Startup parceira do Google usa IA para reduzir em até 70% atividades administrativas de profissionais da saúde

Para combater a sobrecarga administrativa, uma das principais causas de burnout entre médicos, o Agendart, plataforma de gestão voltada exclusivamente para profissionais da saúde, lançou uma solução com inteligência artificial capaz de reduzir em até 70% o tempo gasto com tarefas burocráticas. Segundo a Associação Paulista de Medicina, 73% dos médicos consideram a burocracia o aspecto mais frustrante da profissão, e estima-se que até metade da jornada desses profissionais seja dedicada a atividades não clínicas, como preenchimento de prontuários, gestão financeira, contabilidade e marketing.

A plataforma, desenvolvida para atender todas as especialidades da área da saúde, incluindo profissionais autônomos, clínicas e hospitais, ou seja, desde pequenos consultórios até grandes instituições de saúde, reúne funcionalidades como gravação, transcrição e sumarização de prontuários eletrônicos por IA; agenda inteligente com envio automático de lembretes por WhatsApp, SMS e e-mail; gestão financeira com automação de cobranças e redução da inadimplência; geração de documentos com assinatura digital, como recibos, atestados, encaminhamentos e receitas; e criação de websites para clínicas de forma prática e rápida.

Segundo a empresa, os benefícios da plataforma vão além da automação de tarefas administrativas, impactando diretamente a qualidade do atendimento e a experiência do paciente. “Nosso objetivo é facilitar o dia a dia dos profissionais da saúde, para que eles possam se dedicar mais aos pacientes e menos à burocracia. Com a nossa plataforma, é possível reduzir em até 70% o tempo com prontuários, diminuir em até 70% o absenteísmo dos pacientes e ter um site funcional em 10 minutos”, afirma Felipe Napoli, cofundador e CEO do Agendart.

Atualmente, mais de 5 mil clientes já utilizam o sistema, entre eles instituições como a Beneficência Portuguesa de São Paulo, o Sesi e a Amil. A empresa é parceira de tecnologia do Google e foi acelerada por programas de inovação em saúde no Brasil e no exterior, reforçando sua atuação como uma das principais soluções digitais para gestão em saúde no país.

Do estoque à logística: quatro ganhos com software de gestão para quem vende online

Com mais de 50 milhões de consumidores no Brasil, a Shein é uma vitrine importante para vendedores online. Até 2026, 85% das vendas devem ser de parceiros locais. Nesse cenário, a profissionalização da operação é fundamental, e os sistemas de gestão empresarial (ERP) são grandes aliados. Ao adotá-los, os lojistas ganham agilidade, reduzem retrabalho e automatizam processos, minimizando erros e otimizando o dia a dia.

“É um pilar essencial para quem busca crescer no e-commerce de forma sustentável. Automatizar processos e ganhar controle sobre todas as etapas da operação permite que o empreendedor foque no que realmente importa: vender mais e melhor”, orienta Sérgio Perez, especialista em e-commerce na Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem. Conheça abaixo como a tecnologia pode impulsionar quem vende na Shein.

  1. Estoque atualizado em tempo real

Com a integração entre o ERP e a Shein, o controle de estoque é feito automaticamente, evitando rupturas e cancelamentos. “A administração em tempo real evita a venda de itens indisponíveis e melhora o planejamento de reposição”, explica Perez.

  1. Emissão automática de notas fiscais

O ERP automatiza a emissão de NF-e diretamente a partir dos pedidos recebidos no marketplace, economizando tempo e evitando erros. Isso reduz o tempo gasto com burocracias, o que garante a conformidade do negócio, e libera tempo para atividades mais estratégicas.

  1. Logística mais rápida com etiquetas automáticas

Com a captura automática das etiquetas de envio, o processo de separação e despacho dos pedidos fica mais ágil. O cliente recebe o produto mais rápido e fica mais satisfeito, aumentando as chances de novas compras.

