StartMiscellaneousDigitalization and tokenization mark discussions at StartSe Payment Revolution Day 2025

Digitalization and tokenization mark discussions at StartSe Payment Revolution Day 2025

Especialistas e executivos do setor financeiro se reuniram nesta quarta-feira (24/09) no Distrito Anhembi, em São Paulo, para o StartSe Payment Revolution 2025, evento sobre o futuro dos meios de pagamento no Brasil. Ao longo de dez horas de programação imersiva, os debates evidenciaram que vivemos a maior transformação desde o surgimento do dinheiro físico. A digitalização, a tokenização e a integração de diferentes métodos, estão remodelando tanto a experiência do consumidor quanto a operação das empresas, embora ainda existam barreiras a superar para que esse ecossistema se torne totalmente fluido.

Um dos destaques foi a palestra “Do real ao digital: O Impacto do Drex, Bitcoin e Blockchain”, conduzida por Lia Maura de Freitas, Gerente de Soluções de TI no Banco do Brasil. “A tokenização traz a democratização do sistema financeiro ao permitir fracionar ativos, como títulos e imóveis, tornando-os acessíveis a um público muito maior. Investimentos de alto valor, antes restritos a poucos, passam a ser viáveis, quando divididos em partes menores. Um título de R$ 1 milhão, por exemplo, pode ser transformado em mil cotas de R$ 1.000, ampliando o acesso ao mercado. Estima-se que, até 2030, a tokenização represente até 10% do PIB mundial, o que reforça a importância de acompanharmos esse movimento e repensarmos nossos modelos de negócio”, destacou.

Outra atração foi a apresentação “Stable e Tokenização no Mercado de Capitais”, com Eric Altafim, Diretor de Produtos e Corporate Sales no Itaú Unibanco. “Hoje, 99% do mercado de stablecoins está lastreado em dólar, concentrado em três grandes emissores, e já movimenta entre 270 e 280 bilhões de dólares, um crescimento de 30% apenas neste ano. A projeção é que, até 2030, cerca de 10% do mercado global de pagamentos, que hoje soma aproximadamente 200 trilhões de dólares, seja transacionado por meio de stablecoins”, explicou. O executivo também destacou a perspectiva para o Brasil: “Quando olhamos para o país, o Drex deve ter um papel importante nesse avanço, mas a retirada da tecnologia blockchain pelo Banco Central abre espaço para que outras stablecoins em reais se consolidem. Esse será um passo essencial para viabilizar a tokenização de ativos e acompanhar a transformação que já acontece em escala global.”

No período da tarde tivemos “A Barreira Invisível: Navegando no Cenário de Pagamentos Brasileiro”, apresentada por Nathan Marion, Senior Director no NuPay. “Tivemos um dado que nos surpreendeu muito: pagamentos com NuPay no varejo têm 23 pontos percentuais a mais de aprovação do que os feitos com cartão de crédito. Porém, nosso objetivo não é substituir os outros meios de pagamento, mas melhorar o processo existente, reduzindo ineficiências como fraude, cartões inválidos e falta de limite, deixando a experiência mais fluida, tanto para o cliente quanto para o lojista”, afirmou Marion.

Ele ainda ressaltou os impactos das chamadas barreiras invisíveis. “São fricções que o consumidor não enxerga, mas que representam enormes perdas para o mercado. No Nubank, conseguimos aumentar o poder de compra do cliente com modalidades como, limite adicional e crédito emergencial, que já evitaram que até 68% das vendas de um grande varejista fossem perdidas. Isso mostra que é possível unir experiência e performance, reduzindo perdas e aumentando a conversão.”

A palestra “O Futuro dos Pagamentos: A Visão da Mastercard para os próximos 5-10 anos”, conduzida por Mario Rocha, Diretor de Produtos e Soluções para PMEs e B2B da Mastercard Brasil, trouxe perspectivas para o setor corporativo. “Pagamentos B2B sempre existiram, mas o que muda e nos leva ao futuro é a forma como eles acontecem. E o Brasil já está nesse futuro: cerca de 90% das empresas possuem conta PJ e adotam ferramentas digitais de gestão, o que nos coloca em vantagem em relação a países semelhantes, como o México, onde 90% das transações ainda são em dinheiro. Esse grau de digitalização cria condições únicas para acelerar a transformação nos pagamentos corporativos”, disse Rocha.

Para concluir, o executivo destacou as tecnologias que devem impulsionar essa mudança. “Soluções como os cartões virtuais (VCNs) e a integração via APIs tendem a ganhar cada vez mais espaço, trazendo automação, controle e eficiência para empresas de todos os portes. O futuro dos pagamentos B2B é brilhante e a oportunidade está em transformar processos manuais e complexos, em operações digitais mais seguras, rápidas e escaláveis.”

