desde habilidades técnicas de fechamento de negócios até a implementação de uma cultura de vendas forte que motive e inspire equipes a alcançar metas audaciosas de crescimento. No cenário atual, as empresas B2B enfrentam desafios cada vez maiores na busca por eficiência e resultados consistentes. Segundo uma pesquisa do RD Station, 74% das empresas não bateram suas metas de vendas em 2023. A competitividade acirrada exige times comerciais altamente capacitados, que saibam não só abordar potenciais clientes, mas também manter uma relação contínua e de valor com eles. A ConvAcademy surge como uma resposta estratégica a essa demanda, trazendo uma formação focada em técnicas que podem ser aplicadas imediatamente no dia a dia.

Segundo Juliano Dias, CEO da Meetz, a plataforma preenche uma lacuna crucial no mercado de vendas B2B: “A falta de uma capacitação estruturada é uma dor latente no setor de vendas. Muitas vezes, os vendedores aprendem na prática, sem uma base sólida de técnicas que realmente funcionam. Com a Conv Academy, queremos mudar isso. Nossa proposta é oferecer um aprendizado prático, de quem tem experiência e vivência de mercado, que transforme a maneira como as equipes comerciais operam, tornando-as mais estratégicas, ágeis e eficientes”

THE Pesquisa Nacional Sobre os Desafios da Capacitação da Equipe de Vendas, realizada pela Play2sell, corrobora essa visão. O estudo registrou que 44% das empresas participantes sentem dificuldades em capacitar o time de vendas, mas 65% dos respondentes apontaram aumento nos resultados após capacitarem a equipe.

Importância para o mercado B2B

O mercado de vendas B2B tem enfrentado grandes transformações nos últimos anos, com a digitalização acelerando o processo de compra e exigindo que as empresas repensem suas abordagens comerciais. Segundo o estudo “A maturidade digital nas empresas B2B”, essas companhias usam um número considerável de ferramentas tecnológicas para auxiliar e capacitar suas equipes. Ao todo, 32% delas usam de quatro a cinco recursos, enquanto 25% utilizam seis a dez, e 13% dos respondentes usam 11 ou mais tecnologias. 

Com a ConvAcademy, a Meetz planeja capacitar vendedores e elevar o patamar da educação comercial no Brasil, contribuindo para a profissionalização do setor e para a geração de resultados mais previsíveis e escaláveis. Para as empresas, isso significa mais eficiência no processo de vendas, maior capacidade de conversão e retenção de clientes, e, consequentemente, maior geração de receita.

“A construção de uma cultura de vendas sólida é fundamental para manter equipes engajadas e alinhadas com os objetivos da empresa, promovendo uma mentalidade vencedora que vai além de metas individuais e incentiva a colaboração e a inovação.”, finaliza Juliano, ao acrescentar que a plataforma oferece capacitação contínua e ainda fornece um certificado de conclusão de curso.

Profitability in e-commerce depends on advanced anti-fraud technology

The future of post-pandemic retail has brought to light an undeniable reality: investment in anti-fraud technology is no longer a luxury and has become a strategic necessity for e-commerce businesses that want to survive and thrive in an increasingly competitive market. With the exponential growth of online shopping and the evolution of consumer behavior, companies are being challenged to adopt advanced technological solutions to remain safe and profitable. 

This was one of the central themes of the Flow Connect Sao Paulo 2024 event, which brought together industry experts discussing how the pandemic accelerated the adoption of technologies such as AI and machine learning, forcing companies to adapt quickly. One of the most outstanding points, addressed by speakers from different companies, was the need to ensure the profitability of operations, which is only possible with the implementation of technological solutions that optimize processes, from customer service and offer customization to automated data analysis for fraud prevention.