  1. Visão unificada da operação

Todos os dados de vendas, estoque e finanças podem ser inseridos no software em tempo real. “Isso facilita o acompanhamento do desempenho da loja e permite decisões mais estratégicas com base em informações confiáveis e dados precisos”, destaca Sérgio.

Dica extra:

Para quem busca profissionalizar a operação de vendas online, além da Omie integrar diretamente com a Shein, o ERP traz soluções completas para o marketplace, como o Omie.HUB, que você encontra na loja de aplicativos Omie Store.

“Essa estrutura facilita a vida dos vendedores em marketplaces ao automatizar processos manuais, reduzindo erros e proporcionando uma visão estratégica da operação. Os consumidores buscam agilidade e facilidade, por isso é fundamental que os lojistas acompanhem essa evolução para garantir o sucesso nas vendas.””, finaliza o especialista.

Dia dos Namorados: dados e uso da IA devem potencializar vendas neste ano

O Dia dos Namorados se aproxima e comerciantes de diversos segmentos se organizam para potencializar as vendas nesta data, que é uma das principais para o comércio do país. A celebração, que acontece na véspera do dia do casamenteiro Santo Antônio, foi criada em 1948 justamente para movimentar um período do ano em que havia pouco apelo comercial.

Os brasileiros já se preparam para investir em um presente para a pessoa amada. Em Manaus, por exemplo, a Federação do Comércio do Amazonas estima que 91% da população deva comemorar ou trocar presentes na data, mantendo o Dia dos Namorados uma data expressiva para o varejo local.

Os empresários que ainda não se planejaram, precisam arregaçar as mangas para montar uma estratégia eficaz e ganhar o coração dos apaixonados. Pensando nisso, a Pipedrive, CRM de vendas fácil e eficaz para pequenas empresas, listou dicas para que as empresas impulsionem as vendas no período:

1. Conte com ferramentas de organização

Comércios costumam atender diferentes perfis de clientes e, para organizar informações sobre cada um, o uso de um CRM é essencial. Ele registra dados e o histórico de compras, facilitando ações de marketing mais efetivas.


2. Conheça seu cliente

Em datas comerciais, o volume de trabalho cresce — por isso, contar com dados qualitativos dos clientes agiliza o processo de venda, além de identificar leads com mais potencial. Estes dados revelam motivações, comportamentose dados demográficos, gerando insights valiosos. Com este entendimento, é possível adaptar-se melhor às necessidades dos consumidores, aumentar as vendas e depois mantê-las em alta mesmo fora dos períodos sazonais.

3. Trabalhe junto à Inteligência Artificial

O relatório “The developing role of AI in sales workload management”, da Pipedrive, destacou como a inteligência artificial está remodelando as funções de vendas e otimizando a distribuição da carga de trabalho. Os dados mostram que a IA não é mais apenas uma ferramenta para automação – é um copiloto para profissionais de vendas, aumentando a eficiência e ajudando-os a se concentrar em atividades de alto valor.

4. Automatize seu trabalho

Assistentes virtuais de vendas, podem ajudar na tomada de decisão comparando dados e sugerindo ações. Com o uso de ferramentas como esta, os vendedores podem investir tempo com o que verdadeiramente importa: as vendas — como aponta o Relatório do Mercado de Vendas e Marketing, da Pipedrive.

5. Mensure dados durante e depois

Durante o período de vendas e após o Dia dos Namorados, é necessário acompanhar de perto como as vendas performam. Por isso, os times precisam agir prontamente assim que tiverem evidências do sucesso de determinada oferta. Isto pode ser feito por meio da criação de indicadores-chave de desempenho e do estabelecimento de parâmetros de referência a partir de conjuntos de dados existentes. Também é aconselhável coletar dados qualitativos, mantendo um relacionamento próximo com feedbacks dos clientes, para entender as motivações, os pontos fracos e outros fatores.

