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KI im Einzelhandel: Technologie, die 2025 mehr als 601 TP3 T des digitalen Verkaufs beeinflussen soll

Eine von der National Retail Federation (NRF) veröffentlichte Studie prognostiziert, dass bis 2025 mehr als 601 TP3 T des digitalen Vertriebs durch Agenten der künstlichen Intelligenz (KI) beeinflusst werden. Dies bedeutet, dass Chatbots, virtuelle Assistenten, Empfehlungssysteme und Vorhersagealgorithmen eine Schlüsselrolle spielen werden Rolle bei der Kaufentscheidung der Verbraucher und definiert das digitale Einzelhandelserlebnis neu.

Diese Innovationen rationalisieren den Kaufprozess, erhöhen die Conversion-Raten und verbessern das Verbrauchererlebnis Laut Paulo Camargo, Geschäftsführer von iTalents 'einem auf den Einzelhandel ausgerichteten Technologieentwicklungs-Startup (Der Einsatz von KI im E-Commerce ist bereits Realität.

“Eine Personalisierung des Einkaufserlebnisses war schon immer ein Ziel und auch eine Herausforderung im Online-Handel Mit der Weiterentwicklung der KI haben sich neue Wege zur Anpassung dieser Reise herausgebildet. Intelligente Systeme verbinden sich jetzt mit E-Commerce-Plattformen, um Browsing-Muster, Kaufhistorie und -präferenzen zu analysieren und bieten hochgradig personalisierte Vorschläge durch Konversationsinteraktionen, was die Konversionsraten erhöht”, erklärt er.

Künstliche Intelligenz revolutioniert nicht nur das Endbenutzererlebnis (B2 C), sondern gestaltet auch den B2 B-Markt und die Marktplätze neu Unternehmen, die in diesem Segment tätig sind, nutzen bereits KI-Lösungen, um Daten zu analysieren, Anforderungen vorherzusagen und Lagerbestände zu optimieren, Verhandlungen werden schneller und genauer, Fehler minimieren, Verschwendung reduzieren und die betriebliche Effizienz optimieren.

Ein weiterer grundlegender Aspekt der KI in B2 B ist die Automatisierung sich wiederholender Prozesse, wie Vertragsanalyse, Kundenservice und Ladungsmanagement Chatbots und spezialisierte virtuelle Assistenten werden bereits eingesetzt, um technische Fragen zu beantworten, Budgets zu rationalisieren und komplexe Verhandlungen zu erleichtern Dadurch können sich Fachleute auf taktische und strategische Aktivitäten konzentrieren, während die Technologie die operativen Aufgaben optimiert”, weist Paulo darauf hin.

Das Gleichgewicht zwischen digitaler Personalisierung und Humanisierung des Dienstes wird ein entscheidender Faktor für die Aufrechterhaltung der Kundenbindung sein. Darüber hinaus bleiben Fragen im Zusammenhang mit Datenschutz und Datensicherheit ein zentrales Anliegen der Branche und erfordern Vorschriften und bewährte Verfahren bei der Implementierung dieser Technologien.

Während die Online-Verkäufe wachsen, sowohl auf Marktplätzen als auch in eigenen Online-Shops, ist ein Rückgang im physischen Einzelhandel zu verzeichnen Laut Stone Retail Index (IVS) zeigte der digitale Handel ein jährliches Wachstum von 7,71 TP3 T, während der physische einen jährlichen Rückgang von 2,11 TP3 T verzeichnete Diese Bewegung zeigt sich bereits in Branchen wie Mode, Elektronik und sogar Supermärkten, wo das digitale Erlebnis das traditionelle Modell nach und nach abgelöst hat.

Trotz dieses Szenarios wird der physische Einzelhandel nicht vollständig verschwinden Er wird sich jedoch neu erfinden müssen, um mit dem neuen Konsumverhalten Schritt zu halten Hybridmodelle, wie Omnichannel 'in dem physische Geschäfte als Entnahmestellen dienen, Experience Center oder Logistik-Hubs 'können der Schlüssel zum Überleben von Marken sein, insbesondere für Franchise-Systeme von Einzelhandelsgeschäften, die auch online verkaufen.

“Ein IA sollte im digitalen Handel noch weiter voranschreiten, mit Einkaufsassistenten und hyperpersonalisierten Empfehlungen, die das Verbrauchererlebnis erhöhen.In der Getränkeindustrie beeinflussen beispielsweise Präferenzen, Budget und Zweck bereits die Wahl von Produkt und KanalDie Zukunft des Einzelhandels hängt von der Anpassung der Unternehmen an ein zunehmend von Technologie und KI geleitetes Szenario ab, das Personalisierung und Komfort erweitert”, schließt der Direktor von iTalents.

Fórum inédito debate futuro do mercado digital no Brasil

O senso de comunidade digital, acelerado pela pandemia, levou a economia a intensificar a migração para o universo virtual. A prova disso é o salto no crescimento do e-commerce nacional, que saiu de um volume de negócios de R$ 35 bilhões em 2016 para R$ 196,1 bilhões no Brasil, em 2023, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O crescimento apontado pelo órgão é de mais de 460%.

Seguindo a tendência, pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostra que o setor faturou R$ 204,3 bilhões em 2024 – crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior. A ABComm também projeta que o segmento fature R$ 224,7 bilhões em 2025 – mais um aumento de 10%.

É baseado nesse cenário de mudanças do comércio brasileiro que a Associação Nacional do Mercado e Indústria Digital (AnaMid) realiza a 1ª edição do Fórum do Mercado e Indústria Digital (FIND), que acontece no dia 29 de abril, a partir das 8h, no campus Porto Alegre da Unisinos (Av. Dr. Nilo Peçanha, 1600 – Boa Vista). Ingressos e mais informações no site Link.

