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Super CEO: até onde vai sua responsabilidade?

Se tem um executivo estratégico para alavancar o crescimento da empresa, certamente, esse é o CEO. A fama de sua responsabilidade nas operações corporativas é totalmente justificada, afinal, é ele quem toma decisões difíceis e define as estratégias e governanças que serão seguidas com base nas metas estipuladas. Uma cadeira de peso, mas que também costuma lhe conferir uma certa síndrome de super-herói ao agir isoladamente em seu trabalho – algo que pode ser bastante prejudicial para seus entregáveis.

Os grandes movimentos administrados por CEOs representam 45% do desempenho de uma empresa, segundo dados da McKinsey. Porém, ao mesmo tempo, é um trabalho extremamente exigente e estressante, no qual 68% deles não se consideram preparados para assumir a posição; além de apenas três em cada cinco mostram-se à altura das expectativas de desempenho nos primeiros 18 meses.

Não é fácil assumir a frente de tamanha responsabilidade em um negócio. Basta analisarmos quantos fatores externos influenciam – seja em menor ou maior grau – a prosperidade corporativa: reconfiguração do comércio global; geopolítica; avanços constantes da transformação digital, demandas sustentáveis, lideranças em tempos de incertezas e maior preocupação com a saúde mental das equipes, como exemplo.

Todas essas agendas visitam, constantemente, o trabalho dos CEOs, com uma margem de erro muito pequena e aceitável dentro das organizações. Até porque, todas as suas tomadas de decisões são pensadas a curto e longo prazo, estabelecendo uma governança e cultura robustas que estruturem um crescimento contínuo e próspero da empresa em seu segmento.

Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. Mas, quantas vezes é possível notar este executivo solicitando apoio de outro colega para uma determinada tarefa? Quem é sua rede de apoio? Com quem eles podem, de fato, contar para estarem ao seu lado?

Por mais preparado que este executivo seja, ninguém lida com tantas responsabilidades sozinho. Ele precisa ter um ecossistema de rede de apoio, analisar o cenário em que se encontra e se tem um time preparado para ajudá-lo nessas demandas, se está com as pessoas certas para trilhar este caminho junto com ele. Se não, deverá tomar atitudes difíceis a este respeito, seja trocando as equipes ou contratando novos talentos.

Para que consiga mitigar qualquer possibilidade de riscos em suas atribuições, um CEO não deve ter síndrome de super-herói e agir isoladamente, mas refletir, profundamente, sobre quais competências não dispõe e onde buscar por profissionais que somem seus conhecimentos e experiências para auxiliá-lo nessa jornada. São essas relações de confiança que nos oxigenam e incentivam, um ao outro, a crescer e prosperar continuamente.

Questione a alta liderança sobre essa necessidade e analise seu legado como CEO onde está inserido. Para onde deseja chegar? Quais atitudes precisará tomar para atingir essas metas? Contratar novos talentos, criar áreas diferentes, intensificar uma cultura específica para promover um melhor desempenho das equipes? E, quais habilidades técnicas e comportamentais precisa reforçar em profissionais ao seu lado para construir essa jornada com maior assertividade?

O ecossistema corporativo deve sobreviver para além deste único CPF, reforçando o ambiente empresarial em termos de cultura para sustentá-lo nos desafios futuros. Por mais que o CEO seja um exemplo em termos de comportamento para os outros, é preciso uma maior comunicação e união nos esforços que serão direcionados, para que o ganho coletivo seja cada vez melhor e surpreendente para impulsionar o negócio como uma referência em seu segmento.

Thiago Xavier
Thiago Xavier
Thiago Xavier é sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção.
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