Getnet leva suas principais soluções para e-commerce à VTEX Day 2025

A Getnet, empresa de tecnologia e meios de pagamentos que faz parte da PagoNxt, hub global de pagamentos do grupo Santander, estará presente no VTEX Day 2025, um dos maiores eventos de e-commerce e tecnologia da América Latina, que acontecerá nos dias 02 e 03 de junho, no Expo São Paulo. O evento reúne especialistas, empresas e profissionais do setor para discutir as últimas inovações e tendências do mercado digital.

Na ocasião, a Getnet apresentará suas principais soluções para o setor, entre elas, o Get Checkout, que proporciona uma experiência de pagamento eficiente e segura para o seu e-commerce, e o Split de pagamentos Multicanal, recurso utilizado para dividir automaticamente o valor de uma venda entre diferentes recebedores. A empresa também trará o Sales App é uma solução da plataforma VTEX desenvolvida para impulsionar a performance das vendas online. Com essa ferramenta, os vendedores têm acesso unificado ao estoque de todas as lojas da rede — tanto físicas quanto digitais — permitindo uma gestão mais eficiente e uma experiência de compra integrada para o consumidor. Além disso, a Getnet exibirá um grande globo de LED, que destacará o alcance global da empresa e reforçará seu portfólio de soluções digitais.

Para Denis De Lutiis, Head de Marketing LATAM da Getnet, “participar do VTEX Day é uma oportunidade de conexão com os principais líderes e inovadores do e-commerce. Estamos apresentando tecnologias de ponta que capacitam as empresas a se conectarem com seus consumidores de forma mais eficiente, segura e inteligente, impulsionando o crescimento e acelerando a transformação digital dos negócios online. A Getnet tem uma das plataformas mais completas do mercado e com um diferencial de ser Global.”.

Crescimento rápido e sustentável das empresas: entenda o Growth Hacking em 8 passos

Em tempos de orçamentos enxutos e metas ambiciosas, empresas de todos os portes têm buscado formas criativas e rápidas de crescer. Um dos conceitos mais utilizados nesse cenário é o Growth Hacking. Nascida em 2010, a abordagem mistura marketing, análise de dados e desenvolvimento de produto para impulsionar o crescimento acelerado de negócios, especialmente startups e empresas em estágio inicial.

A proposta é simples: crescer mais gastando menos. Para isso, é preciso testar estratégias, automatizar processos e agir com rapidez. Mais do que uma técnica, trata-se de uma mentalidade orientada à experimentação e à melhoria contínua.

Abaixo, Raphael Lassance, sócio e mentor do Sales Clube, a maior comunidade de vendas do Brasil, destaca 8 passos fundamentais para aplicar o Growth Hacking de forma prática, confira:

1. Estabeleça um objetivo de crescimento claro: o primeiro passo é definir o que você quer alcançar. Pode ser aumentar o número de usuários, melhorar a taxa de conversão ou ampliar o ticket médio. Com a meta bem definida, fica mais fácil direcionar os esforços;

2. Entenda profundamente quem é o seu cliente: saber com quem se está falando é essencial. Isso inclui conhecer hábitos, dores, necessidades e motivações. Quanto mais detalhes, melhores serão os testes e abordagens;

3. Mapeie toda a jornada do cliente: do primeiro contato até a fidelização, identifique os pontos de atrito e as oportunidades de ganho. Muitas vezes, pequenas mudanças em etapas específicas geram grandes impactos;

4. Teste constantemente: criar hipóteses e validá-las por meio de testes é a base do Growth Hacking. Vale testar desde mudanças em botões no site até novos formatos de campanhas e abordagens comerciais;

5. Baseie as decisões em dados reais: intuição ajuda, mas os dados é que indicam o caminho. Métricas como taxa de conversão, CAC (Custo de Aquisição de Cliente) e LTV (Valor de Vida do Cliente) devem ser acompanhadas de perto;

6. Automatize o que puder: ferramentas de automação permitem ganhar escala sem aumentar os custos operacionais. Isso vale para e-mails, processos internos, prospecção e atendimento;

7. Explore canais alternativos de crescimento: além do marketing tradicional, vale apostar em estratégias como marketing de indicação, parcerias estratégicas, conteúdo e SEO. Muitas vezes, o canal certo faz toda a diferença;

8. Aprenda com os erros e escale os acertos: o Growth Hacking é feito de tentativa e erro. Por isso, é fundamental acompanhar os resultados e manter o que funciona, descartando o que não traz retorno.

