InícioArtigosO futuro do marketing: inovação ou vício disfarçado?

O futuro do marketing: inovação ou vício disfarçado?

Falar de futuro do marketing sem falar de saúde mental é fazer futurologia com venda nos olhos. 

Há muitas projeções sobre o que será o futuro do marketing. Talvez já estejamos nele. Fala-se muito em tendências imediatas, inteligência artificial, automação, hiperpersonalização… Tudo para manter as empresas um passo à frente da concorrência. 

Claro, tudo isso importa. Mas há algo que importa mais — e que é constantemente ignorado: os efeitos do marketing digital sobre os consumidores. Ou melhor: os “usuários”, como se convencionou dizer nesta indústria. 

Há estudos, artigos e livros que alertam para os impactos desse sistema sobre a saúde mental e física. Jonathan Haidt, por exemplo, mostra como as redes sociais têm alimentado uma epidemia silenciosa de ansiedade, comparação e vício. 

Enquanto empresas disputam entre si por atenção, pouca gente se pergunta: Por que clicamos no que clicamos? Por que sentimos prazer e culpa ao mesmo tempo? Por que compramos sem pensar — ​​e depois nos arrependemos? 

É sobre isso que deveríamos estar falando quando falamos em “futuro do marketing”. Será um futuro de oportunidades, conexões e consciência? 

Ou será um sistema automatizado onde robôs direcionam humanos robotizados a comprar o que não precisam, enquanto chamamos isso de “engajamento”? 

Vale a reflexão: o que estamos fazendo com o nosso marketing?

Matheus Felipe
Matheus Felipe
Matheus Felipe é Formado em Marketing, pós-graduado em Gestão de Mídias Sociais, professor tutor do curso superior de tecnologia em Mídias Sociais Digitais da UNINTER.
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