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Brasil se firma como motor da publicidade na América Latina

O Brasil está consolidando sua posição como motor do avanço publicitário na América Latina. O investimento em mídia deve crescer de US$15,98 bilhões em 2024 para US$22,18 bilhões até 2028, um salto acumulado de quase 40%, segundo previsões globais da Dentsu. No último ano, o país já havia se destacado com uma expansão de 12,3%, a maior das Américas. O resultado representa quase o dobro da taxa projetada para os Estados Unidos (6,7%) e reforça o papel estratégico do mercado brasileiro no cenário internacional.

O avanço não ocorre por acaso. Ele reflete uma combinação de fatores: a escala do consumidor brasileiro, a rápida digitalização do varejo e a maturidade das plataformas sociais e de vídeo no mercado nacional. Além disso, a forte competitividade local e a cultura de engajamento em redes sociais e streaming aceleram a adoção de novos formatos, o que explica por que o Brasil cresce em ritmo superior aos vizinhos latino-americanos.

“O crescimento é fruto de uma digitalização ainda em curso. Muitas marcas no Brasil estão migrando rapidamente do offline para o online, com grande espaço para expansão. Ao contrário dos EUA, que já têm um mercado digital maduro, nós vivemos um ciclo de catch-up acelerado, ou seja, uma corrida para reduzir a distância em relação a mercados mais avançados”, afirma Bruno Almeida, CEO da US Media, hub de soluções de mídia líder nas Américas.

Os formatos que estão liderando esse crescimento

Também conforme a Dentsu, em 2025 a publicidade digital deve crescer 7,9%, movimentando US$678,7 bilhões e concentrando 68,4% de todo o investimento global em mídia. O avanço será impulsionado por retail media (+13,9%) e vídeo (+9,2%). O streaming reforça essa dinâmica — anúncios em plataformas como a Netflix ganham espaço com o aumento das assinaturas, enquanto a TV conectada (CTV) deve registrar alta de 10,9%. 

“Retail media e vídeo lideram, mas o diferencial brasileiro está na integração entre formatos. Social continua essencial, enquanto áudio, gaming e DOOH digital ganham espaço. O crescimento se sustenta porque as marcas estão diversificando e testando múltiplos canais de forma complementar”, explica o executivo. 

O que ainda falta para o Brasil despontarMesmo diante de um cenário promissor, o país ainda enfrenta desafios relevantes para alcançar a maturidade de economias como a norte-americana. Entre eles estão a mensuração integrada de jornadas menos lineares, a regulação de privacidade, limitações de infraestrutura tecnológica e a fragmentação de canais.

Segundo a empresa especialista em publicidade, a saída passa pela orquestração inteligente de meios, com métricas unificadas e uso estratégico de dados para entregar eficiência e consistência às campanhas. “O futuro da publicidade será sobre orquestração. Não se trata mais de escolher um canal, mas de combinar social, vídeo, retail, áudio, gaming, CTV e outros dentro de uma mesma lógica de performance e experiência”, finaliza Almeida.

162ª edição do Bom Dia TI propõe reflexão sobre comunicação na era digital

Na próxima sexta-feira, 03 de outubro, o Trino Polo realiza a 162ª edição do Bom Dia TI, encontro já tradicional entre profissionais, gestores e líderes do setor de tecnologia. A programação acontece das 8h às 10h, no restaurante da CIC Caxias do Sul, e oferece uma manhã voltada à troca de conhecimento e conexões estratégicas entre os presentes.

O tema desta edição convida à reflexão: “Estamos realmente preparados para comunicar na era digital?”. A conversa será conduzida por Cristiano Ikari, CEO e fundador da IUNGO, de São Paulo. Em sua fala, ele compartilhará insights sobre os impactos da digitalização na comunicação, os desafios para o ambiente corporativo e as transformações nas relações humanas.

Com uma trajetória de 29 anos no setor de telecomunicações e formação em Ciência da Computação e Marketing, Ikari defende que o equilíbrio entre tecnologia e humanização é essencial para fortalecer relações e impulsionar negócios.

Reconhecido como um dos eventos mais relevantes da região, o Bom Dia TI promove encontros mensais voltados à tecnologia e inovação, reunindo empresários, profissionais e acadêmicos em um ambiente propício para o networking e a atualização sobre temas estratégicos para o setor.