O evento contou também com a participação de Gustavo Carvalho, diretor executivo de Value Added Services da Visa do Brasil, que avaliou de forma positiva o encontro. “Foi uma experiência muito enriquecedora participar do StartSe Payment Revolution neste ano. Tivemos acesso a conteúdos relevantes, diversos insights e ainda a oportunidade de realizar um networking de alto nível com os participantes. Agradeço o convite e espero continuar contribuindo nos próximos anos. É sempre um prazer debater temas como prevenção à fraude e cibersegurança, que exigem colaboração constante. Essa troca de informações é fundamental para que todo o ecossistema esteja mais protegido.”

Ao final, o Payment Revolution Day 2025 reafirmou o papel da StartSe e de seus eventos como plataformas de conexão entre tendências globais e a realidade brasileira. Mais do que apresentar novas tecnologias, o encontro deixou claro que a revolução nos meios de pagamento já está em andamento. Para empresas e consumidores, o desafio não é apenas acompanhar, mas liderar essa transformação, porque em um mundo cada vez mais digital, quem dominar a infraestrutura de pagamentos terá em mãos uma das principais alavancas de competitividade e crescimento.

E-Commerce Update
E-Commerce Updatehttps://www.ecommerceupdate.org
E-Commerce Update is a leading company in the Brazilian market, specializing in producing and disseminating high-quality content about the e-commerce sector.
RELATED ARTICLES

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here

RECENT

Inclusion and speed: the Brazil-Asia e-commerce revolution The growth of e-commerce in Brazil has been remarkable in recent years, driven by a combination of factors such as increased internet penetration, the rise of mobile technology, and a growing middle class with greater purchasing power. However, one of the most exciting developments in this sector is the burgeoning trade relationship between Brazil and Asia, particularly China. **Inclusion: Bridging the Digital Divide** One of the key aspects of this revolution is the inclusion of previously underserved populations into the digital economy. In Brazil, efforts to expand internet access have been crucial. Programs aimed at providing affordable broadband and smartphones to low-income families have helped bridge the digital divide. This has not only empowered individuals but has also opened up new markets for Brazilian e-commerce companies. On the Asian side, particularly in China, the government and private sector have been proactive in ensuring that even rural areas have access to high-speed internet. This has allowed small businesses and farmers to participate in the e-commerce ecosystem, selling their products to a global audience. The result is a more inclusive economy where everyone has the opportunity to benefit from the digital revolution. **Speed: The Backbone of E-commerce** Speed is another critical factor in the Brazil-Asia e-commerce revolution. Consumers today expect fast delivery times, and companies that can meet these expectations are more likely to succeed. In this regard, both Brazil and Asia have made significant investments in logistics and infrastructure. In Brazil, the expansion of logistics networks and the development of efficient delivery systems have been essential. Companies like Mercado Livre and Magazine Luiza have invested heavily in their logistics capabilities to ensure that customers receive their orders quickly. Additionally, the use of technology such as drones and automated warehouses has further enhanced delivery speeds. In Asia, particularly China, the e-commerce giant Alibaba has set the standard for speed and efficiency. With its Cainiao Network, Alibaba has created a sophisticated logistics ecosystem that includes smart warehouses, automated sorting systems, and a vast network of delivery partners. This has allowed Alibaba to offer same-day delivery in many cities, setting a high bar for the industry. **The Brazil-Asia Trade Relationship** The trade relationship between Brazil and Asia, especially China, has been a significant driver of this e-commerce revolution. Brazil’s abundant natural resources and agricultural products are in high demand in Asia, while Asian technology and manufacturing expertise have found a ready market in Brazil. E-commerce platforms have facilitated this trade by providing a seamless way for businesses to connect with international customers. Brazilian companies can now sell their products to Asian consumers with relative ease, thanks to platforms like Alibaba’s AliExpress and Mercado Livre’s global marketplace. Similarly, Asian consumers can access a wide range of Brazilian products, from coffee and meat to fashion and electronics. **Challenges and Opportunities** While the Brazil-Asia e-commerce revolution presents numerous opportunities, it also comes with its set of challenges. One of the main challenges is ensuring that the benefits of this revolution are distributed equitably. There is a risk that only large companies and urban areas will reap the rewards, leaving behind smaller businesses and rural communities. Another challenge is the need for robust cybersecurity measures. As e-commerce grows, so does the risk of cyber attacks and data breaches. Both Brazil and Asia need to invest in cybersecurity infrastructure to protect consumers and businesses from these threats. **Conclusion** The Brazil-Asia e-commerce revolution is a testament to the power of technology and globalization. By focusing on inclusion and speed, both regions are creating a more connected and prosperous world. As this trade relationship continues to grow, it will undoubtedly bring more opportunities and challenges, but the potential benefits for both Brazil and Asia are immense.

MOST POPULAR

[elfsight_cookie_consent id="1"]