O FIND vai reunir grandes nomes do setor do mercado e do marketing digital, como o fundador do Grupo Flow e host do Flow Podcast, Igor Coelho; o CMO e fundador do mLabs, Rafael Kiso; o presidente da Federação Varejista do Rio Grande do Sul, Ivonei Pioner, entre outros, em uma jornada imersiva que vai apresentar tendências e ferramentas para fomentar o mercado virtual e alavancar negócios.

Conceito de Brandformance é foco do evento

De acordo com o presidente da AnaMid-RS, Sebastião Ribeiro, não basta apenas performar, é preciso manter um relacionamento com o público para além da compra. Segundo ele, “o e-commerce aproximou o consumidor de empresas do mundo todo e isso tornou o processo mais exigente e a concorrência, maior”. Por isso, o evento reforça a união entre branding e performance.

“É preciso haver um senso de unidade em todos os momentos do negócio. Não há mais espaço para uma separação entre os setores comercial e de marketing, entre on e offline”, destaca Sebastião Ribeiro.

Fraudes no e-commerce desafiam lojistas e impulsionam uso de automação inteligente

O avanço acelerado do comércio eletrônico no Brasil também tem dado espaço para um crescimento preocupante: o aumento das fraudes digitais. De acordo com uma pesquisa da Equifax BoaVista, as tentativas de golpe no e-commerce aumentaram 3,5% em 2024, comparado com o ano de 2023. 

Seja envolvendo cartões clonados ou fraudes por bots e estornos indevidos via Pix, os prejuízos acumulados por lojistas em decorrência dessas práticas já somam cifras milionárias. Para além do impacto financeiro, tais ações também comprometem a confiança dos consumidores e a credibilidade das plataformas. 

Entre os golpes mais comuns estão o roubo de identidade, a apropriação indevida de contas de usuários (conhecida como account takeover), fraudes em chargebacks e o uso de cupons falsos. A complexidade e sofisticação dos ataques têm exigido das empresas soluções mais robustas para garantir a segurança de suas operações e preservar a jornada do cliente.

No entanto, a automação inteligente integrada ao ecossistema Open tem ganhado destaque como uma ferramenta estratégica de proteção. Segundo especialistas, combinando tecnologias como inteligência artificial, machine learning e análise de big data, esses sistemas conseguem monitorar transações em tempo real, identificar padrões suspeitos e agir preventivamente diante de comportamentos anômalos.

“A automação inteligente permite detectar riscos com maior precisão e reduzir falsos positivos — que muitas vezes barram compras legítimas e afetam a experiência do consumidor”, explica Lígia Lopes, CEO da Teros, plataforma de automação inteligente com base em dados, que complementa: “Além disso, otimizamos recursos operacionais ao tirar tarefas repetitivas das mãos das equipes, redirecionando o foco para decisões estratégicas”.

Conforme a executiva, fraudes que utilizam bots, por exemplo, são cada vez mais comuns em lançamentos de produtos limitados. Ao automatizar o processo de compra, esses softwares conseguem adquirir grandes volumes de itens antes que clientes reais tenham acesso a eles, criando um mercado paralelo e injusto. Já os golpes com Pix frequentemente envolvem a manipulação de comprovantes ou alegações falsas de erro para obter reembolso após o recebimento do produto.

“Outro benefício da automação é a integração com sistemas antifraude baseados em biometria e comportamento digital. Essas soluções aumentam o nível de verificação das transações, ajudando a bloquear ataques sofisticados como phishing ou invasões de contas, que não seriam facilmente detectados por métodos tradicionais”, ressalta Lígia. 

No ambiente do Open Finance, a automação integrada também trouxe ganhos significativos em termos de agilidade e personalização, ainda segundo Lopes. A possibilidade de integrar dados bancários com sistemas de gestão permite realizar conciliações em tempo real, automatizar relatórios financeiros e oferecer serviços como crédito ou seguro durante o checkout — tudo com segurança e transparência no uso dos dados.

“Embora não haja solução única para o problema das fraudes, a combinação entre tecnologia e estratégia é o caminho mais promissor. A digitalização do consumo exige uma postura proativa das empresas e automatizar não é mais uma opção, mas uma necessidade para quem quer se manter competitivo, seguro e relevante no mercado”, conclui a CEO da Teros. 

Revolution im Einzelhandel: Von Multikanal zu Unified Commerce

Historisch gesehen hat sich der Einzelhandel in den letzten hundert Jahren erheblich weiterentwickelt. Von der Entstehung der ersten physischen Geschäfte, die unabhängig und ohne die Notwendigkeit einer Integration zwischen den Einheiten betrieben wurden, bis hin zum aktuellen Szenario, das von Digitalisierung und Integration in Echtzeit dominiert wird, ist der Sektor mit technologischen Problemen konfrontiert und Verhaltenstransformationen, die das Verbrauchererlebnis radikal verändert haben.

In der Anfangszeit des Einzelhandels funktionierten die physischen Geschäfte isoliert Jede Einheit hatte ihre eigene Kontrolle über Lagerbestand, Kundendienst und Management, das Hauptaugenmerk lag auf dem lokalen Verbrauchererlebnis Eine solche Einfachheit wurde jedoch mit dem Wachstum von Einzelhandelsketten, Gesellschaften und immer komplexeren Beziehungen zwischen Marken und Verbrauchern nicht mehr nachhaltig.

Die Ankunft integrierter Managementsysteme Anfang der 90 er Jahre, wie ERPs (Enterprise Resource Planning), war der erste Schritt zur Zentralisierung des Betriebs, der eine neue Ära der Skalierbarkeit für das Unternehmen ermöglichte.

Darüber hinaus begann der Einzelhandel mit dem Aufkommen neuer Kanäle, wie Telefon, E-Mail - und digitale Plattformen, in einem komplexeren Umfeld zu agieren Multichannel entstand als Reaktion auf diese Diversifizierung der Berührungspunkte, die es den Verbrauchern ermöglichte, auf unterschiedliche Weise und über mehrere Service - und Kontaktstellen mit der Marke zu interagieren.

