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Cibersegurança como pilar da sustentabilidade na gestão de equipes

Sustentabilidade corporativa sem segurança é apenas retórica e, no mercado de WFM (Workforce Management), a confiança se conquista com evidências. Em empresas que operam com milhares de colaboradores e informações sensíveis, proteger dados e garantir a integridade de processos é tão essencial quanto escalar equipes ou atender às determinações da legislação trabalhista.  

Segundo a Cost of Data Breach Report 2025, pesquisa global da IBM em parceria com o Ponemon Institute, o custo médio de uma violação de dados chegou a US$ 4,44 milhões, envolvendo perdas financeiras, impacto reputacional e paralisações críticas. Mesmo que exista uma retração de 9% em relação a 2024, impulsionado pela identificação ágil e contenção de possíveis desdobramentos, ainda assim é um número alarmante. Em plataformas de WFM, onde circulam escalas e dados sensíveis, como estado de saúde, biometria e dados de identificação pessoal de milhares de profissionais, contar com uma solução certificada garante as melhores práticas de Segurança da Informação, assegurando a privacidade e a proteção desses dados, elementos essenciais para manter a produtividade e a continuidade dos serviços em setores estratégicos como saúde, varejo e indústria. 

Como se sabe, nos últimos anos, a proteção de dados ganhou um papel central no Brasil, principalmente depois da entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A legislação trouxe regras claras e exigentes sobre como as empresas devem coletar, armazenar e utilizar informações pessoais. Agora, é obrigatório deixar explícito qual base legal sustenta o tratamento desses dados, além da adoção de medidas de segurança realmente eficazes. Quem ignora essas exigências arrisca não apenas multas pesadas, que podem chegar a 2% do faturamento e ser limitadas a 50 milhões de reais por infração, mas também danos sérios à reputação e dificuldades na hora de firmar contratos com clientes públicos ou privados. 

Ao mesmo tempo, normas como a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e as diretrizes do Ministério do Trabalho reforçam a importância de manter registros confiáveis e auditáveis de jornadas e escalas. Com isso, a responsabilidade das empresas que utilizam soluções de WFM aumentam ainda mais.  

Dentro desse cenário, a cibersegurança deixou de ser um diferencial e passou a ocupar um papel estratégico dentro dos negócios. Qualquer organização que lida com dados sensíveis precisa garantir que essas informações permaneçam íntegras, confidenciais e em conformidade com a legislação vigente. 

Uma das medidas mais importantes para alcançar esse objetivo é manter os sistemas atualizados. As soluções de WFM lidam com dados protegidos não apenas pela LGPD, mas também por legislações internacionais, como o GDPR. Por isso, exigem atualizações constantes, práticas de desenvolvimento seguro e monitoramento permanente, de modo a reduzir vulnerabilidades e minimizar riscos de ataques cibernéticos. 

Além disso, seguir padrões reconhecidos globalmente se tornou um pré-requisito. Certificações como a ISO/IEC 27001, voltada à gestão de segurança da informação, a ISO/IEC 27018, que trata da proteção de dados na nuvem, e a ISO/IEC 27701, relacionada à privacidade de dados, ajudam a criar uma estrutura sólida de proteção. Quando alinhadas às exigências da legislação brasileira, por exemplo, fortalecem a imagem da empresa diante de investidores, parceiros e órgãos reguladores. 

O mercado também tem se mostrado mais rigoroso. Grandes clientes, especialmente em setores altamente regulados, como o financeiro, não buscam apenas eficiência operacional, sendo necessário garantias claras de que seus fornecedores tratam a segurança da informação com a mesma seriedade com que conduzem seus próprios negócios. 

Para as empresas, esse comprometimento representa tranquilidade, pois além de ter a certeza de que os dados sensíveis dos colaboradores estão protegidos, sabe que o fornecedor tem o devido rigor técnico, transparência e políticas alinhadas aos reguladores mais exigentes, não representando risco para o restante da infraestrutura.  

Com isso, é inegável que o futuro do WFM está nas mãos das organizações que conseguirem integrar inovação, governança e segurança da informação em um único ecossistema, pois temos ciência que otimizar escalas e reduzir custos já não é mais suficiente. Cada decisão precisa estar ancorada em práticas sólidas de proteção de dados, clareza nos processos e capacidade real de resistir a ameaças digitais. 

No fim das contas, a cibersegurança não é um gasto, mas sim um investimento estratégico, pois ela protege ativos intangíveis valiosos, como reputação e confiança, e ajuda as empresas a crescerem de forma sustentável, acompanhando mudanças regulatórias e se mantendo competitivas em um mercado cada vez mais exigente. 

É importante lembrar que confiança não se constrói com discursos. Ela nasce no dia a dia, na forma como os dados são armazenados, tratados e compartilhados. E é nesse cuidado constante que se estabelece a base para um crescimento sólido e duradouro. 

*José Pedro Fernandes é vice-presidente global da SISQUAL® WFM. 

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