As inscrições estão disponíveis no site do Trino Polo. Para associados, o valor é de R$40,00 com reserva antecipada e R$50,00 sem reserva. Já para não associados, a participação custa R$50,00 com reserva e R$60,00 sem reserva.

Serviço

O que: 162ª edição do Bom-dia TI
Data: 03 de outubro de 2025 (sexta-feira), das 8h às 10h
Local: CIC Caxias do Sul – Rua. Ítalo Victor Bersani, 1134 – Jardim América, Caxias do Sul/RS
Inscrições: www.trinopolo.com.br/agenda
Para associados: R$ 40,00 (com reserva) | R$ 50,00 (sem reserva)
Para não associados: R$ 50,00 (com reserva) | R$ 60,00 (sem reserva)

Monetização de dados movimentará US$ 12,4 bilhões até 2030, aponta relatório

O mercado global de monetização de dados deve alcançar US$ 12,4 bilhões até 2030, partindo de US$ 4,4 bilhões em 2024, segundo estudo da Research and Markets. A taxa de crescimento anual composta (CAGR) projetada é de 18,9% no período.

O relatório mostra que organizações em todo o mundo estão transformando dados em ativos estratégicos por meio de modelos como a venda direta de informações, insights derivados de análises avançadas e serviços de dados (Data-as-a-Service). Tecnologias como big data, inteligência artificial e aprendizado de máquina impulsionam esse movimento, permitindo a geração de valor tanto em ganhos de eficiência quanto em novas linhas de receita.

Apesar do potencial de crescimento, o estudo ressalta desafios importantes: privacidade, segurança cibernética, qualidade das bases de dados e conformidade regulatória com normas como GDPR e CCPA. Questões éticas também ganham espaço, já que setores sensíveis precisam adotar modelos de monetização que não envolvem a comercialização direta das informações.

No Brasil, um exemplo é o da TutorMundi, plataforma que conecta alunos e tutores em tempo real e combina inteligência artificial com suporte humano. Sem comercializar dados, a empresa utiliza informações sobre dúvidas e padrões de aprendizagem para personalizar atendimentos e ajudar escolas e instituições a identificar áreas em que os alunos precisam de reforço. O caso ilustra como a monetização de dados pode ocorrer de forma indireta e ética, transformando informações em valor social e acadêmico.

De acordo com o relatório, empresas que aliarem maturidade digital a práticas de governança de dados tendem a se destacar até 2030. Modelos híbridos, que combinam inovação tecnológica com responsabilidade no uso de informações, serão decisivos para a competitividade global.

Fraudes digitais nas redes sociais: problema de segurança ou crise de confiança?

Levantamento recente divulgado pela Forbes Brasil mostrou que 82% dos consumidores brasileiros já foram alvo de algum tipo de fraude digital, sendo que a maior parte ocorre em redes sociais. Os formatos mais comuns são anúncios falsos (45%), perfis falsos (28%), sites falsos (13%) e contas clonadas (6,3%).

Para a advogada Débora Farias, especialista em Direito Empresarial e do Consumidor, os números revelam um fenômeno que vai além da esfera da proteção individual: representam um desafio institucional para empresas, marcas e até mesmo reguladores.

“Não estamos falando apenas de consumidores desatentos. Estamos diante de uma crise de confiança digital que afeta diretamente a reputação de empresas e instituições. Quando uma marca é usada em um anúncio falso ou associada a um golpe, ainda que sem culpa, há um impacto real na percepção de confiabilidade — e também um risco jurídico para a companhia envolvida”, afirma Débora.

Segundo a especialista, a lógica dos fraudadores não é aleatória: eles exploram justamente a credibilidade de marcas reconhecidas, simulando promoções irresistíveis ou canais oficiais de atendimento. Isso gera prejuízos tanto para os consumidores quanto para as próprias empresas.

“As companhias precisam entender que esse tipo de fraude não é um problema externo apenas, mas um risco corporativo que precisa ser monitorado, prevenido e tratado com a mesma seriedade de qualquer outra ameaça à reputação e à conformidade legal”, destaca.

Embora existam marcos regulatórios no Brasil, como o Marco Civil da Internet e a LGPD, Débora lembra que a aplicação prática ainda enfrenta obstáculos. A fiscalização é lenta, a responsabilização das plataformas é limitada e a reação geralmente acontece após o dano já ter sido causado.

