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A inclusão digital é o novo motor do empoderamento financeiro?

Com a ampliação do acesso à internet e do uso de plataformas digitais, milhões de brasileiros têm encontrado oportunidades de capacitação, empreendedorismo e inserção no mercado digital. Segundo a pesquisa TIC Domicílios 2024, 84% da população está conectada e 74% utilizam a rede para atividades profissionais ou educativas, o que evidencia como a conectividade vem se consolidando como uma ponte para o desenvolvimento econômico e social.

Esse avanço, no entanto, não se limita à geração de renda. Ele representa uma chance concreta de enfrentar desigualdades históricas, ampliando o acesso a recursos que antes estavam restritos a uma parcela dos cidadãos. Para que tal potencial se realize de forma plena, é preciso investir em infraestrutura digital, formação profissional e em tecnologias que envolvem a participação ativa de todos na economia conectada.

Como a inclusão digital cria oportunidades de renda?

A internet abriu portas que antes pareciam inacessíveis. Trabalhar de qualquer lugar, fazer ganhos extras como freelancer ou até transformar um hobby em negócio próprio virou realidade para muita gente. Quem precisa de flexibilidade ou enfrenta dificuldades no mercado tradicional encontra no digital um espaço mais democrático. Empreender online também ficou mais simples e barato, visto que basta um celular e uma boa ideia para começar. Redes sociais como YouTube, TikTok e Instagram se tornaram plataformas de monetização, enquanto o comércio eletrônico continua crescendo e criando novos horizontes.

Mas não basta ter acesso à internet, é preciso saber usá-la a seu favor. Plataformas de ensino digital oferecem cursos práticos que ajudam a desenvolver habilidades valorizadas no mercado, tornando mais fácil mudar de carreira ou buscar uma fonte extra de receita. Ademais, estratégias como marketing de afiliados e programas de indicação permitem que qualquer pessoa ganhe dinheiro conectando consumidores a produtos e serviços. Com mais conhecimento e ferramentas ao alcance, o caminho para a independência financeira fica cada vez mais acessível.

E as edtechs têm um papel essencial nessa transformação. Além de disponibilizar capacitação, muitas criam parcerias com empresas para aproximar profissionais de perspectivas reais. Projetos voltados para comunidades carentes garantem acesso a dispositivos e conectividade, permitindo que mais pessoas participem da economia digital. No fim das contas, inclusão digital não é só sobre tecnologia — é sobre dar chances iguais para que todos possam crescer, empreender e conquistar uma vida melhor.

Desafios e caminhos

Ainda há barreiras no caminho. Sem infraestrutura adequada, milhões de pessoas seguem sem acesso à internet de qualidade, o que limita trabalho, aprendizado e crescimento. Dados da pesquisa TIC Domicílios 2024 revelam que 29 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à internet, o que reforça os desafios da inclusão digital no país. E mesmo entre os que usam a rede regularmente, apenas 22% contam com uma “conectividade significativa”, que considera fatores como frequência de uso, qualidade da conexão, acesso a dispositivos adequados e habilidades digitais.

Ou seja, a falta de capacitação também impede que muitos aproveitem o que a tecnologia tem a oferecer. Ao mesmo tempo, o aumento das transações virtuais traz novos riscos, como os golpes financeiros, tornando a segurança digital uma prioridade. Sem políticas públicas eficazes, as desigualdades digitais tendem a se aprofundar.

Por outro lado, os avanços tecnológicos continuam pavimentando estradas para percorrermos. A inteligência artificial já possibilita que pessoas e empresas se concentrem em tarefas mais estratégicas, enquanto negócios digitais se estruturam com base em dados e automação. A educação online rompe barreiras geográficas e amplia o acesso ao conhecimento, e novas formas de monetização, como a economia criativa e os NFTs, estão abrindo caminhos para a geração de renda.

O comércio eletrônico é mais um que se consolida, democratizando o empreendedorismo digital. Modelos como dropshipping e marketing de afiliados facilitam a entrada de empreendedores no mercado. O trabalho freelancer cresce, conectando profissionais a oportunidades em qualquer lugar do mundo.

Quando conectividade, capacitação e segurança caminham juntas, o digital deixa de ser um privilégio e se torna um vetor de transformação. O futuro da economia passa pela participação ativa de todos nesse ambiente, e o verdadeiro empoderamento financeiro nasce quando a tecnologia é colocada a serviço da equidade.