“O Growth Hacking se apresenta como uma alternativa estratégica para quem quer crescer de forma inteligente, testando hipóteses com agilidade e aprendendo com cada passo. Essa abordagem tem se consolidado como um caminho viável e necessário para empresas que desejam escalar sem depender de grandes investimentos. O segredo está em começar pequeno, aprender rápido e nunca parar de otimizar”, afirma Raphael Lassance.

Red Hat anuncia o Red Hat OpenShift Lightspeed impulsionando a produtividade da IA generativa

Um novo recurso digital, baseado em inteligência artificial generativa, teve a disponibilidade geral anunciada no Red Hat OpenShift Lightspeed na última semana. A solução de assistente pessoal promete transformar significativamente a forma como os usuários interagem e gerenciam suas implantações de plataformas de aplicativos na nuvem híbrida. A ferramenta garante que os usuários sejam mais precisos em suas tarefas técnicas, mesmo sem grande expertise na área, ao mesmo tempo em que libera profissionais mais experientes para focar em inovação.

Entregar aplicações com mais rapidez é essencial para organizações de todos os setores que buscam melhorar a experiência do cliente. No entanto, muitas enfrentam dificuldades para acompanhar a crescente complexidade da TI, agravada por um déficit de habilidades técnicas. Segundo o IDC, até 2026, mais de 90% das organizações no mundo sofrerão com a crise de talentos em TI, resultando em perdas de cerca de US$ 5,5 trilhões devido a atrasos em produtos, falta de competitividade e oportunidades de negócios perdidos.

A essa lacuna de habilidades, o Red Hat OpenShift Lightspeed responde diretamente ao oferecer capacidades de IA generativa específicas para o ambiente OpenShift, integradas diretamente ao console. Novos usuários da plataforma podem adquirir as habilidades necessárias com mais facilidade para gerenciar seus aplicativos, enquanto usuários experientes podem escalar seu conhecimento com mais agilidade para sustentar operações em produção.

Produtividade aprimorada com experiência personalizada

Ao reconhecer a complexidade presente na TI moderna, o Red Hat OpenShift Lightspeed atua como um guia inteligente, oferecendo assistência proativa e personalizada, com um passo de cada vez, diretamente no console web. A plataforma permite que equipes de TI, independentemente do nível de experiência, naveguem por ambientes de aplicações complexas com mais confiança e eficiência.

Usando linguagem natural, usuários podem fazer perguntas ao Red Hat OpenShift Lightspeed sobre o Red Hat OpenShift. Com isso, os usuários ganham autonomia para sanar a resolução de problemas e investigação de recursos do cluster. Além disso, os profissionais podem compartilhar informações do ambiente no chat, permitindo que a solução responda às questões utilizando contexto real.

O Red Hat OpenShift Lightspeed oferece integração flexível com vários provedores de modelos de IA, incluindo uma série de serviços de destaque disponíveis em modelos como OpenAI, Azure OpenAI e WatsonX. Também é possível usar opções privadas de IA hospedadas no Red Hat Enterprise Linux AI e no Red Hat OpenShift AI, oferecendo maior controle e personalização em ambientes de TI. Essa compatibilidade garante que as organizações escolham os modelos de IA mais adequados às suas necessidades e exigências de segurança.

Adicionalmente, com a funcionalidade de interação com clusters, disponível como prévia tecnológica, a solução pode acessar diretamente o contexto dos clusters da organização, oferecendo respostas mais rápidas e precisas. Em vez de orientações genéricas, o Red Hat OpenShift Lightspeed pode responder a perguntas detalhadas sobre ambientes específicos.