“No Direito do Consumidor, a confiança é um bem jurídico protegido. Por isso, mesmo quando a fraude é cometida por terceiros, a empresa precisa estar preparada para demonstrar diligência e proteger seus clientes — sob pena de enfrentar ações judiciais, autuações de órgãos como Procon e Senacon e perda de competitividade”, reforça Débora Farias.

Como as empresas podem se preparar

Na visão da especialista, marcas que desejam proteger sua reputação devem investir em governança de risco digital, o que envolve:
• Monitoramento contínuo de menções e anúncios que utilizam indevidamente a identidade da empresa.
• Parcerias com plataformas digitais para agilizar denúncias e remoção de conteúdos falsos.
• Protocolos internos de resposta rápida — envolvendo jurídico, compliance e comunicação.
• Campanhas educativas transparentes junto ao público, alertando sobre formas oficiais de contato e de compra.

“Hoje, não basta ter um bom produto ou serviço. É fundamental blindar a confiança que o consumidor deposita na marca. E isso significa investir não só em segurança técnica, mas em estratégias institucionais, jurídicas e comunicacionais para lidar com a fraude digital”, afirma.

O futuro da confiança digital

Com o avanço de tecnologias como inteligência artificial e deepfakes, a especialista acredita que os golpes tendem a se tornar ainda mais sofisticados — e, por isso, o preparo precisa ser redobrado.

“A confiança digital será o maior ativo das empresas nos próximos anos. Quem não estiver preparado para proteger sua reputação frente às fraudes estará automaticamente em desvantagem competitiva”, conclui Débora Farias.

Nova resolução do Banco Central exige seguro cibernético para atuação de fornecedores de tecnologia

Na esteira dos recentes ataques cibernéticos às cadeias de fornecedores no Brasil, o Banco Central publicou, no início deste mês, a Resolução BCB nº 498, que institui a obrigatoriedade da contratação de seguro cibernético para provedores de serviços tecnológicos que atuam no sistema financeiro nacional, além de impor rigorosas exigências em segurança da informação, gestão de riscos e compliance. Para a Howden Brasil, corretora global especializada em seguros de alta complexidade, a norma representa um divisor de águas: ela pressiona por maior governança nas cadeias de fornecimento e exige das empresas contratantes um controle mais rigoroso sobre seus parceiros tecnológicos.

“Grandes empresas investem fortemente em cibersegurança, mas são impactadas por brechas em parceiros menores, que muitas vezes não seguem os mesmos padrões de governança. A resolução veio para enfrentar esse descompasso. O seguro cibernético, além de proteção financeira, é um instrumento importante de indução à melhoria nos controles das empresas”, analisa Marta Helena Schuh, Diretora de Seguros Cibernéticos e Tecnológicos na Howden Brasil.

A norma exige que esses provedores, frequentemente startups ou empresas em estágio inicial, adotem práticas efetivas de segurança da informação, gestão de riscos e compliance. Além da obrigatoriedade do seguro cibernético, constam outros requisitos como a adoção de ferramentas como criptografia, autenticação forte e proteção contra vazamento de dados; formação de comitês de governança específicos para riscos cibernéticos; e auditorias com foco em segurança digital.

“Agora será preciso comprovar maturidade em processos, controles e governança. As grandes empresas terão que cobrar, de fato, segurança de seus parceiros. Isso muda completamente o padrão de relacionamento com fornecedores de tecnologia”, destaca a especialista.

A especialista destaca que o movimento do Banco Central reflete um cenário mais amplo: os riscos cibernéticos se tornaram estratégicos e passaram a ser tratados no mesmo nível de outros riscos corporativos clássicos, como incêndios, roubo ou crédito.

Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, os crimes cibernéticos já geram um volume financeiro comparável ao terceiro maior PIB do mundo. No Brasil, incidentes recentes mostram que os prejuízos são reais e crescentes. Segundo relatório da empresa de segurança digital NetScout, o Brasil registrou 550.550 ataques DDoS (Negação de Serviço Distribuída) apenas no primeiro semestre de 2025, um aumento de mais de 50% em relação ao semestre anterior. Esses ataques, que sobrecarregam redes e servidores ao bombardeá-los com tráfego malicioso, têm como objetivo tirar sistemas do ar e interromper serviços essenciais, afetando diretamente a operação de empresas e seus fornecedores tecnológicos. O volume coloca o país como o mais atacado da América Latina nesse tipo de ofensiva, evidenciando o risco crescente em cadeias de fornecimento digital.