*Em 2017, com apenas 24 anos, Laila Martins fundou a edtech Saber em Rede, exercendo o cargo de CEO desde então. E, em apenas cinco anos, levou a empresa do zero ao valuation de 50 milhões de reais. Movida pela inovação no alcance de novos alunos e valorização da comunidade acadêmica, Laila fundou a startup com o propósito de disseminar a educação e possibilitar que pessoas empreendessem neste processo. Ativa no ecossistema de inovação e empreendedorismo, a executiva atua desde 2020 como mentora nos programas de aceleração da Associação Brasileira de Startups, SEBRAE e Inovativa. Em 2023, Laila ainda se juntou a outros empreendedores para fundar uma Venture Builder, a X5 Ventures, para fomentar o ecossistema de inovação e investimento no país. 

Chega Mais: PagBank lança Campanha para mostrar que, com suas soluções, os negócios podem vender mais

PagBank, banco digital de serviços financeiros e meios de pagamentos, estreou ontem, terça-feira (15), no intervalo do Jornal Nacional, na Rede Globo, a campanha publicitária “Chega Mais” para mostrar que suas soluções e serviços oferecem facilidades para o dia a dia do pequeno e microempreendedor.  

Como destaque no filme, o PagBank apresenta a solução ‘Tap On’, que transforma o celular do empreendedor em uma maquininha de cartão, possibilitando aceitar pagamentos por aproximação, em qualquer momento ou lugar, por meio de cartões de crédito com as principais bandeiras de cartão, carteiras digitais e relógios inteligentes. Além disso, os vendedores conseguem receber o dinheiro das vendas na hora, com taxa zero e por meio de uma experiência de vendas prática e segura. Para tê-lo, o empreendedor só precisa baixar o app PagBank, de forma grátis, selecionar a opção Tap On e começar a vender.   

“Ao som da icônica música Chega Mais, de Rita Lee e Roberto de Carvalho, convidamos os empreendedores brasileiros a ‘chegarem mais no PagBank’. Afinal, oferecemos as melhores soluções com uma oferta exclusiva de lançamento que inclui taxa zero e o dinheiro das vendas disponível na hora”, comenta Raphael Farias, diretor de marketing do PagBank. A produção destaca a versatilidade do PagBank, mostrando que suas soluções são acessíveis a todos os tipos de negócios. 

A atriz e garota propaganda do PagBank, Luisa Arraes, protagoniza a peça publicitária e apresenta também a tagline “Seu negócio vende mais”, de forma a consolidar o posicionamento do PagBank como o parceiro do empreendedor brasileiro. 

A campanha será veiculada no UOL, outras mídias online, TV aberta, mídia impressa, rádio e OOH. Para assistir ao filme, clique aqui

Um dos maiores bancos digitais do país em número de clientes, o PagBank oferece ferramentas para vendas presenciais e online, conta digital completa para pessoa física e pessoa jurídica, além de funcionalidades que contribuem para gestão financeira, como Folha de Pagamentos. No PagBank, o cartão de crédito tem limite garantido e os investimentos se tornam limite para o próprio cartão, potencializando os ganhos dos clientes, além de gerar cashback na fatura. No PagBank, quem possui saldo ativo e inativo no FGTS pode solicitar antecipação, além de ser possível a contratação do Consignado INSS para aposentados e pensionistas diretamente pelo app do PagBank.

Orange Hub, coworking em parceria com FCamara, soma 400 participantes e expande para Portugal

O Orange Hub, iniciativa do programa de formação de profissionais da comunidade de tecnologia Orange Juice, consolida sua atuação no Brasil com números expressivos. Desde sua criação, em 2022, mais de 400 pessoas da área tech já participaram das atividades nos escritórios da FCamara — multinacional brasileira de tecnologia e inovação — e da SGA, empresa focada em cloud e cibersegurança do Grupo FCamara. Os participantes tiveram a oportunidade de vivenciar o ambiente de desenvolvimento de soluções tecnológicas e contar com a mentoria dos especialistas da empresa. Até o momento, 11 desses participantes foram contratados pela FCamara.

O projeto foi criado com o objetivo de reunir, em um único espaço, tanto colaboradores de empresas parceiras quanto profissionais interessados em acompanhar de perto todo o desenvolvimento de projetos — desde o mapeamento inicial até a implementação das soluções para grandes organizações. Além disso, os membros da comunidade Orange Juice podem participar de outras iniciativas, como interações no Discord, mentorias e transmissões ao vivo, ampliando suas oportunidades de aprendizado e networking. As inscrições podem ser feitas a qualquer momento ao longo do ano pelo link https://tech.orangejuice.com.br/orangehub

“A FCamara tem como missão contribuir ativamente para o desenvolvimento da comunidade tech. Acreditamos que, ao compartilhar nossas experiências e aprendizados com profissionais externos, abrimos portas para um verdadeiro intercâmbio de conhecimento”, afirma Joel Backschat, Technical Fellow da FCamara. “Essa troca é essencial para fortalecer o ecossistema de tecnologia como um todo, além de trazer novas perspectivas para os nossos próprios projetos. Estamos sempre de portas abertas para quem quiser aprender conosco e, ao mesmo tempo, apresentar suas ideias e experiências.”