Para permitir às organizações customizar o Red Hat OpenShift Lightspeed de acordo com seu processo único de desenvolvimento, o recurso “Bring Your Own Knowledge” (BYO Knowledge) também está disponível como prévia tecnológica. Ele permite que as organizações incorporem seu próprio conhecimento organizacional e documentação de processos no sistema do Red Hat OpenShift Lightspeed, reforçando o compromisso da Red Hat com soluções adaptáveis que entregam respostas personalizadas de acordo com os processos e práticas de cada organização, e também de acordo com seu jeito de usar a plataforma.

Virtualização moderna, simplificada

Ambientes de nuvem híbrida combinam, cada vez mais, aplicações conteinerizadas modernas com cargas de trabalho tradicionais em ambiente virtual. O Red Hat OpenShift oferece uma plataforma unificada crucial para gerenciar esses ambientes diversos. Ampliando essa abordagem, o Red Hat OpenShift Lightspeed entrega assistência inteligente especialmente voltada para o Red Hat OpenShift Virtualization.

 Essa capacidade não apenas simplifica o processo frequentemente complexo de migração a partir de fornecedores legados de virtualização, como também facilita a modernização ao fornecer respostas acessíveis para dúvidas específicas sobre virtualização. Agora, as organizações podem integrar e gerenciar máquinas virtuais junto com containers com mais confiança, com orientações do Red Hat OpenShift Lightspeed que vão desde migração de VMs até redes e armazenamento, acelerando sua jornada rumo a uma infraestrutura mais ágil e preparada para o futuro.

Disponibilidade

O Red Hat OpenShift Lightspeed estará disponível em junho de 2025.

Cúpula do Red Hat

Participe das keynotes do Red Hat Summit para ouvir as últimas novidades de executivos, clientes e parceiros da Red Hat:

Carreira em Y ganha espaço e propõe novo modelo de crescimento para profissionais técnicos

A chamada carreira em Y vem se consolidando como uma alternativa para profissionais técnicos que desejam evoluir na hierarquia organizacional sem, necessariamente, assumir funções de gestão. O modelo foi desenvolvido no final dos anos 1970, por empresas norte-americanas de tecnologia e engenharia, que buscavam evitar a perda de especialistas promovidos a cargos para os quais não tinham perfil ou interesse.

“O conceito surgiu para resolver um dilema clássico: empresas perdiam seus melhores técnicos ao promovê-los a líderes, o que resultava em profissionais infelizes e equipes desmotivadas”, explica Virgilio Marques dos Santos, sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria, gestor de carreiras e PhD pela Unicamp. “Na prática, forçava-se uma migração de competência: do saber técnico para o saber político-organizacional. E nem todo mundo quer, ou precisa, fazer esse movimento para ter uma carreira bem-sucedida.”

A metáfora da carreira em Y indica uma bifurcação: um caminho direciona para a gestão de pessoas e outro para a especialização técnica. “O modelo reconhece que há múltiplas formas de liderar. O conhecimento técnico profundo é uma delas”, afirma Santos. Mas é importante lembrar: isso exige uma mudança cultural significativa nas organizações, que muitas vezes ainda associam liderança exclusivamente ao comando hierárquico, e não à influência pelo saber.

Enquanto a trilha gerencial exige competências como liderança, negociação e administração de equipes, a vertente técnica valoriza a especialização, a inovação e o papel de referência dentro da organização. Para que a proposta seja efetiva, é necessário que ambas as trajetórias sejam igualmente reconhecidas. “Quando o especialista técnico é remunerado e valorizado de forma inferior ao gestor, a empresa apenas reforça a hierarquia tradicional com um nome novo. Implantar a carreira em Y de forma autêntica demanda revisão de políticas de remuneração, criação de critérios claros de progressão e programas consistentes de desenvolvimento técnico — e não apenas discurso”, destaca Santos.

