A recente crise de falsificação no setor de bebidas expôs a fragilidade dos mecanismos de autenticação disponíveis no país. Para os especialistas da Securetrace, grupo com mais de um século de experiência acumulada em identificação e segurança e responsável pelo desenvolvimento das cédulas do Real e do passaporte brasileiro, autenticar um produto é garantir sua integridade e proteger vidas.
Segundo Mário Nicoli Filho, CEO da empresa, “um produto para ser reconhecido como original deve conter uma ferramenta que permita ao consumidor checar sua autenticidade de forma imediata e indubitável”. A complexidade das falsificações cresceu, e a verificação visual deixou de ser suficiente. Hoje, falsificadores reutilizam frascos e rótulos originais descartados, preenchendo-os com conteúdo adulterado.
Com o avanço da inteligência artificial e da ótica de precisão, a autenticação tornou-se mais acessível. O que antes exigia perícia técnica agora pode ser feito em segundos, por meio de um smartphone. Isso permite que consumidores, comerciantes e fiscais confirmem a origem de um produto antes da compra ou consumo.
O impacto das falsificações vai além do setor de bebidas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 10% dos medicamentos vendidos no mundo sejam falsificados, resultando em mais de 100 mil mortes anuais. No Brasil, o Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP) calcula que o país perdeu R$ 468 bilhões em 2024 com o mercado ilegal, sendo R$ 85 bilhões apenas com bebidas alcoólicas. O problema também atinge cosméticos, suplementos e combustíveis, com consequências sanitárias, econômicas e sociais.
Para a Securetrace, a autenticação deve ser tratada como questão de segurança pública e responsabilidade compartilhada. “Confiar em um elemento de validação comprometido é tão perigoso quanto não ter proteção alguma”, afirma Nicoli Filho. Segundo ele, o uso de mecanismos frágeis cria uma falsa sensação de segurança e agrava o problema.
Dessa necessidade surgiu o ID Secure (powered by Cypheme), tecnologia da Securetrace que estabelece um novo padrão de autenticidade. O sistema utiliza uma etiqueta de impressão digital única, impossível de ser copiada, com 99,9% de eficácia anticópia. É a única solução antifalsificação do mundo reconhecida pela norma ISO 12931, que certifica sistemas de validação de autenticidade com alto grau de confiabilidade.
O ID Secure também funciona como um mecanismo de rastreabilidade e inteligência forense. A tecnologia combina inteligência artificial, geolocalização e análise de dados para detectar fraudes, registrar evidências e fornecer informações às autoridades. O sistema já registrou mais de 75 mil vidas salvas, 10 milhões de produtos falsificados eliminados e US$ 180 milhões em receitas recuperadas.
A Securetrace mantém um programa contínuo de aprimoramento e cooperação técnica com empresas globais de segurança e defesa. O objetivo é estabelecer padrões de confiança e rastreabilidade entre marcas, autoridades e consumidores.
A missão da empresa é prevenir falsificações, proteger a economia formal e garantir que o consumidor possa confiar no que consome.