Some of the most common tactics used by fraudsters today reflect not only the increase in fraudulent activity, but also the diversification and sophistication employed by criminal fraud networks and reinforce the urgency of smarter tools to protect e-commerce efficiently:

  • Credit card: the use of stolen card information to make purchases on e-commerce sites is not new, but it continues to grow due to the expansion of techniques to obtain this information: phishingvishingsmishingpharming, data purchase in dark web and others.
  • Attack of Bots ^ You bots they are programmed to test thousands of stolen credit cards and make consecutive purchase attempts.
  • Friendly fraud: the consumer claims that he has not authorized the purchase and requests a refund from his bank.It may even happen because of confusion and not necessarily be a malicious action but, because it is a fraud committed by a consumer, detecting and protecting against this type of fraud becomes more complex. 
  • Invasion/appropriation of accounts (Account Take Over): unauthorized access to legitimate user accounts in e-commerce stores, to make fraudulent purchases taking advantage of the data contained in these profiles.
  • “Lookalike Sites”: fake websites that simulate reputable portals to steal user data and information.

In this new scenario, tools like Signifyd have played a key role in offering a platform it uses AI to analyze each transaction automatically, identifying suspicious behavior patterns in real time, allowing fraud to be blocked before it happens, and ensuring retailers avoid financial losses that also undermine business profitability. 

In addition, AI's agility and superior analytical ability enable more fluid, friction-free shopping experiences common in this journey - such as approval delays or anti-fraud screening errors that result in improperly denied purchases, which directly contributes to increased conversions and customer loyalty. 

Future Projections

Experts predict that in the next two to three years, the demand for technologies that improve the efficiency and competitiveness of e-commerce only tends to grow. Therefore, the recommendation to have specialized strategic partners, which facilitate the adoption of this cutting-edge technology in business, echoes increasingly strong. It is the case of AI, which will be indispensable for companies that want to maintain a competitive advantage, especially in a market that is constantly evolving. In this context, Signifyd is allied with e-commerce that seeks not only to survive, but also to lead the digital transformation in retail.

“Investing in technology is no longer an option, it is a necessity for any e-commerce that wants to ensure its longevity in the” market, says Gabriel Vecchia, Senior Commercial Director at Signifyd Brasil.

STF limita multa punitiva e casos de sonegação ou fraude a 100% do valor do tributo: veja o que muda

Recentemente, o Supremo Tribunal Federal (STF) tomou uma importante decisão que altera a aplicação das multas punitivas, abrangendo os casos de sonegação fiscal, fraude ou conluio. Antes, a Receita Federal, Estados, Distrito Federal e Município cobravam multas exorbitantes, muitas delas calculadas sobre o valor das operações, superando 150% sobre o valor do débito tributário, o que frequentemente era criticado por seu efeito confiscatório.  

Com a nova decisão, o limite para essas multas foi fixado em 100% do valor do tributo exigido, sendo permitido o aumento para 150% apenas em casos de reincidência. 

O que é a multa punitiva? 

A multa punitiva ou de ofício é uma penalidade aplicada pelos fiscos, federal, estadual, distrital ou municipal  às pessoas físicas ou jurídicas que descumprem, voluntária ou involuntariamente, as normas que as obrigam a recolher tributos.

Esses casos são tratados com rigor pela legislação tributária brasileira, com multas que até então eram calculadas sobre diversas bases, superando, em muito, o percentual de 1050% do valor do tributo devido. 

Essa penalidade severa gerou muitos debates no Judiciário, uma vez que, em muitos casos, o valor ultrapassava o montante da dívida original, o que configurava confisco — proibido pela Constituição Federal. 

Em outubro de 2024, o STF decidiu, por unanimidade, que as multas punitivas  devem ser limitadas a 100% do valor do débito tributário. A exceção ocorre apenas em casos de reincidência, nos quais a penalidade poderá chegar a 150%. A decisão tem como base o princípio constitucional de que tributos, inclusive multas, não podem ter caráter confiscatório (art. 150, IV, da Constituição). 

Por exemplo, uma empresa foi multada em 150% de um débito tributário de R$ 100.000. Antes da decisão, a multa totalizava R$ 150.000. Com a nova regra, essa multa agora será limitada a R$ 100.000. 