“Hoje, os conselhos de administração já reconhecem que a segurança digital não é apenas uma questão técnica. É uma questão de continuidade de negócios, reputação e sobrevivência financeira”, afirma Marta.

Black Friday e Natal ampliam procura por mão de obra e desafiam candidatos

A proximidade das datas mais movimentadas do varejo brasileiro, a Black Friday, em novembro, e o Natal, em dezembro começa a acender um alerta para empresas e profissionais.

Se de um lado, o comércio precisa reforçar suas equipes para dar conta do aumento da demanda, por outro, os candidatos precisam estar preparados para conquistar as vagas que se abrem nesse período. De acordo com Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção da RH NOSSA, a disputa por profissionais começa já:

“Esse é o momento em que o comércio busca rapidez na contratação, mas também qualidade na escolha dos candidatos. Quem chega com currículo atualizado e alguma qualificação em atendimento, vendas ou logística tem mais chances de se destacar”, afirma.

Somente segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, em 2024 o número de trabalhadores temporários contratados para essas datas chegou perto de 450 mil em todo o Brasil.

A sazonalidade faz com que o setor varejista precise contratar milhares de temporários em poucas semanas, principalmente para funções como vendedores, operadores de caixa, estoquistas e atendentes. Para muitos, a oportunidade é o primeiro passo no mercado de trabalho e grande parte dessa mão de obra pode ser absorvida no pós-data. É um movimento comum todos os anos:

“As empresas aproveitam o período para testar os profissionais antes da efetivação. Aqueles que mostram comprometimento e habilidade em lidar com clientes têm boas chances de serem contratados em definitivo”, explica Pelanda.

Especialistas reforçam que os candidatos devem enxergar as vagas temporárias como oportunidades estratégicas. Atualizar o currículo, investir em capacitação rápida e destacar experiências anteriores, mesmo que informais, são diferenciais importantes, além disso, manter no currículo palavras-chave pode ser um ótimo impulso para ser contratado.

Selbetti consolida posicionamento em cibersegurança com novo SOC

A Selbetti, uma das maiores One-Stop-Tech do país, anuncia seu serviço de Security Operations Center (SOC), uma estrutura centralizada e altamente especializada em monitoramento, detecção, resposta e prevenção de ameaças cibernéticas. O SOC da Selbetti nasce robusto, consolidando a experiência e os ativos tecnológicos adquiridos de empresas incorporadas anteriormente, que já atuavam em iniciativas de segurança e monitoramento.

Com tecnologia de ponta e equipe multidisciplinar, o SOC da Selbetti oferece monitoramento contínuo (8×5 ou 24x7x365), análise comportamental com uso de inteligência artificial, threat hunting, resposta a incidentes, análise forense, gestão de vulnerabilidades e proteção de marca (Digital Risk Protection Service) — monitorando inclusive riscos na web, deep web e dark web. A solução é flexível para integrar-se a ferramentas já existentes no cliente e escalável para evoluir em camadas de serviços, do monitoramento básico, à estratégia completa de cibersegurança.

“Nosso SOC foi estruturado para oferecer uma resposta proativa e integrada, capaz de reduzir riscos e otimizar custos de segurança. O serviço é resultado direto da união de expertises e tecnologias adquiridas em movimentos estratégicos da Selbetti, o que garante maturidade e confiabilidade desde o primeiro dia de operação”, Luiz Claudio Rossi, Arquiteto de Soluções da Selbetti.

Segurança integrada à jornada digital

O SOC da Selbetti se diferencia por reunir, em uma única plataforma, recursos de XDR (Extended Detection and Response) e SIEM (Security Information and Event Management) totalmente integrados, capazes de realizar correlação avançada de eventos para uma visão unificada do ambiente de segurança.

“O SOC da Selbetti vai além da entrega de um serviço de segurança: ele se conecta a toda a jornada digital do cliente, integrando-se de forma fluida às demais soluções tecnológicas que já oferecemos. Com um único parceiro, a empresa concentra a gestão de sua segurança e de sua transformação digital, ganhando agilidade, eficiência e uma visão unificada de todo o seu ambiente”, explica Gabriel Pedroso, Head de Cibersegurança da Selbetti.