In der Praxis ermöglichte Multichannel den Verbrauchern, online einzukaufen und sich im Geschäft zurückzuziehen oder sogar After-Sales-Lösungen auf Kanälen wie WhatsApp und sozialen Netzwerken zu suchen Aktuelle Daten zeigen, dass 50% der Verbraucher es vorziehen, After-Sales-Probleme über WhatsApp zu lösen, was die Bedeutung des Angebots agiler, bequemer Optionen unterstreicht, die direkt mit dem Verbraucher in Dialog treten.

Obwohl Multichannel effizient ist, bietet es oft nicht, ein integriertes Erlebnis zu bieten. Der Betrieb über verschiedene Kanäle hinweg spricht oft nicht miteinander, was zu Frustrationen für den Verbraucher und betrieblichen Herausforderungen für Unternehmen führt.

Unified Commerce: vollständige Integration

In diesem Szenario erweist sich Unified Commerce als die natürliche Weiterentwicklung von Multichannel und bietet einen integrierten und zentralisierten Ansatz, der Daten, Inventar, Logistik und Kundenservice in einem einzigen Orchestrierungssystem vereint. Das Ziel besteht darin, dem Unternehmen ein flüssiges und Echtzeit-Erlebnis zu bieten Verbraucher, unabhängig vom verwendeten Kanal.

Beim Unified Commerce geht es nicht nur um die Verbindung von Vertriebskanälen Es ist notwendig, die gesamte Betriebskette von der Lagerhaltung bis zur Lieferlogistik zu integrieren und dabei fortschrittliche Technologien wie Künstliche Intelligenz und Big Data zu nutzen, um Bedürfnisse zu antizipieren und Interaktionen anzupassen Das Konzept erfüllt die Erwartung der Verbraucher an reibungslose Erlebnisse, bei denen es keine Barrieren zwischen dem Physischen und dem Digitalen gibt. Es ist eine durch Technologie ermöglichte Weiterentwicklung des Konzepts von Omnichannelness, so geredet, aber von den Unternehmen immer mit großer Mühe umgesetzt.

Wer führt diese Revolution an?

Mehrere Einzelhändler haben Unified Commerce bereits als Kernstrategie übernommen Beispiele sind:

Walmart: Der Einzelhandelsriese hat stark in Technologie investiert, um seinen Online- und physischen Betrieb zu integrieren und es Kunden zu ermöglichen, von überall aus einzukaufen und Produkte schnell und effizient zu erhalten.

AmazonasObwohl das Unternehmen traditionell eine digitale Plattform ist, erweitert es seine physische Präsenz durch Initiativen wie Amazon Go, bei denen die Daten- und Technologieintegration Warteschlangen eliminiert und das Einkaufserlebnis vereinfacht.

Luiza-Magazin: in Brasilien ist Magalu ein Beispiel dafür, wie eine vollständige Integration dem Kunden zugute kommen kann Das Unternehmen verwendet Systeme, die Inventar, Logistik und Service verbinden und es dem Verbraucher ermöglichen, zu wählen, wo und wie er die Produkte erhält.

Herausforderungen und Chancen

Die Implementierung von Unified Commerce ist jedoch nicht einfach. Sie bringt technische Herausforderungen wie die Integration von Altsystemen mit sich und strategische wie die Schulung von Teams für den Betrieb in einer hochgradig vernetzten Umgebung. Darüber hinaus sind erhebliche Investitionen in Technologie und Infrastruktur erforderlich. Änderungen der Anreiz- und Belohnungsmechanismen kommerzieller Teams, die den Kunden „de fact“in den Mittelpunkt des Managements stellen und vieles mehr.

Andererseits sind die Vorteile klar Unternehmen, die Unified Commerce übernehmen, sind in der Lage, den Anforderungen moderner Verbraucher besser gerecht zu werden, die Loyalität zu erhöhen und die betriebliche Effizienz zu steigern. In einem zunehmend wettbewerbsintensiven Markt kann dies ein entscheidender Unterschied sein.

Daher stellt der Übergang vom Multichannel zum Unified Commerce eine Revolution im Einzelhandel dar Mehr als der technologische Wandel ist es die kulturelle Transformation, die den Verbraucher in den Mittelpunkt aller Operationen stellt Unternehmen, die diesen Wandel annehmen, werden besser darauf vorbereitet sein, in einem Szenario zu konkurrieren, in dem Kundenerfahrung die wertvollste Währung ist Die totale Integration ist kein Differential, sondern eine Notwendigkeit für diejenigen, die auf dem aktuellen Markt relevant bleiben wollen.

Market Day: evento fortalece pequenos negócios e impulsiona a economia local

O Market Day retorna ao Esporte Clube Pinheiros nos dias 25, 26 e 27 de abril, reunindo cerca de 150 pequenos empreendedores em um evento colaborativo que promove conexões, impulsiona negócios e valoriza o consumo consciente. Com curadoria das organizadoras Beatriz Rio Branco, Daniela Vianna (Thoth Incubadora de Experiências) e Renata Batochio (The Bazaar), a iniciativa tem se consolidado como um espaço essencial para empreendedores alavancarem suas vendas e ampliarem sua rede de contatos.

“O Market Day é um evento muito especial para mim, pois foi onde iniciei minha marca no mercado e sempre fui muito bem acolhida. Além de ser realizado no clube onde sou sócia, o que torna tudo ainda mais significativo, é como fazer parte de uma grande família. Para marcas pequenas como a minha, essa visibilidade é essencial. Trabalho com uma curadoria de vinhos nacionais de pequenos produtores e vinícolas familiares, e cada produto tem uma história única. Durante o evento, o faturamento cresce significativamente e muitos clientes continuam comprando depois, o que movimenta ainda mais o meu negócio.” — Déa Vianna, CEO da DV Vinhos

Voltado tanto para sócios quanto para não sócios do Clube, o Market Day atrai um público qualificado e engajado, interessado em conhecer e consumir produtos de moda, gastronomia, acessórios, fitness, infantil, decoração, lifestyle, homewear, mesa posta e muito mais. Além disso, cinco ONGs são convidadas a participar gratuitamente, ampliando o impacto social do evento. Na última edição de Natal, o evento recebeu mais de 7,5 mil visitantes, reafirmando seu papel na economia criativa e no fortalecimento de pequenos negócios.