Desafios e avanços no Brasil

Em setores como a indústria automobilística e a tecnologia, a carreira em Y já está consolidada, com especialistas que possuem remuneração e status comparáveis aos de diretores e vice-presidentes. No Brasil, contudo, a adoção do modelo ainda avança de forma desigual. “Em muitas organizações brasileiras, a ascensão continua vinculada à quantidade de pessoas sob comando, um resquício do modelo fordista e militarizado do século XX”, observa Santos.

Apesar desse cenário, ele aponta sinais de transformação. Startups e multinacionais têm implementado trajetórias profissionais mais estruturadas, conectadas a certificações técnicas, participação em fóruns internacionais e reconhecimento por patentes e publicações. “A escassez de mão de obra qualificada em áreas como ciência de dados, automação e saúde tem impulsionado a valorização dos especialistas”, analisa Santos. “E mais: com o avanço da inteligência artificial e da automação, a demanda por especialistas capazes de resolver problemas complexos e propor inovações técnicas só tende a crescer.”

Para ele, o futuro do trabalho depende da diversificação das trilhas de crescimento. “Não podemos forçar todo bom técnico a virar um gestor medíocre, nem desvalorizar quem escolhe liderar pessoas. O talento técnico é estratégico e inovar é tão importante quanto comandar. A carreira em Y é um convite à maturidade organizacional: reconhecer que conhecimento, especialização e capacidade analítica são tão decisivos para o sucesso quanto a habilidade de liderar equipes”, conclui Santos.

27 /05 – Dia do profissional liberal: Vale a pena ser profissional liberal nos dias de hoje?

Os profissionais liberais representam um segmento essencial da economia brasileira, reunindo especialistas como médicos, advogados, engenheiros, dentistas, arquitetos, psicólogos, contadores, entre outros. Em 2024, o Brasil registrou aproximadamente 25,7 milhões de profissionais autônomos, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), número que representa um recorde histórico. A atuação desses profissionais vai além da prestação de serviços qualificados: envolve autonomia técnica, responsabilidade ética e desafios legais específicos que exigem atenção e regulamentação adequadas.

Diferentemente dos trabalhadores contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os profissionais liberais exercem sua atividade com independência, baseados em sua formação técnica e científica. Contudo, essa autonomia vem acompanhada de uma série de obrigações legais e responsabilidades civis. “A atuação do profissional liberal é regida por legislações específicas e normas de conduta estabelecidas por conselhos de classe, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) o Conselho Regional de Medicina (CRM) ou o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), que asseguram a qualidade do serviço e a proteção do consumidor. Ao mesmo tempo, cabe a esses profissionais garantir seus próprios direitos, seja na relação com clientes, com parceiros ou até com o Estado”, destaca Carmem Bosquê, advogada do escritório Bosquê e Advogados, especialista em direito trabalhista.

A atividade do profissional liberal é regulada por um conjunto de leis que incluem o Código Civil, a Constituição Federal e legislações específicas de cada profissão. A responsabilidade civil, por exemplo, é frequentemente subjetiva, ou seja, exige a comprovação de culpa para que o profissional seja responsabilizado por eventuais danos causados no exercício da sua função. No entanto, em algumas áreas, como a médica, a jurisprudência já admite responsabilidade objetiva em certos casos. “A segurança jurídica é um fator fundamental para o bom exercício da profissão. Infelizmente, muitos profissionais liberais ainda enfrentam inseguranças, principalmente em relação à formalização de contratos com clientes e à tributação. A orientação jurídica adequada é uma ferramenta de proteção tanto para o profissional quanto para o cliente”, ressalta Carmem.

Entre as principais vantagens da atuação liberal estão a liberdade na definição de horários, o controle sobre a própria carreira e a possibilidade de ganhos compatíveis com o nível de especialização. Por outro lado, o profissional liberal também enfrenta desafios como a instabilidade financeira, a ausência de benefícios trabalhistas e a sobrecarga administrativa, especialmente, para quem empreende sozinho.