Caso de sucesso

Leonardo Souza, desenvolvedor full stack na FCamara desde novembro de 2024, ingressou na empresa por conta das portas que se abriram durante sua participação no hub. “Conheci a FCamara em um evento da Orange Juice, em 2023, enquanto era nutricionista e estudante de Sistemas para Internet na FATEC. Aproveitei a oportunidade de frequentar o coworking às quintas-feiras para estudar e fazer networking, frequentando o espaço por um 1,5 ano. Neste período, desenvolvi projetos, inclusive voluntários, que chamaram a atenção da companhia. Após meses de dedicação, fui contratado”, conta o colaborador. 

O coworking é disponibilizado nos escritórios da FCamara, em São Paulo e Santos (SP), e da SGA, em Belo Horizonte (MG).

Expansão internacional 

Agora, a iniciativa vai se expandir internacionalmente. O hub será implementado no escritório da FCamara em Portugal com o apoio de Paulo Felix, diretor de Clientes de Serviços da empresa no país europeu. 

“A ideia é proporcionar aos talentos de Portugal e de outros países da Europa a chance de acompanharem nosso jeito de trabalhar, bem como atrair talentos que complementam nossos times, agregando ideias e soluções cada vez mais diferenciadas para o mercado”, explica Felix.

Seja no Brasil ou em Portugal, o Orange Hub segue o propósito de intercâmbio de conhecimento e experiências. Ao passo que o projeto oferece a possibilidades para integrantes da comunidade de tecnologia se aproximarem da visão prática de todas as fases do desenvolvimento de um projeto, a FCamara se abre para conhecer o que os talentos do mercado têm a agregar e abrir caminhos para a chegada de novos colaboradores à empresa ou ao mercado.

Orange Juice: guarda-chuva da iniciativa

Criada em 2017, a Orange Juice capacita profissionais de tecnologia e já conta com mais de 9 mil membros. A comunidade oferece uma plataforma com trilhas de estudos gratuitas, além de uma área dedicada à criação de Planos de Desenvolvimento Individual (PDI), que já possui mais de 18 mil cadastros. Após formar mais de 600 profissionais por meio do Programa de Formação em parceria com a FCamara, a iniciativa se consolidou como um catalisador no desenvolvimento de talentos para o mercado de tecnologia.

Cerca de 20 formados foram contratados pela FCamara por meio do Orange Juice na última edição do Programa de Formação em 2024, e outras dezenas de participantes que passaram pelo programa puderam participar de projetos internacionais da companhia.

O programa se destaca por promover não apenas o aprendizado técnico, mas também o desenvolvimento de habilidades comportamentais, preparando os profissionais para atender às demandas do mercado. Em uma pesquisa realizada na comunidade, 40% dos membros afirmaram estar em processo de migração de carreira, evidenciando o impacto do Orange Juice na transformação profissional de seus participantes.

A tecnologia tem um potencial mais revolucionário quando aplicada em conjunto com a inteligência humana

Falar sobre inovação empresarial hoje em dia é, inevitavelmente, falar de tecnologia — especialmente sobre inteligência artificial. Ainda sim, a transformação não nasce da máquina. Até porque, ainda que os sistemas avancem em velocidade exponencial, é o ser humano que continua decidindo os rumos do negócio e operando as ferramentas. Por isso, quando discutimos mudanças digitais, também estamos falando de estratégia, cultura e pessoas.

A IA, por exemplo, já vem otimizando operações em diferentes frentes. De um lado, ela permite automatizar tarefas repetitivas e reduzir erros. Do outro, ajuda a personalizar o atendimento ao cliente em escala, por meio de assistentes virtuais e análises preditivas que orientam campanhas mais certeiras. Segundo a Gartner, até 2026, mais de 70% das empresas do mundo todo irão utilizar o recurso para melhorar a experiência do consumidor e a eficiência interna. E quem souber fazer isso de forma alinhada com a inteligência humana, sai na frente.

O impacto é ainda mais claro quando olhamos para a questão da produtividade. Um estudo da McKinsey mostra que a adoção de IA e automação pode elevar em até 40% o desempenho das equipes. Ou seja, as máquinas assumem parte do esforço operacional e os profissionais passam a ter mais tempo para decisões estratégicas e atividades de maior valor. Contudo, isso só acontece quando há uma integração bem pensada entre as soluções e os processos do negócio.