“Participar do Market Day para mim é sempre uma alegria. É um momento para rever amigos, fazer ótimas vendas e fortalecer minha marca. Como não tenho loja física, esse evento é essencial, pois me permite convidar minhas clientes de São Paulo para conhecerem os produtos pessoalmente. Além disso, o Market Day representa um aumento de 40% no meu faturamento mensal. A cada edição, vejo como o evento se torna mais completo e como os resultados são sempre positivos para minha marca.” Juliana Solano, Sócia Proprietária & Designer da marca Jous by Juju Solano

O espaço ainda conta com o Espaço Bem-Estar, uma área reservada para expositoras e visitantes, oferecendo experiências gratuitas como quick massage, consultas com oraculistas, meditação, autocuidado, maquiagem e até flash tattoo. Esse ambiente também concentra expositores de serviços, permitindo que profissionais divulguem suas marcas e ampliem sua visibilidade.

“Fazer parte do Market Day é incrível, pois nos conecta com nossas clientes e abre espaço para novas consumidoras. Em um mercado cada vez mais digital, acreditamos na importância do contato presencial, permitindo que sintam os tecidos e conheçam a marca de perto. Durante o evento, vendemos em torno de 60 a 70 peças, o que impacta positivamente nosso faturamento.” Flavia Mesquita, CEO da Outfit Bag

O Market Day não é apenas um evento comercial, mas uma plataforma de crescimento para empreendedores, proporcionando oportunidades reais de networking, aprendizado e fortalecimento de marcas. Com estrutura completa e organização impecável, a feira se destaca como um dos principais eventos do setor, movimentando a economia e incentivando o empreendedorismo.

“Estar no Market Day é uma oportunidade essencial para mim e para minha marca de joalheria autoral. Além de levar minhas joias para perto das pessoas, o Market Day representa um momento valioso de troca e aprendizado. O empreendedorismo pode ser um caminho solitário, e eventos como esse são verdadeiros oásis – um espaço onde pequenas marcas ganham voz, visibilidade e apoio. Essa experiência vai muito além da venda: é sobre conexão, inspiração e crescimento.” – Amanda Tartik, designer de joias.

“O Market Day é um evento incrível para nós, um dos melhores em que já estivemos, com uma organização impecável. Além das vendas, conseguimos conquistar novos clientes e fortalecer a presença da nossa marca entre um público majoritariamente praticante de atividades físicas. Em média, vendemos cerca de 200 peças durante o evento, o que tem um impacto significativo no nosso faturamento. O que mais gostamos no Market Day é que ele vai além da simples exposição de produtos; é uma experiência positiva tanto para os expositores quanto para o público, graças ao cuidado da organização em tornar tudo especial.” Tatiana e Cristiane, socias da Fitcouture.

Mesmo com produção na China, marcas de luxo mantêm prestígio com base em reputação e simbologia

A recente exposição de fornecedores chineses responsáveis por fabricar produtos de grandes marcas de luxo não abalou o prestígio das grifes mais tradicionais do mercado. Apesar de revelações sobre a origem de suas mercadorias, nomes como Hermès e Louis Vuitton seguem preservando o valor simbólico que carregam há décadas. O motivo central está no posicionamento construído ao longo do tempo, muito antes das redes sociais moldarem a percepção de valor.

O debate ganhou novas proporções nas últimas semanas após o grupo Hermès, fundado em 1837, ultrapassar pela primeira vez o conglomerado LVMH em valor de mercado, tornando-se o maior grupo de luxo do mundo. De acordo com o Business of Fashion, o valor de mercado da Hermès chegou a US$ 247 bilhões após o LVMH apresentar resultados abaixo das expectativas para o primeiro trimestre de 2025. A queda de 5% nas vendas de artigos de couro e acessórios e uma retração de 11% na Ásia (excluindo o Japão) contribuíram para o declínio da performance do gigante francês.

A força do pertencimento

Para especialistas em branding, o público consumidor das marcas de luxo não está, essencialmente, interessado nos custos de produção ou na localização das fábricas. “Os clientes da Hermès não compram uma bolsa pelo material ou pelo local onde foi feita, mas pelo significado que ela carrega”, afirma Carolina Lara, especialista em comunicação estratégica e branding e fundadora da Lara Visibilidade Estratégica. “É uma questão de pertencimento, de narrativa. Essas marcas vendem símbolos culturais, não apenas produtos.”

Essa percepção não é fruto de estratégias de redes sociais ou tráfego pago. O posicionamento de marcas consolidadas foi construído com base em narrativas consistentes, reforçadas em publicações de renome como The New York TimesFinancial Times und Le Monde. São décadas de presença em reportagens, matérias especiais e cadernos de negócios, além da moda, o que solidificou sua imagem perante o público.

Enquanto isso, as emergentes ou de menor expressão tentam compensar a ausência de história com campanhas agressivas de tráfego pago nas redes sociais. “Existe uma diferença clara entre marcas que aparecem em veículos como CNN, Prüfung oder Veja, onde a cobertura jornalística exige credibilidade, e aquelas que limitam sua presença a anúncios patrocinados”, compara Lara. “As primeiras constroem reputação; as segundas, dependem de investimento constante para manter a relevância.”

Modelo de negócio sob demanda

A Hermès, em particular, adota uma estratégia que reforça ainda mais seu valor simbólico: a produção sob demanda. Diferente de conglomerados que precisam escalar suas operações para diversos segmentos de mercado, a grife francesa mantém sua oferta restrita, criando escassez proposital para sustentar a aura de exclusividade. Essa prática permite à empresa operar com margens de lucro elevadas, ao mesmo tempo em que evita problemas como excedentes de estoque ou liquidações, comuns em outras marcas.