Essa base tecnológica é potencializada por uma camada de SOAR (Security Orchestration, Automation and Response), que automatiza e orquestra respostas, acelerando a mitigação de incidentes. O serviço também incorpora análise comportamental com uso de inteligência artificial, permitindo identificar padrões anômalos e antecipar ataques sofisticados antes que causem impacto.

Todo esse ecossistema é operado por equipes altamente especializadas — como Blue Team, Red Team, CSIRT, Hunt, Threat Intelligence, DevSecOps e Governança — que atuam de forma coordenada para garantir uma proteção abrangente. A operação é sustentada por uma infraestrutura própria, composta por data centers TIER 3 redundantes localizados em Barueri e Campinas (SP), assegurando alta disponibilidade e resiliência às operações críticas dos clientes.

O modelo de entrega permite que empresas iniciem com monitoramento essencial e evoluam para serviços completos, acompanhando a maturidade e as necessidades do negócio. Essa abordagem modular garante que organizações de diferentes portes possam adotar uma postura mais resiliente frente ao aumento expressivo dos ataques cibernéticos no Brasil — que registrou 356 bilhões de tentativas em 2024, segundo o relatório IBM Security.

E-commerce de moda: 3 estratégias para competir com gigantes internacionais

O mercado de moda online brasileiro enfrenta um desafio crescente com a entrada de gigantes internacionais. Segundo a CNC, a importação de bens de consumo chineses no Brasil, com valor médio de US$ 50, cresceu 575% nos últimos 20 anos, frente a uma média global de 155%. Nesse contexto, competir apenas em preço não garante vantagem: o consumidor brasileiro também valoriza a experiência e relacionamento com as marcas.

Para se manterem competitivas, as empresas precisam investir em estratégias que combinem tecnologia, experiência e eficiência operacional. Murilo Vieira, sócio e diretor de operações da Agência FG, especializada em e-commerce, que oferece soluções completas por meio de três verticais: Performance, Evolução e Implantação de Projetos B2C e B2B, compartilha dicas valiosas que podem fazer a diferença na disputa por market share. Confira!

1. Aplicativos como motor de conversão e fidelização

Apps próprios representam um diferencial competitivo relevante no setor de moda, onde a recompra é frequente. “Temos casos na agência em que os aplicativos chegam a registrar taxas de conversão maiores do que os sites tradicionais”, comenta Murilo.

Um exemplo prático é o lançamento do aplicativo da Brooksfield Donna, desenvolvido em parceria com a FG. Em poucos meses, o app já apresenta taxa de conversão pelo menos duas vezes maior que a do site. “O cliente nem precisa procurar no Google, basta abrir o app e comprar”, explica o especialista.

Além disso, os aplicativos permitem personalizar a experiência do usuário: recomendações de produtos, notificações de promoções e histórico de compras tornam a jornada de compra mais ágil e próxima do consumidor, fortalecendo a fidelização.

2. Estratégia multiplataforma

Uma operação integrada entre lojas físicas, e-commerce e aplicativos garante que o cliente possa comprar por qualquer canal, criando uma experiência fluida e consistente.

“A chave está em fazer com que cada canal se alimente dos outros. Campanhas no Meta Ads aumentam reconhecimento de marca, estimulando pesquisas orgânicas e alimentando o CRM; influenciadores digitais geram tráfego qualificado para todos os canais; e o Google atua como porta de entrada para clientes em diferentes estágios da jornada, da descoberta à compra”, explica Vieira. “O Meta tem a função de conduzir toda a jornada: o cliente é impactado por um anúncio, clica no site, sai e depois é impactado em outros canais”.

Esse modelo provou sua eficácia nos resultados recentes de clientes da agência. A Brooksfield Donna registrou alta de 64% no faturamento nos sete primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior. O desempenho veio acompanhado de avanço de 42% na taxa de conversão e 21% no ROAS (Return on Advertising Spend), indicadores que reforçam a eficiência da estratégia omnichannel.

3. Gestão inteligente de estoque

A integração entre estoque online e físico é outro diferencial decisivo. No modelo em que produtos vendidos online saem das lojas físicas, é possível oferecer entregas mais rápidas, reduzir custos de frete e evitar rupturas de estoque.

“As lojas físicas são bem abastecidas, o valor do frete é competitivo, não há ruptura de estoque e a profundidade do inventário é bem gerida. Além disso, as entregas são mais rápidas, o que garante uma experiência positiva para o cliente”, afirma.