Nesse ponto, podemos citar a gamificação, que, apesar de muitas vezes subestimada, vem ganhando espaço como uma ferramenta poderosa no que diz respeito a combinar tecnologia e o fator humano. Aplicar elementos típicos de jogos em ambientes corporativos pode parecer uma estratégia pouco eficaz e até mesmo inapropriada, mas os resultados são expressivos. Relatórios apontam que a gamificação aumenta o engajamento de colaboradores em até 60%. Mais do que um recurso divertido, é um mecanismo de motivação contínua, que transforma metas em desafios, reconhece conquistas e estimula a superação.

O efeito também é significativo para o cliente. Programas de fidelidade baseado em missões e recompensas vem sendo destaque como uma alternativa para ampliar o envolvimento do público com os negócios. Segundo a Deloitte, empresas que adotam a gamificação registram aumento médio de 47% no engajamento de clientes. É uma forma de gerar valor sem depender de grandes investimentos, apenas usando bem as tecnologias disponíveis.

Porém, não se trata de escolher entre um recurso ou outro. O maior ganho vem da combinação entre eles. Ao unir IA com gamificação é possível gerar experiências totalmente personalizadas, com desafios ajustados ao perfil de cada usuário, seja ele um consumidor ou um colaborador.

O ponto central é: nenhuma ferramenta entrega resultado sozinha. Independente de qual seja, a ferramenta precisa estar a serviço de uma estratégia muito bem definida e é preciso entender também como aplicar o fator humano em conjunto. Mais do que escolher qual tecnologia adotar, é preciso saber para quê, quando e como usá-las. E, principalmente, preparar as pessoas para operá-las com autonomia e senso crítico. A máquina pode representar rapidez e eficiência, mas é o ser humano que fará a diferença. No final das contas, inovar é saber combinar recursos, processos e talentos. E tudo na mesma medida. 

A revolução do marketing de influência está na escala – e a Unilever acaba de provar isso

Quando uma mensagem vem diretamente de uma marca, ela já nasce sob suspeita — e não sou eu que afirmo isso. As palavras que simbolizam uma mudança de mentalidade na lógica publicitária foram ditas por Fernando Fernandez em sua primeira entrevista como CEO da Unilever. Na conversa com a jornalista do The Times, o executivo fez o anúncio de uma nova estratégia que tem sido objeto de debate entre marcas, agências e profissionais do mercado: sob o comando de Fernandez, a multinacional de bens de consumo vai reduzir o investimento na publicidade criada pela marca e aumentar em 20 vezes o orçamento destinado a influenciadores.

O assunto gerou repercussão imediata no mercado global porque não só representa uma transformação gigantesca na forma de dar visibilidade para uma marca, mas trata-se de uma resposta à mudança de comportamento do consumidor. Se eles estão céticos em relação à publicidade tradicional, do que adianta continuar investindo rios de dinheiro em campanhas que o público já aprendeu a ignorar?

Eu entendo que, se as pessoas não confiam mais tanto nas marcas para tomar suas decisões de compra, é evidente a necessidade de estabelecer esse vínculo de outra forma. Não à toa, o CEO da Unilever batizou a nova estratégia de “social-first”, priorizando canais sociais e vozes humanas como principal interface com o público.

Isso não quer dizer, é claro, que marcas do porte da Unilever só estão descobrindo agora o poder do marketing de influência. Seria completamente ingênuo e equivocado analisar a notícia por esse prisma. A questão, na verdade, diz respeito à escala. Em vez de concentrar verba em poucos veículos de grande notoriedade ou em uma dúzia de porta-vozes famosos, existe um movimento de querer estar presente em diferentes espaços, dialogando com consumidores variados.

Na minha avaliação, tal mudança tem a ver com a conscientização de que aquela mega celebridade de cachê exorbitante não é realmente uma “voz universal”. Ou seja, ela não constrói conexões genuínas com nichos diversos, nem representa o consumidor médio. Já um influenciador consegue dialogar com públicos específicos porque cultiva uma relação próxima com os seus seguidores, conhece a sua audiência e fala com legitimidade, contexto e empatia. É exatamente esse tipo de conexão que a Unilever está buscando ao afirmar que quer ter pelo menos um influenciador em cada município — e até 100 em alguns. Trata-se de ativar vozes locais, micro líderes de comunidades, que falam a língua de cada público regional. Uma estratégia impossível de ser executada com estrelas globais, mas totalmente viável e escalável com creators. E essa é uma verdade ainda maior no que diz respeito aos micro e nano criadores.

Quem me conhece sabe que eu sempre insisto nesse ponto: a estratégia das marcas precisa valorizar esse perfil. E isso pelo simples fato de que micro e nano creators comprovadamente formam comunidades muito mais engajadas e com uma relação de confiança estreita. Sim, a tal da confiança que o CEO da Unilever quer resgatar.