A relação com os clientes, muitas vezes pautada pela confiança e pela prestação de serviços personalizados, também exige cuidados. O contrato de prestação de serviços é fundamental para assegurar direitos e deveres das partes, evitar litígios e estabelecer critérios objetivos para o pagamento, prazos e eventual rescisão.

A valorização do profissional liberal passa por políticas públicas de incentivo ao empreendedorismo, simplificação tributária e fortalecimento das entidades de classe. Além disso, a constante atualização profissional e o cumprimento das normas éticas são pilares para garantir credibilidade e excelência no serviço prestado. “A atuação com responsabilidade, aliada à proteção legal e à consciência de seus direitos e deveres, transforma o profissional liberal em um verdadeiro protagonista do desenvolvimento social e econômico do país”, conclui a advogada.

O Mês das Mães e a nova dinâmica do varejo: como o comércio conversacional está transformando a segunda maior data comercial do Brasil

No Brasil, o Dia das Mães não é apenas uma celebração familiar — é o segundo maior evento do varejo, movimentando bilhões em todo o país. E agora, essa data se estende para além do segundo domingo de maio: durante todo o mês, marcas intensificam campanhas, promoções e estratégias de engajamento para captar a atenção de consumidores em busca do presente ideal e aproveitar o engajamento da data.

Neste cenário, o comércio conversacional — impulsionado por inteligência artificial e plataformas de mensagens — tem ganhado destaque. Essa abordagem está remodelando a jornada de compra, tornando as interações mais personalizadas, rápidas e eficazes. Para varejistas e empresas de tecnologia, o Mês das Mães se tornou uma vitrine para consolidar estratégias digitais centradas na experiência do consumidor. É o momento de uma mudança no relacionamento entre marcas e clientes — que agora se conectam não só pelo afeto envolvido na data, mas também pela conveniência e relevância trazidas pelas novas ferramentas digitais.

O Dia das Mães movimenta intensamente o varejo brasileiro durante todo o mês de maio, consolidando-se como a segunda data mais importante do setor, atrás apenas do Natal. Em 2024, o e-commerce atingiu um recorde de R$8,48 bilhões em vendas, superando os R$7,68 bilhões de 2023. Através de uma jornada cada vez mais digital, 72% dos consumidores usam o celular para comparar preços e pesquisar produtos nas lojas físicas, reforçando a ascensão do omnichannel e do comércio conversacional. O ticket médio de compra gira em torno de R$150, com destaque para moda, perfumaria, eletrônicos e experiências.

Ou seja, com o crescimento do consumo digital e a busca por conveniência, o Mês das Mães se tornou um momento estratégico para varejistas que desejam combinar eficiência com conexão emocional — elementos fundamentais para atender às expectativas do consumidor moderno. A varejista de moda Reserva é um dos principais exemplos de usar, do chatbot ao checkout integrado via app de mensagens, experiências fluidas e centradas no cliente. A empresa se destaca como exemplo de inovação no uso de inteligência artificial (IA) no varejo, especialmente durante o Mês das Mães. A marca implementou um assistente virtual baseado em IA, com o objetivo de resolver um desafio comum para muitos consumidores: a escolha do presente perfeito.

A solução conversacional permitiu que os clientes, por meio de texto ou voz, descrevessem o estilo, as preferências e a faixa etária das mães. A IA, por sua vez, forneceu sugestões personalizadas de produtos, disponíveis 24 horas por dia, 7 dias por semana.

Os resultados superaram as expectativas. A implementação de alertas de carrinho abandonado levou a Reserva a alcançar um ROI de até 46 vezes, destacando a eficácia das estratégias de marketing personalizado. Já as campanhas de WhatsApp alcançaram taxas de clique de 40% e taxas de abertura de 60%, um aumento significativo quando comparado a email marketing e SMS. No geral, a marca obteve um ROI de 7 vezes nas vendas online, refletindo o impacto positivo das estratégias baseadas em IA e comércio conversacional.