Dica bônus: Como a IA entra em cena

Além dessas três estratégias, a Inteligência Artificial vem transformando a forma como os e-commerces operam e interagem com o consumidor. Chatbots inteligentes automatizam atendimentos, otimizam o tempo da equipe e melhoram a experiência do cliente.

“A IA está mudando a forma como o tráfego orgânico chega até as marcas. O que antes vinha do Google orgânico agora é complementado por acessos que chegam via IA”, analisa Vieira. Ele destaca que muitas marcas já aparecem em resultados de ferramentas como ChatGPT quando os usuários fazem consultas específicas sobre produtos, criando novas oportunidades de visibilidade e vendas.

Martech brasileira amplia presença internacional e cresce 92% nos seis primeiros meses de 2025

Datta Büsiness, martech brasileira especializada em análise de dados para marketing digital, acelera sua expansão internacional e prepara o lançamento de novas funcionalidades baseadas em inteligência artificial. Com operação consolidada no Brasil e em expansão para São Paulo, já atende clientes no México e nos Estados Unidos. O faturamento supera 3 milhões, com crescimento de 120%, e a meta é alcançar 8.000 clientes ativos até 2026.

Fundada em 2022 por Cintia Freitas, especialista em marketing com sólida experiência no setor de shopping centers, a startup nasceu com o propósito de ajudar empresas a compreenderem, de forma objetiva, o retorno de seus investimentos digitais. Inicialmente dedicada à consultoria estratégica, a operação incorporou recursos de automação em 2021 e, no ano seguinte, consolidou-se como uma plataforma SaaS após a entrada de dois sócios especializados em engenharia de processos e dados. Desde então, a empresa já atendeu mais de 350 clientes e acumula um faturamento superior a 3 milhões.

Ao comentar sobre o propósito do negócio, Cintia de Freitas explica que o diferencial está na capacidade de traduzir dados em decisões práticas, “Nosso objetivo sempre foi transformar dados em decisões mais rápidas e inteligentes para o marketing. Ao conectar diferentes fontes de informação e apresentar insights acionáveis, conseguimos democratizar um recurso que antes era restrito a grandes empresas”, destaca.

A solução conecta-se diretamente às contas de anúncios e organiza as informações automaticamente, oferecendo monitoramento em tempo real, relatórios automáticos, comparativos entre campanhas e recomendações inteligentes. O modelo SaaS permite que empresas de diferentes portes, de franquias a pequenos negócios, acompanhem métricas como ROAS, custo por conversão e engajamento, padronizem relatórios e otimizem campanhas sem depender de equipes especializadas.

Entre os clientes, estão franqueados de marcas como Depyl Action, Morana, Usaflex, Plié e Buddha Spa, além de instituições como Sebrae Paraná, Sebrae Santa Catarina e Sebrae Conecta. A empresa também atende shoppings, entre eles o Goiabeiras Shopping, em Cuiabá, o Sobral Shopping, no interior do Ceará, e o Internacional Shopping, em Guarulhos. O desempenho recente também foi impulsionado por um aporte pré-seed de R$ 600 mil, liderado pela Bossa Invest, que elevou em 72% o faturamento recorrente mensal (MRR) da Datta nos quatro meses seguintes ao investimento.

Reconhecida em programas como o Capital Empreendedor (Sebrae Nacional), o Programa do IBGC, o B2Mamy + Google for Startups e o Inovabra Habitat (Bradesco), a Datta integra desde 2025 o Cubo Network (Itaú). Neste mesmo ano, Cintia de Freitas tornou-se embaixadora do Inovabra Habitat, reforçando o protagonismo feminino em um ecossistema em que apenas 12% dos recursos de venture capital no Brasil são destinados a startups lideradas por mulheres, segundo a ACATE.

Diante dos resultados conquistados no mercado de dados e inteligência artificial, a Datta Büsiness decidiu também expandir sua atuação por meio da educação corporativa, com o propósito de formar novas lideranças preparadas para os desafios do marketing orientado a dados e IA. Nesse contexto, a empresa foi convidada a desenvolver um MBA exclusivo em Marketing Orientado a Dados e Inteligência Artificial. O programa entrou em vigor em junho de 2025 e já prevê a abertura de novas turmas todos os meses até dezembro do mesmo ano.