Uma prova disso está nos resultados de uma pesquisa recente da BrandLovers: uma campanha de R$1 milhão distribuída em micro creators obteve um custo médio por visualização de R$0,11 (9,1 milhões de views), enquanto a mesma verba com macro creators resultou em R$0,31 por view (3,2 milhões de views). Ou seja, o alcance por real investido foi 65% maior usando micros.

Ignorar esses dados que mostram a maximização do alcance de uma campanha sem o aumento de orçamento só pode ser explicado por um apego ao modelo antigo — apego este que se revela também em certa resistência em usar a tecnologia.

Sei que existem diversos cases de sucesso de marcas que incorporaram inteligência artificial e inteligência de dados na sua estratégia de marketing. Contudo, ouso dizer que a grande maioria ainda padece de amadorismo operacional travestido de tradição, o que é um problema considerando que o marketing de influência bem feito é aquele que vai além da multiplicação de influenciadores. Ele busca, antes de tudo, multiplicar inteligência. Os antigos métodos de seleção manual e de apostar em celebridades isoladas já mostram claros sinais de esgotamento, com ineficiências enormes, de modo que o futuro pertence a quem combinar dados, tecnologia e criatividade humana para transformar creators em uma mídia altamente eficaz.

A Unilever está sinalizando ao mercado que o jogo mudou. Porém, a grande questão que fica é: quantas marcas vão saber fazer esse movimento de forma estratégica? A ampliação de investimentos em creators só faz sentido se vier acompanhada de eficiência operacional, previsibilidade e mensuração em tempo real. Sem isso, estamos apenas inflando um mercado com dinheiro mal distribuído.

Escalar o marketing de influência sem tecnologia é como tentar comprar mídia programática por telefone: impossível de sustentar. Só com plataformas que automatizam seleção, ativação e mensuração — como já fazemos há anos na publicidade digital — é que conseguimos transformar influência em um canal escalável, eficiente e com ROI mensurável.

Precisamos compreender de uma vez por todas que o grande diferencial não está em quem gasta mais com a sua estratégia de marketing. Em vez disso, o resultado de destaque vem da capacidade de uma marca usar tecnologia para garantir que cada real investido em influência seja traduzido em impacto verdadeiro. Isso exige um novo mindset: um que priorize dados, autenticidade e estratégias inteligentes.

Varejista, a escolha da seguradora pode definir o sucesso do seu marketplace

Escolher uma seguradora para ser parceira do seu negócio não é apenas uma questão de custo ou conveniência. No varejo, onde a experiência do cliente define o sucesso da marca, essa decisão pode impactar diretamente a sua confiança e a satisfação. Então, o que deve ser levado em conta antes de fechar essa parceria?

Antes de tudo, analise a reputação da seguradora. Olhar para indicadores como índice de reclamações, tempo médio de resposta e a sua resolutividade pode evitar dores de cabeça no futuro. Além disso, consultar empresas que já trabalham o parceiro ajuda a entender sua operação na prática.

Tecnologia: simplificação ou complicação?

Se a seguradora não oferece uma experiência digital fluida – com plataformas intuitivas, processos automatizados e integração simples com os seus sistemas – você pode ganhar um problema, e não um diferencial. Antes de assinar qualquer contrato, experimente os serviço como se fosse um cliente. O processo de adesão é fácil? O suporte é ágil? Se a resposta for não, talvez seja hora de procurar outra opção.

Além da usabilidade, avalie se a seguradora acompanha tendências tecnológicas, como Inteligência Artificial para otimizar atendimentos, análise preditiva para identificar riscos e automação de processos. Quem investe em inovação tende a oferecer soluções mais eficientes e adaptáveis às necessidades do mercado varejista.

Negociação: mais do que preços, valor

Preço é importante, mas não deve ser o único critério. Uma boa parceria precisa oferecer condições comerciais vantajosas que equilibrem margem de lucro e valor agregado para o cliente. Isso inclui desde o comissionamento até cláusulas contratuais que garantam estabilidade e segurança para o seu negócio. Lembre-se: uma negociação que parece muito favorável no início pode esconder armadilhas a longo prazo.

Avalie também os benefícios adicionais que a seguradora pode oferecer. Algumas empresas disponibilizam programas de treinamento para a equipe de vendas, suporte especializado e campanhas de marketing conjuntas para impulsionar a oferta dos seguros. Esses fatores farão toda a diferença na hora de decidir entre um player ou outro.

Atendimento: quem responde quando algo dá errado?
Imagine que um cliente tem um problema com o seguro contratado na sua loja e não consegue suporte rápido. O impacto negativo recai sobre a sua marca. Por isso, avalie a qualidade do atendimento. Ela tem suporte multicanal? Resolve os problemas de forma ágil? Uma seguradora que não prioriza o atendimento ao cliente pode se tornar um grande risco para a sua reputação.