“Quando você tem um modelo baseado em alta demanda e baixa oferta, não apenas mantém o desejo pela marca, mas também controla o ciclo de consumo”, explica Lara. “Não há necessidade de descontos ou promoções, o que preserva o valor percebido.”

A geopolítica do luxo

O cenário atual também reflete uma dinâmica geopolítica peculiar. O consumo de luxo na Ásia, excluindo o Japão, apresentou retração de dois dígitos, enquanto mercados como Estados Unidos e Europa demonstram maior resiliência. Ainda assim, o público-alvo da Hermès permanece relativamente imune às flutuações econômicas. Essa estabilidade contribui para a valorização consistente da marca em tempos de incerteza.

Por outro lado, a LVMH, com seu portfólio diversificado de 75 marcas em seis segmentos distintos — moda, beleza, joalheria, vinhos, entre outros —, sente o impacto de crises globais de forma mais acentuada. A exposição ao mercado internacional, embora ofereça diversificação de receitas, também amplia o risco em momentos de volatilidade econômica.

Apesar da atual liderança da Hermès, analistas do setor destacam que a disputa permanece acirrada. Bernard Arnault, CEO da LVMH, mantém participação acionária na Hermès, com 2% do capital social sob controle da família Arnault. Isso evidencia que, mesmo fora do pódio momentâneo, o grupo LVMH segue de perto os movimentos do concorrente.

Em tempos de redes sociais, onde a construção de imagem muitas vezes se resume a impulsionamentos e tráfego pago, as marcas de luxo tradicionais demonstram que reputação e valor simbólico ainda são ativos insubstituíveis. São décadas de posicionamento estratégico, narrativa bem construída e presença em espaços editoriais de credibilidade que sustentam sua liderança.

A disputa entre Hermès e LVMH segue aberta, mas uma coisa é certa: o luxo, mais do que nunca, está além do produto — ele é, sobretudo, uma história bem contada.

Transformação digital em 2025: níveis de maturidade e cinco tecnologias indispensáveis para gerar resultados tangíveis

A transformação digital é frequentemente vista como o destino final do uso de tecnologia, mas na realidade esse é um processo contínuo para as empresas. 

Em 2025, esse processo deve ser considerado de forma ainda mais estratégica, pois o sucesso corporativo não depende apenas da adoção da tecnologia, mas sim da maturidade com que ela é utilizada (seja começando a digitalizar processos ou já explorando os recursos da  Inteligência Artificial).

De acordo com o relatório “AI Index 2025”, da HAI, de Stanford, o Brasil vem se destacando pelo crescimento anual na contratação de profissionais especializados em Inteligência Artificial: (217%). Por isso, é reconhecido como um dos principais países na formação de graduados em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).

Além disso, a segunda edição do Índice Transformação Digital Brasil (ITDBr) mostrou que as empresas estão avançando nesse sentido, com a maturidade digital passando de 3,3 em 2023 para 3,7 em 2024. Porém, o estudo apontou que as barreiras culturais e estruturais ainda limitam uma evolução mais abrangente.

É um cenário que reforça a urgência para acelerar o processo de inovação tecnológica para que os níveis de maturidade digital sejam transformados em vantagem competitiva tangível. 

Entenda seu estágio digital para agir com precisão

A maturidade digital é uma jornada composta por três estágios, sendo que  a compreensão de cada estágio é fundamental para mapear tecnologias adequadas, direcionar investimentos e estabelecer as prioridades que vão maximizar o impacto nos negócios.

  • Estágio inicial: com processos fragmentados e baixa digitalização, é o momento de criar uma base tecnológica, com automação e integração básicas na estrutura de TI.
  • Estágio intermediário: com digitalização parcial e integração limitada entre áreas, o foco deve ser conectar sistemas com fluxos operacionais mais eficientes.
  • Estágio avançado: organizações utilizam dados em tempo real, Inteligência Artificial, Big Data e automação, priorizando inovação contínua e experiências personalizadas para os clientes.

Cinco tecnologias indispensáveis para 2025

Neste ano, algumas tecnologias estão emergindo como pilares da competitividade para as empresas em diferentes níveis de maturidade digital. As cinco tecnologias em evidência para uma estratégia executada com sucesso são:

  1. Inteligência Artificial: um estudo divulgado pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) ressaltou o Brasil como um dos principais pólos de Inteligência Artificial na América Latina, com 144 unidades de pesquisa atuando em setores como ciência, energia e agricultura. A IA é fundamental para analisar grandes quantidades de dados, prever demandas, personalizar o atendimento e automatizar atividades críticas.
  2. 5G: no Brasil, existe um grande potencial de crescimento a partir do 5G. Um relatório da Opensignal, com avaliação em 137 países, mostrou que o Brasil é o terceiro lugar em velocidade média de download no 5G. Mais do que isso: ficou à frente de países de primeiro mundo como Estados Unidos, Japão e Alemanha. O 5G permite a tomada de decisões em tempo real por meio de recursos de Internet das Coisas (IoT) e experiências conectadas, aperfeiçoando o desempenho em diversos setores da economia.
  3. Computação em nuvem: a migração dos dados para a nuvem amplia a flexibilidade, adaptando os recursos de acordo com a demanda e eliminando a necessidade de altos investimentos em hardware e manutenção de infraestrutura. 
  4. Intelligente Automatisierung: redefine processos ao ir além da execução de tarefas repetitivas, otimizando fluxos operacionais e permitindo assertividade de acordo com o Kerngeschäft von Unternehmen. 
  5. Cibersegurança avançada: de acordo com a EY, 90% das violações de identidade ocorrem por erro humano e, para reverter esses riscos, as empresas devem  investir nos programas de treinamento em cibersegurança.

A proteção de ativos digitais garante conformidade regulatória em um cenário de ameaças cibernéticas crescentes. A implementação de políticas de segurança é mandatória para assegurar a integridade da operação e dos negócios, evitando danos financeiros e reputacionais.

Essas cinco tecnologias, quando integradas com inteligência, não apenas otimizam operações, mas também impulsionam a diferenciação das empresas em seus respectivos mercados de atuação.