“O que torna a IA conversacional particularmente eficaz no contexto do Dia das Mães no Brasil é o alinhamento com a abordagem comercial centrada em relacionamentos — uma característica profundamente enraizada na cultura brasileira. Os consumidores no país tradicionalmente valorizam a conexão pessoal com varejistas e vendedores, algo que o e-commerce tradicional tem dificuldade em replicar”, afirma Bruno Montoro, Head de Negócios para a América Latina da Gupshup.

Bruno afirma, ainda que, especificamente para o Dia das Mães, a IA conversacional não só reconhece o valor emocional dessa data, mas também ajuda a reduzir a fadiga de decisão do consumidor. “A personalização das sugestões de presentes, levando em consideração preferências regionais e culturais, é uma grande vantagem, permitindo que cada compra se sinta única e especial, sem perder a eficiência de um processo digital”, diz. 

Ele completa que, à medida que as expectativas do consumidor continuam a se elevar, as marcas que prosperarão serão aquelas que utilizarem as plataformas conversacionais não apenas como canais de vendas, mas como ferramentas estratégicas de relacionamento. “Elas são essenciais para honrar o significado cultural da maternidade, criando experiências de compra que vão além da transação e constroem uma conexão emocional duradoura com o cliente”, finaliza.

Pequenos e médios negócios recuam no início do ano, mas devem crescer 1,3% em 2025, aponta IODE-PMEs

O Índice Omie de Desempenho Econômico das PMEs (IODE-PMEs) aponta que o faturamento das pequenas e médias empresas brasileiras (PMEs) registrou retração de 1,2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2024. Apesar dos desafios macroeconômicos no radar, o cenário básico para a economia brasileira não indica uma interrupção total do crescimento. É esperado que o índice mostre expansão de 1,3% no ano, reforçando a perspectiva de que 2025 será marcado por uma atividade mais moderada, especialmente em relação aos últimos três anos.

Felipe Beraldi, economista e gerente de Indicadores e Estudos Econômicos da Omie, plataforma de gestão (ERP) na nuvem, explica que, embora o resultado negativo no início do ano tenha sido amplamente influenciado pela deterioração da confiança dos agentes econômicos, as expectativas ainda apontam para um avanço modesto do mercado de PMEs ao longo de 2025.

“O comportamento recente do setor reforça a expectativa de crescimento alinhado às projeções gerais para o PIB brasileiro — com a mediana das estimativas atualmente em torno de 2%, segundo o Boletim Focus do Banco Central. Esse cenário contrasta com os últimos anos, quando o mercado de PMEs evoluiu a um ritmo mais acelerado que a economia como um todo”, afirma o economista.

O principal fator que sustenta essa projeção, segundo Beraldi, é a continuidade do aumento da renda das famílias brasileiras, impulsionado pelo avanço dos rendimentos reais do trabalho nos últimos meses. No acumulado de 12 meses até março de 2025, o ganho médio real do trabalho no Brasil progrediu 4,4%, mantendo-se em patamar significativamente superior ao período pré-pandemia — 8,1% acima da média de 2019.

Ainda assim, as pressões inflacionárias e os elevados patamares da taxa básica de juros (Selic) devem continuar restringindo o consumo e os investimentos no país, com reflexos sobre o mercado de PMEs — especialmente em segmentos mais dependentes do crédito, como indústrias, comércio e construção civil.

“Embora a conjuntura econômica seja mais desafiadora e exija acompanhamento constante, é fundamental que os empreendedores também estejam atentos aos impactos da Reforma Tributária em seus negócios. A medida é uma realidade para a economia brasileira e começará a ser implementada gradualmente a partir de 2026, com implicações relevantes para a competitividade de diversas empresas, inclusive aquelas optantes pelo Simples Nacional”, alerta Beraldi.

[elfsight_ཀུ་ཀི་_མོས་མཐུན་ id="1"]