Além da rapidez e eficiência no atendimento ao consumidor final, é importante oferecer um canal exclusivo para o parceiro varejista. Ter acesso direto pode otimizar a resolução de problemas e melhorar a experiência de todos os envolvidos.

Solidez financeira: garantia de estabilidade
Por fim, mas não menos importante, a saúde financeira da seguradora precisa ser analisada. Empresas com histórico de instabilidade podem ter dificuldades para honrar compromissos, o que gera insegurança. Pesquise indicadores financeiros, histórico de pagamentos e avaliações do setor.

Outro aspecto é a sua capacidade de operar em diferentes mercados. Empresas com atuação consolidada possuem maior capacidade de resposta em situações de crise e oferecem um portfólio mais robusto de soluções.

A escolha certa fortalece sua marca
Fechar parceria com uma seguradora vai além de um contrato. Por isso, antes de tomar qualquer decisão, faça as perguntas certas e não tenha pressa. Escolher uma empresa que agregue valor à sua marca é essencial para construir uma relação de longo prazo vantajosa para todos os envolvidos. Afinal, no Varejo, confiança é um dos ativos mais valiosos.

Cinco estratégias para potencializar as vendas no Dia das Mães

Com a proximidade do Dia das Mães, varejistas de todo o Brasil se mobilizam para aproveitar ao máximo a ocasião e impulsionar o faturamento. Tradicional data de alto volume de vendas, ela ainda registra crescimento a cada ano. De acordo com dados do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), as vendas durante o Dia das Mães em 2024 tiveram um crescimento de 6,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O levantamento, que ainda apontou um aumento de 7,3% nas vendas físicas e de 2,3% no e-commerce.

Para ajudar empreendedores a se prepararem com eficiência, Zahra Jivá, Diretora Global de Estratégias para Vendas da Pipedrive, elenca cinco dicas essenciais para vender mais no Dia das Mães. Confira:

1. Planeje sua estratégia de marketing

O primeiro passo para o sucesso é um planejamento sólido. Defina prioridades, identifique seu público-alvo, estabeleça metas e estruture ações de divulgação. O uso de ferramentas como o CRM pode otimizar campanhas de marketing, garantindo a captação e fidelização de clientes.

2. Use a Inteligência Artificial a seu favor

Entre as empresas que adotaram a IA, 79% relatam o aumento da produtividade como sua principal motivação, segundo o relatório State of AI in BusinessAs aplicações de IA mais comuns entre as empresas incluem criação de texto e conteúdo (75%), resumo de conteúdo (52%), transcrições (29%), pesquisa (24%) e geração de relatórios de vendas (17%).

A IA também aprimora a qualificação de leads e pode atuar na eficiência e na personalização das demonstrações de produtos.

3. Organize as informações de clientes

Com diferentes perfis de consumidores, é essencial utilizar ferramentas de organização para armazenar e gerenciar dados detalhados de cada cliente. Isso permite uma abordagem mais personalizada, aumentando as chances de conversão.

4. Invista no relacionamento a longo prazo

Além de atrair novos clientes, é fundamental manter um vínculo sólido com os atuais. Construir relações de confiança contribui para a fidelização e gera oportunidades contínuas de vendas ao longo do ano. Faça promoções, compartilhe cupons de desconto, para atrair a atenção também de quem já conhece seu produto.

5. Use os dados a seu favor

A coleta e a análise de dados qualitativos dos clientes são importantes para entender suas motivações e necessidades. Esses insights podem ser fundamentais para fechar vendas e garantir o sucesso no Dia das Mães. Os CRMs alimentados por IA proporcionarão cada vez mais experiências hiperpersonalizadas, analisando vastos conjuntos de dados e adaptando cada interação às preferências e aos comportamentos individuais do cliente.

Como a automação e a inteligência artificial beneficiam clientes de bancos e fintechs?

A expansão dos sistemas de automação de dados, big data e modelos de inteligência artificial especializados nos coloca, novamente, em um momento de grandes transformações tecnológicas. Vemos um crescimento exponencial do mercado de IAs — um estudo da Grand View Research aponta uma taxa anual de crescimento de 37,3% até 2030. Do varejo à saúde, essas aplicações vêm se ampliando a cada ano, auxiliando empresas e clientes a melhorarem seus processos e algumas tomadas de decisão.

No mercado financeiro não é diferente. “Investindo em tecnologias de automação e IA, percebem-se não apenas benefícios internos, como operações simplificadas e mais ágeis, mas melhorias significativas para a experiência dos clientes, entregando um ganho de valor real”, afirma Willian Conzatti, sócio-fundador da Concrédito, fintech especializada em crédito consignado e soluções financeiras acessíveis. “Essa transformação tecnológica impulsiona o crescimento da empresa e, ouso dizer, de todo o mercado, já que melhora a competitividade e a oferta de serviços”, continua.