Uso das tecnologias exige critérios objetivos

Para que haja resultados reais, cada uma dessas tecnologias deve priorizar o impacto e o alinhamento estratégico. 

Por isso, adotar novas tecnologias sem um planejamento envolvido é um erro. É fundamental definir a forma como cada tecnologia é utilizada, de acordo com os critérios:

  • Porte da empresa: grandes organizações demandam soluções robustas e personalizadas, enquanto empresas menores se beneficiam de ferramentas modulares e ágeis, como Software as a Service (SaaS).
  • Retorno sobre o Investimento (ROI) tangível: todo investimento em tecnologia deve entregar valor mensurável. Caso contrário, o valor deixa de ser investimento e passa a ser “gasto”.
  • Integração com sistemas existentes: evitar interrupção operacional durante a integração  é essencial para fortalecer a produtividade.
  • Escalabilidade: as soluções devem acompanhar o crescimento da empresa, sem exigir reinvestimentos constantes.

Independentemente do estágio de maturidade, esses critérios são a base para o crescimento digital sustentável, beneficiando as empresas com maior eficiência operacional, tomada de decisões orientada por dados e fortalecimento da cultura organizacional voltada à inovação.

A prova da importância desses benefícios está em um relatório da McKinsey, o qual concluiu que as empresas com investimentos contínuos em inovação, mesmo em períodos de incerteza, tendem a superar seus concorrentes. Os diferenciais para essa superação são o envolvimento dos profissionais e o aproveitamento correto de infraestrutura, propriedade intelectual e relacionamento com clientes na identificação de novas oportunidades de mercado.

Tecnologia e pessoas: a combinação indispensável da transformação digital

Por fim, vale reforçar: a transformação digital não é apenas sobre ferramentas. É sobre pessoas. É a sinergia entre tecnologia, processos e talentos que gera resultados a partir dessas ferramentas. 

Ao colocar as pessoas no centro da estratégia digital, as empresas se tornam mais resilientes, adaptáveis e prontas para atuar em um mercado que exige constantes adaptações e reinvenções.

Em 2025, a transformação digital continua sendo um imperativo. A questão é: sua empresa está apenas acompanhando, ou está pronta para liderar?

Saurons Auge: das Wirkliche, das für das Leiden der Generationen Z und Alpha verantwortlich ist

Dentro do universo da obra O Senhor dos Anéis, o ‘Olho de Sauron’ simboliza a vigilância constante, o poder absoluto e a opressão exercida por Sauron sobre toda a Terra-média. Ele é descrito como um olho flamejante que tudo vê, representando a presença ameaçadora e o desejo de controle total do vilão. Todos os pesquisadores e profissionais que trabalham com e na internet concordam que muita coisa mudou desde que ela se tornou ubíqua entre adultos, crianças e adolescentes. Mas estes divergem em dois campos: seriam os smartphones e as redes sociais o olho de Sauron simplesmente por existirem e precisamos regulamentar seu uso ou, qualquer tecnologia tem um impacto na nossa cultura e esse impacto pode fazer com que o comportamento seja, fundamentalmente, disfuncional? Nesse artigo, tento compartilhar os dois argumentos e dar vazão a uma tese pouco popular: a tecnologia é agnóstica, o que fazemos – ou não fazemos – dela é o que importa. 

Ultimamente, principalmente depois da publicação do livro “A geração ansiosa”, de Jonathan Haidt, o alarmismo se alastrou entre pais e educadores, que acharam um culpado pelas mazelas que afligem as gerações Z (1997 a 2009) e Alpha (2010 a 2024): os smartphones. Para Haidt, a simples presença dos smartphones em um local, com uso indiscriminado de redes sociais, é responsável pelo aumento de doenças psiquiátricas. Para dar suporte às suas conclusões, ele mostra dados da American College Health Association: desde 2008, o número de adolescentes com algum diagnóstico de doença mental aumentou de 20% para 45%.

Como pesquisadora e professora do mundo digital, olho para esses números com suspeição porque crianças em toda a história do mundo cresceram sob ameaças maiores que a presença de um smartphone. E nem precisamos viajar ao passado para procurar estas crianças: depois dos ataques de 7 de outubro de 2023, em Israel, entre as crianças e adolescentes que tiveram contato direto a prevalência de transtornos mentais aumentou de 17% para 30%. 

Me preocupa que, no Brasil e no mundo, estejamos criando leis com o intuito de proibir o acesso de smartphones baseados em um pânico moral que, aparentemente, não resiste ao mínimo escrutínio. De qualquer forma, o mundo digital teve um impacto sobre nossas vidas, isso é inegável, mas me permita submeter uma hipótese alternativa: de que é a nossa cultura, auxiliada pelos smartphones, que está mudando o comportamento dos adolescentes. 

Os smartphones, que por incrível que pareça existem desde 1994, só se tornaram populares a partir de 2007, com o surgimento do primeiro iPhone. Se eles existem há tanto tempo, por que só agora os adolescentes estão sentindo seu impacto? Haidt culpa as redes sociais e a internet móvel e rápida. Eu e outros pesquisadores, como o italiano Alberto Acerbi, temos uma opinião diferente: é a cultura, estúpido!

Com os smartphones, qualquer pessoa se tornou um jornalista ou, no jargão atual, “produtor de conteúdo”. Isso quer dizer que não interessa onde estamos ou o que fazemos, sempre haverá um olho de Sauron, malvado e vermelho, nos vigiando. Isso seria até ok se a vigilância fosse o único problema. A questão é que esse olho que tudo vê, também cancela, humilha e envergonha. 

Imagine um adolescente tentando conquistar sua primeira namorada: sempre há o risco de rejeição. Isso é normal, mas hoje, alguém que tente abordar outra pessoa, online ou na vida real, corre o risco de ser humilhado e cancelado na praça pública da internet. Um simples print screen pode fazer um menino de 18 anos ser motivo de chacota nos quatro cantos do mundo. 