Essa alteração garante que as sanções tributárias sejam proporcionais e não imponham ao contribuinte um ônus excessivo, respeitando os princípios de razoabilidade e proporcionalidade. 

Quem pode solicitar restituição? 

Uma das consequências mais imediatas dessa decisão é a possibilidade de restituição dos valores pagos em excesso. Contribuintes que foram multados em percentuais superiores a 100% entre dezembro de 2023 e outubro de 2024, antes da decisão do STF, poderão solicitar a devolução do valor excedente. 

Se uma pequena empresa de comércio, com um débito de R$ 50.000, foi multada em R$ 75.000 (150%), a multa agora será reduzida para R$ 50.000. Isso permite que a empresa continue operando e investindo em seu negócio sem o peso de uma penalidade exorbitante. 

Como a decisão interfere nas penalidades fiscais no futuro? 

A decisão do STF estabelece um novo parâmetro para as multas tributárias, criando maior previsibilidade para os contribuintes. Ao limitar a multa a 100% e elevar a 150% apenas em casos de reincidência, o STF garante que a sanção continue sendo um mecanismo eficaz contra a inadimplência,  sem, no entanto, comprometer de forma desproporcional o patrimônio dos contribuintes. 

Se uma empresa já foi multada anteriormente, e, após uma nova violação, enfrenta uma multa de 150% sobre um montante de R$ 120.000, a nova penalidade será de R$ 180.000. Embora a reincidência ainda leve a penalidades severas, agora há um critério claro para sua aplicação. 

Com essa nova decisão, as multas e os efeitos do confisco deixam de existir?  

A principal crítica à multa de 150% era o seu efeito confiscatório. Quando o valor da multa ultrapassava o dobro da dívida tributária original, isso gerava uma carga financeira extremamente elevada para as empresas e pessoas físicas multadas, tornando, muitas vezes, impagável o débito. 

Essa penalidade desproporcional poderia inviabilizar a operação de muitas empresas, principalmente as de menor porte, além de desmotivar o pagamento voluntário de tributos. 

Com a decisão do STF, o problema do efeito confiscatório das multas por sonegação fiscal é anulado. A nova regra assegura que as multas tenham um caráter punitivo, mas dentro dos limites da proporcionalidade, incentivando o cumprimento da legislação tributária sem penalizar de forma exagerada os contribuintes. 

Quais mudanças devem ser adotadas a partir da nova decisão? 

Diante dessas mudanças, é essencial que empresas e contribuintes adotem estratégias de compliance fiscal para evitar multas e penalidades severas. 

Isso inclui a correta apuração de tributos, a prestação de informações precisas à Receita Federal e a adoção de práticas contábeis e fiscais que estejam em conformidade com a legislação. 

A redução das multas para 100% do valor devido torna ainda mais vantajoso para as empresas se manterem em dia com suas obrigações fiscais, já que o custo de uma eventual penalidade será mais previsível e menos oneroso. 

Conclusion 

A decisão do STF de limitar a multa por sonegação fiscal a 100% representa um avanço importante na defesa dos direitos dos contribuintes. Ao garantir que as penalidades sejam proporcionais e não ultrapassem o limite do razoável, o STF reforça o respeito ao princípio da vedação ao confisco. 

Além disso, a possibilidade de restituição para aqueles que foram multados além desse limite entre dezembro de 2023 e outubro de 2024 oferece uma oportunidade de alívio financeiro e correção de penalidades excessivas. 

*Tatiana Vikanis é sócia do Vikanis & Ricca Advogados e especialista em Direito Tributário pelo IBET. Possui atuação focada no contencioso administrativo e judicial tributário relacionado a tributos diretos e indiretos, além de prestar consultoria tributária e atuar no segmento de Direito Previdenciário.

** Eduardo Ricca é tributarista e sócio do Vikanis & Ricca Advogados. É especializado em Direito Tributário pelo IBDT e possui atuação focada no contencioso administrativo e judicial relacionado a tributos diretos e indiretos, além da área previdenciária

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