A seguir, o especialista enumera os principais benefícios da tecnologia, baseados em suas experiências à frente da fintech. Confira:

1. Atendimento mais rápido e eficiente

Com a automação de processos, os clientes desfrutam de um atendimento mais ágil. A IA permite a realização de operações, como a contratação de serviços, em tempo recorde, sem a necessidade de intervenção humana. Isso significa menos burocracia e mais praticidade para os usuários, que podem resolver suas demandas de forma rápida e segura.

2. Soluções personalizadas

A inteligência artificial é capaz de analisar grandes volumes de dados em tempo real, permitindo que as fintechs entendam as necessidades específicas de cada cliente. Com isso, as empresas oferecem soluções personalizadas, adaptadas ao perfil e às expectativas de quem busca seus serviços. Essa personalização garante uma experiência única e de alta qualidade — o que garante acesso a soluções que atendem não apenas às necessidades atuais, mas também a possíveis demandas futuras.

3. Redução de custos e condições mais competitivas

A automação reduz custos operacionais, um benefício que pode ser repassado diretamente aos clientes. Com processos mais eficientes, a empresa consegue oferecer condições mais vantajosas do que as concorrentes, como taxas reduzidas e prazos flexíveis, tornando seus produtos e serviços mais acessíveis ao público-alvo.

4. Comunicação fluida e antecipação de necessidades

Nada de respostas genéricas. Ao responder dúvidas e solicitações rapidamente — com um diálogo adequado e baseado nas interações anteriores da instituição, habilidade adquirida por meio de machine learning —, a IA permite uma comunicação mais eficiente com os consumidores. 

A tecnologia antecipa necessidades, oferecendo soluções antes mesmo que o cliente identifique os problemas. Assim, cria uma relação de confiança e proximidade, reforçando a satisfação do público.

5. Segurança e confiabilidade

A automação e a IA também garantem maior segurança nas operações. Com sistemas avançados de análise de dados, é possível identificar e prevenir possíveis riscos, protegendo as informações e os interesses dos clientes. Essa confiabilidade é essencial para quem busca tranquilidade ao contratar serviços financeiros.

Com modelo ‘canal for equity’, Atomic Ventures se apresenta como o futuro da aceleração de startups no Brasil

O Atomic Group, hub de inovação e tecnologia que tem como meta faturar R$ 35 milhões em 2025, está apresentando ao mercado o modelo de ‘canal for equity’ da Atomic Ventures, uma das sete empresas que formam o grupo. O modelo traz diferenciais que colocam a Atomic Ventures como o futuro da aceleração de startups no Brasil.

A Atomic Ventures oferece aos empreendedores canais de venda para a ativação de seus produtos, na base de clientes ativos do grupo, sem custo. Atualmente, essa base conta com mais de 2,5 mil clientes, de múltiplas atividades econômicas. Oferece também mentoria estratégica para crescimento. O modelo transforma parte da receita em equity proporcional (participação em ações).

Desse modo, tem-se um modelo mais justo, conforme destaca o fundador e CEO do Atomic Group, Filipe Bento. Respeita-se também o tempo do fundador do empreendimento, em um processo constituído por duas grandes etapas: pré-aceleração, “um período inicial de mentoria estratégica e validação antes da assinatura da aceleração”, e o programa de aceleração propriamente dito.

A fase de pré-aceleração abrange due diligence simplificada, com análise jurídica e financeira inicial; termo de preferência de investimento e/ou aquisição enquanto a startup está incubada; e mentoria com especialistas, com avaliação de pontos-chave, como modelo de negócio, escalabilidade, tração inicial e estrutura societária.

Já a aceleração envolve etapa jurídica (formalização dos termos do investimento, incluindo equity e objetivos estratégicos); e as entregas da Atomic Ventures. São elas: o capital inicial para conexão com o marketplace Bitrix; rede de mentores e especialistas em produto, marketing, vendas e finanças; e conexões com investidores para as rodadas futuras.

“Transformamos fundadores em líderes de negócios escaláveis e lucrativos, para serem os donos do próprio destino”, sublinha Bento.

O executivo assinala ainda que o modelo da Atomic Ventures integra um ecossistema de inovação e tecnologia constituído pelas demais empresas do Atomic Group – Br24 (representante da plataforma internacional Bitrix), Atomic Apps, Atomic Education, Atomic Partners, Atomic Capital e Atomic Data.

Desse ecossistema, Bento cita dois ‘cases’ que ilustram seu potencial. Um deles é o do PowerZap WhatsApp API for Bitrix24, que integra a comunicação com o cliente no WhatsApp dentro do Bitrix24.CRM. Em dois anos, a receita mensal dessa solução cresceu mais de seis vezes: passou de R$ 71 mil em julho de 2022 para R$ 468 mil em julho de 2024.