O melhor conteúdo já produzido por essa sanha cancelatória que a internet trouxe à tona é a TED Talk da Monica Lewinsky. Sim, aquela mesma, “I did not have sex with that woman”. Nela, a mulher mais odiada do ano de 1997 fala sobre não só a sua, mas diversas experiências de pessoas que foram linchadas, metaforicamente, em praça pública digital. E a solução para isso? Uma nova cultura, uma cultura de tolerância e graça na internet, na qual coisas como o print anterior seriam ignorados por nós, um comportamento déclassé, vulgar. 

E a crise de saúde mental? Os adolescentes estão mesmo mais doentes? Segundo o Fórum Econômico Mundial, os adolescentes estão atrasando sua entrada no mundo adulto.

A minha hipótese é que, por medo da humilhação e do cancelamento, os adolescentes não têm tirado carteira de motorista, não saem em público e se mantêm infantilizados por mais tempo. Pois a perspectiva de sair no mundo, e esse mundo pode ser digital ou real, apresenta um risco social real, para o qual suas mentes não estão preparadas. Na verdade, ninguém está. 

O que mais me surpreende na sanha proibitória, tanto de Haidt quanto dos legisladores brasileiros e estrangeiros, que elegeram o smartphone como a fonte de todos os males, é que Haidt escreveu várias vezes sobre como uma cultura que tem como hobby a humilhação pública não pode ser saudável. Ele chama esse esquema, presente na teoria da terapia cognitivo-comportamental, de leitura de mentes, e temos a supor as piores intenções das outras pessoas. 

Para superar esse comportamento, essa cultura que temos hoje – que tenho que concordar, é altamente disfuncional –, o mesmo Haidt sugere uma postura mais generosa e que suponha boas intenções nas ações e palavras dos outros. Essa abordagem ajuda a reduzir conflitos desnecessários e promove interações mais saudáveis, especialmente em ambientes polarizados. Ao desafiar essas suposições automáticas, conseguimos transformar o olho de Sauron em olhos mais empáticos e tolerantes, além de construir uma comunicação mais racional. Na internet e na vida real, sem precisar proibir nada. 

(*) Lilian Carvalho é PhD em Marketing e coordenadora do Centro de Estudos em Marketing Digital da FGV/EAESP e fundadora da Método Lumière

Frete grátis ganha peso na decisão de compra e destaca valor da experiência do consumidor 

Segundo uma pesquisa da Opinion Box, em parceria com a Octadesk, o frete grátis é um dos principais fatores na decisão de compra, influenciando cerca de 67% dos consumidores. Pensando nisso, foi criado o Dia do Frete Grátis, celebrado em 28 de abril no Brasil. A iniciativa é vista como uma eficaz estratégia de atração e conversão, oferecendo aos consumidores essa vantagem clara: economizar no valor do envio.

“Para os lojistas, representa a oportunidade de aumentar a visibilidade dos seus produtos e conquistar novos clientes. No entanto, o sucesso na ação depende de planejamento estratégico e atenção aos detalhes logísticos e operacionais” aponta Juliana Vital, Global Chief Revenue Officer da Nubimetrics, plataforma que empodera Verkäufer e grandes marcas com dados inteligentes.

De acordo com a especialista, oferecer frete gratuito pode fazer diferença no momento da decisão de compra. Porém, é fundamental que os vendedores escolham cuidadosamente os produtos que participarão da campanha, analisem custos e margem de lucro, e definam preços de forma estratégica. E esse fator tem uma motivação:a experiência de compra se tornou um fator cada vez mais determinante para o consumidor, cujo de acordo com um estudo da Ecglobal, mais de 60% dos consumidores afirmam que é um ponto que influencia diretamente suas decisões.

“É essencial que lojistas aproveitem a data para analisar o comportamento do seu público e usem dados de mercado para tomar decisões mais assertivas. Com organização e foco na experiência do consumidor, a celebração pode se tornar um momento decisivo para o crescimento sustentável dos negócios no ambiente digital”, diz a profissional.

Para auxiliar a turbinar o faturamento, Juliana ainda explica que outros pontos não podem ser deixados de fora. “O prazo rápido de entrega é muito relevante para os consumidores, além da clareza das informações, reputação do vendedor e a confiabilidade no processo de envio. Estar atento a esses pontos pode garantir não apenas o sucesso no Dia do Frete Grátis, mas também a fidelização do cliente prolongada”, finaliza a CRO,

TikTok Shop: Marken und Händler müssen sich an neue Zeiten anpassen – und zwar schnell!

O Social Commerce é uma tendência crescente que está revolucionando a forma como produtos e serviços são vendidos online. Nova vertente de negócios originada na China e fortemente acelerada pela pandemia, ela tem agora em seu “olho do furacão” a revolução trazida pelo TikTok Shop, plataforma que tem demonstrado grande potencial em diversos países para impulsionar vendas por meio da integração profunda, nativa, entre conteúdo e compras online, e que finalmente chega ao Brasil neste mês de abril.

O TikTok Shop aproveita o comportamento imediatista da nova geração de consumidores digitais que buscam gratificação instantânea. Segundo pesquisas em diferentes mercados, como o americano, o britânico e o asiático, usuários do TikTok são altamente propensos a comprar diretamente dentro do aplicativo em função da combinação de entretenimento, interação social e facilidade de compra no mesmo local, em uma jornada absolutamente sem fricção e que permite realizar o desejo de consumo sem a necessidade de sair da plataforma.

Um dos grandes diferenciais desse novo modelo de negócios trazido pelo TikTok Shop está no formato de vídeo curto característico da plataforma e integrado com a loja virtual que, além de captar rapidamente a atenção, também impulsiona a compra por impulso. A plataforma permite aos criadores e marcas integrar diretamente links para produtos exibidos nos vídeos, transformando rapidamente interesse em conversão real.