Nos próximos meses, a empresa planeja ampliar as integrações com plataformas digitais, lançar novas funcionalidades baseadas em inteligência artificial e consolidar seu MBA exclusivo fundamentado em tecnologia proprietária. Para Cintia, “nosso foco é escalar com eficiência e tornar a análise de dados mais acessível para empresas de todos os portes. A estrutura está pronta para suportar os próximos ciclos de crescimento”, finaliza. 

Queremos IA agora. Mas será que sabemos pra quê? 

Um quadrinho viralizou algumas semanas atrás e me chamou atenção. Um bonequinho pergunta “Quem somos nós?” e vários outros respondem “CEOs”. “E o que nós queremos?”. Eles respondem: “IA!”. “Inteligência artificial pra fazer o quê?”. E eles respondem: “Não sabemos!”. “Mas quando queremos?”. E eles respondem: “Agora!”

A piada tem total reflexo da realidade, não apenas do que vemos no nosso dia a dia, mas também do que chega por meio do relatório “The GenAI Divide: State of AI in Business 2025″, publicado pela iniciativa Networked AI Agents in Decentralized Architecture (NANDA, traduzindo, agentes de IA em rede em arquitetura descentralizada) do MIT, nos Estados Unidos.

O estudo revela que, embora a IA generativa seja uma promessa de agilidade, solução de problemas e até lucratividade para o mundo corporativo, a maioria das iniciativas ainda não chegou a grandes níveis de sucesso. 

O relatório diz que apenas cerca de 5% dos programas piloto de IA conseguiram alguma aceleração das receitas de forma notável. A maioria das iniciativas ficou estagnada, o que gerou pouco ou nenhum impacto mensurável nos lucros ou perdas. 

Em entrevista à Fortune, a principal autora do relatório e colaboradora do projeto NANDA do MIT, Aditya Challapally, explicou quais foram os programas piloto de grandes empresas e startups mais jovens que conseguiram se destacar com IA generativa nos últimos anos. “Eles escolhem um ponto problemático, executam bem e fazem parcerias inteligentes com empresas que usam suas ferramentas”, completou. 

Para 95% das empresas incluídas no relatório, apenas implementar alguma solução de IA generativa não foi suficiente. A questão central não seria a qualidade dos modelos e ferramentas, mas sim a “lacuna de aprendizagem”. 

Diz o texto da Fortune que, embora os executivos culpem a regulamentação ou o desempenho do modelo, a investigação do MIT aponta para falhas na integração empresarial. 

Ou seja, a solução de IA até existe, mas foram encontrados problemas na rotina de trabalho das outras peças desse processo: os humanos. 

Ferramentas de uso mais genérico, como o ChatGPT, são excelentes para indivíduos devido à sua flexibilidade, mas não fazem milagre no uso empresarial porque não aprendem ou não se adaptam aos fluxos de trabalho, explicou Challapally.

Tenho falado exatamente sobre isso em algumas palestras e conversas. Ferramentas de IA são um excelente apoio, mas não um atalho. A IA é excelente para acelerar testes, refinar ideias, fazer a conferência de dados ou ainda realizar uma tarefa complexa, como se dominasse um software ou aplicativo dedicado.

É como o relatório apontou: empresas que acertaram na escolha do agente de IA selecionaram uma questão problemática ou um ponto de fricção e conseguiram solucionar ou, ao menos, acelerar esse processo, levando naturalmente a um aumento da produtividade e da lucratividade.

Uma boa pergunta a se fazer, antes de entrar no coro do “Queremos IA em tudo agora”, é: quais são as ferramentas e soluções disponíveis que podem ajudar a atender às necessidades da empresa? 

Pode ser que ainda não existam produtos e aplicativos prontos para as grandes questões. Porém, se você conseguir acelerar algum processo ou dar mais fundamentos para que seus colaboradores tomem decisões melhores, esse será o melhor apoio de IA para sua empresa no momento. 

A decisão final é sempre humana, inclusive, para dizer até onde a inteligência artificial vai ajudar. E como toda tecnologia, estamos em um momento de evolução e aperfeiçoamento. Então, sua decisão também pode mudar dentro de seis meses.

Henrique Calandra é fundador do WallJobs, empresa de tecnologia brasileira que oferece soluções automatizadas para contratos de estágio, autor do livro “Inteligência Artificial Generativa para Iniciantes”, colunista da ABStartups e palestrante de grandes ecossistemas como InovaBRA e Distrito.

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