Outro ‘case’ é o do PowerBot da Br24, chatbot criado no sistema Bitrix24. Ele permite implementar soluções poderosas de forma ágil. Nos quatro primeiros meses de implantação da solução, o número de clientes saltou sete vezes (28 em setembro de 2024, 144 em dezembro), com o mesmo crescimento da receita (de R$ 7 mil para R$ 50 mil mensais).

“Empresas que têm fit com o modelo da Atomic Ventures obtêm investimentos bem estruturados, soluções centradas em tecnologia, não em serviços manuais; MRR [receita recorrente mensal] comprovado, potencial financeiro e produto validado”, ressalta o CEO do Atomic Group.

A Era do “Self-Healing IT”: Sistemas autônomos que corrigem falhas sem intervenção humana

Entramos definitivamente na era do Self-Healing IT, ou TI autocurativa. Um novo modelo tecnológico em que sistemas e infraestruturas digitais não apenas identificam falhas, mas tomam decisões e executam ações corretivas de forma autônoma, sem aguardar por validações humanas ou depender da disponibilidade de equipes de suporte. Vejo esse avanço como mais do que uma inovação, se trata de uma necessidade urgente diante da complexidade crescente dos ambientes digitais modernos.

Ao longo dos últimos anos, testemunhamos a evolução do gerenciamento de TI sair do modelo reativo para um modelo proativo, com uso intensivo de ferramentas de monitoramento e alertas. Mas mesmo com essa evolução, continuamos operando dentro de um ciclo limitado, em que falhas ainda precisam ser interpretadas e solucionadas manualmente. O resultado é tempo de resposta limitado pela capacidade humana, atrasos na resolução de incidentes, impacto na experiência do usuário e nos indicadores de desempenho da operação.

A abordagem do Self-Healing IT rompe com esse ciclo. Ela representa a consolidação de um modelo verdadeiramente inteligente, onde a automação é combinada com capacidades analíticas e preditivas para antecipar problemas, aplicar correções em tempo real e aprender continuamente com os incidentes enfrentados. Não se trata apenas de automatizar tarefas pontuais ou rodar scripts de correção, falamos aqui de um modelo onde a inteligência artificial (IA), o machine learning e a integração nativa com sistemas de IT Service Management (ITSM) permitem uma autocura sistêmica e escalável.

Na minha experiência, tenho colocado essa visão em prática por meio da união entre automação robótica de processos (RPA), recursos de IA e uma camada de integração profunda com sistemas. Essa arquitetura permite que eventos disparados por falhas, como uma sobrecarga em um servidor, um serviço que parou de responder, ou um pico anômalo de consumo de memória, sejam tratados automaticamente, desde a detecção até a resolução. A automação vai muito além do que “reiniciar serviço”, ela envolve lógica contextual, verificação de causas-raiz, abertura e fechamento automatizado de chamados e comunicação transparente com os stakeholders da área de negócios.

Vejo diariamente o impacto positivo dessa abordagem. Para exemplificar, vamos pensar em uma situação hipotética de uma instituição do setor financeiro, que enfrenta milhares de chamados recorrentes todos os meses, como tickets, reset de senha e até problemas de infraestrutura mais complexos. Ao adotar uma plataforma com foco em Self-Healing IT, o número de chamados manuais da empresa pode cair drasticamente, reduzindo o tempo médio de resolução e aumentando a eficiência operacional. Além de ser possível liberar as equipes técnicas para focar em iniciativas estratégicas, e não em tarefas repetitivas e de baixo valor.

É fundamental entender que o conceito de TI autocurativa não é um luxo futurista, é uma resposta prática às demandas atuais. Com a adoção crescente de arquiteturas distribuídas, multicloud, microsserviços e ambientes híbridos, a complexidade da operação de TI se tornou tão alta que a supervisão manual não é mais suficiente. A capacidade humana de monitorar, interpretar e agir está sendo superada. É aí que entra o Self-Healing IT, como uma camada de inteligência que garante continuidade, resiliência e performance, sem sobrecarregar as equipes.

Acredito firmemente que o futuro da TI passa pela automação inteligente com autocorreção. Um futuro em que as plataformas são proativas, resilientes e cada vez mais invisíveis, porque simplesmente funcionam. Essa nova era exige uma mudança de mentalidade. Deixar de ver a automação como algo isolado e começar a enxergar como um ecossistema autocurativo e integrado. O Self-Healing IT é a base para isso. Ele não substitui o humano, mas potencializa seu trabalho, redirecionando o foco das tarefas operacionais para a inovação real. Estou convencido de que essa jornada é inevitável.

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