Como compartilhei recentemente em entrevistas a alguns noticiários especializados de televisão, o TikTok Shop registrou aumento significativo em conversões de vendas quando comparado a outras formas tradicionais de comércio eletrônico, podendo chegar a 10x mais resultados. Isso ocorre especialmente pela conexão emocional que os usuários desenvolvem com influenciadores e conteúdos gerados organicamente, o que aumenta a confiança e credibilidade nos produtos promovidos – sem contar a rapidez para compra no app, alavancando o desejo de comprar por impulso.

Outro fator importante para o sucesso do TikTok Shop é a experiência do usuário, altamente otimizada para o mobile. Em um cenário em que cada segundo conta para prender a atenção do consumidor, a fluidez da navegação e a simplicidade do checkout integrado são cruciais para reduzir a taxa de abandono de carrinhos.

TikTok para além de uma plataforma de vídeos

O TikTok há muito transcendeu sua origem como plataforma de vídeos curtos e danças. Hoje, é um fenômeno que redefine a interseção entre entretenimento e comércio, impulsionado pela economia da atenção — um cenário em que o tempo gasto nas redes sociais se converte diretamente em oportunidades de negócios. Em mercados como Estados Unidos e Indonésia, o TikTok Shop movimentou US$ 33 bilhões em 2024, cifra que ilustra o poder dessa nova fronteira do social commerce. No Brasil, onde os usuários passam mais de 30 horas mensais no aplicativo, sua chegada promete sacudir o mercado de e-commerce, que Es kann fast 39 Milliarden R$ erzeugen no território nacional até 2028 (segundo estudo divulgado pelo banco Santander).

A ascensão do TikTok Shop está intrinsecamente ligada à mudança no comportamento do consumidor. Vivemos a era em que a atenção é o ativo mais valioso, e plataformas que conseguem capturá-la — como o TikTok, com seu algoritmo precisamente afinado — tornam-se vetores naturais de vendas.

O e-commerce representa 13% do varejo global, e o social commerce, impulsionado por influenciadores e conteúdo imersivo, é a próxima onda – que vem potencializada pela aplicação eficaz de inteligência artificial na hiperpersonalização. Assim, quando o usuário assiste a uma live de um criador testando um produto de beleza, a compra pode ser concluída em segundos, sem sair do aplicativo. Isso elimina atritos e potencializa vendas por impulso, que são o coração do varejo.

A plataforma opera em países como EUA, Reino Unido, China, México e Indonésia, onde funcionalidades integradas — como ícones de compra em vídeos, vitrines de produtos e transmissões ao vivo — simplificam a jornada do consumidor. Na Indonésia, por exemplo, 9 das 10 maiores lojas do TikTok Shop em 2024 foram de beleza e cuidados pessoais, segmento que também dominou as lives de maior faturamento nos EUA. A estratégia do TikTok inclui incentivos agressivos para atrair vendedores, como períodos de 90 dias sem comissões e frete grátis, táticas que poderão vir a ser replicadas no Brasil para acelerar a adoção.

TikTok-Shop

No cenário brasileiro, a chegada do TikTok Shop em abril de 2025 ocorre em um ambiente de competição ferrenha. Gigantes como Mercado Livre (que registrou GMV de US$ 51,5 bilhões em 2024), Amazon e Shopee dominam o mercado, mas a plataforma chinesa aposta em sua capacidade única de unir conteúdo e comércio.  O Brasil é um laboratório ideal para o social commerce: oito em cada 10 usuários do TikTok abrem o app diariamente, e 56% das compras online são realizadas no período noturno, horário de pico de consumo na plataforma. Além disso, o perfil predominante — 62% dos usuários têm entre 10 e 29 anos, e 57% são mulheres — alinha-se perfeitamente com categorias como beleza, moda e bem-estar, focos iniciais do TikTok Shop.

A integração entre algoritmo, conteúdo e checkout é o grande diferencial. Enquanto plataformas tradicionais dependem de buscas ativas por produtos, o TikTok Shop utiliza a descoberta orgânica: vídeos de influenciadores, trends virais e recomendações personalizadas guiam o usuário até a compra. O mecanismo de busca do TikTok já é poderoso, mas agora ele se conectará diretamente à vitrine de produtos. Imagine um usuário pesquisando “skincare para pele oleosa” e encontrar não apenas tutoriais, mas os produtos mencionados, reviews e opções de compra em um só lugar.

Para os vendedores, a novidade exigirá criatividade. Conteúdo autêntico e parcerias com criadores serão essenciais para construir confiança, especialmente em um mercado onde 48% dos consumidores desconfiam de anúncios tradicionais, segundo a Opinion Box. Além disso, a logística — ponto crítico no Brasil — poderá ser um desafio inicial. Enquanto no Reino Unido o TikTok gerencia entregas, aqui a plataforma deve depender de parcerias com operadoras locais, seguindo o modelo adotado no México.

A concorrência, porém, não dorme. A Amazon reduziu comissões para seus Verkäufer em 3% em fevereiro de 2025, e o Mercado Livre ampliou seu ecossistema com o Mercado Pago, que já gerencia US$ 6,6 bilhões em crédito. Já a Shopee e a Temu disputam preços baixos, enquanto marcas nacionais como a Magazine Luiza investem em lives, novas funcionalidades e integração com influenciadores. Nesse contexto, o TikTok Shop precisará mais do que viralidade: exigirá uma operação afinada, suporte a vendedores e compreensão profunda das particularidades regulatórias e fiscais brasileiras.

Ainda assim, o potencial é inegável. Projeções do Santander estimam que a plataforma poderá capturar até 9% das vendas online do país até 2028. Isso reflete uma transformação irreversível: o varejo do futuro não será dividido entre online e offline, mas entre experiências que engajam e as que não conseguem reter a atenção. O TikTok Shop está na vanguarda dessa mudança.

Portanto, para marcas e vendedores, a adaptação à velocidade dessa plataforma, onde tendências nascem e morrem em questão de horas, será crucial. Quem dominar a arte de vender sem interromper a experiência do usuário conquistará não apenas vendas, mas lealdade e o aumento de seu valor no mercado.

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