A Black Friday é uma das datas mais esperadas pelos consumidores, mas também uma das que mais atraem golpistas. De promoções falsas a sites clonados, as tentativas de fraude aumentam significativamente no período. Este ano, com a chegada de novas formas de compra como TikTok Shop e YouTube Shopping, o cenário de risco se amplia: produtos virais, anúncios falsos e ofertas irresistíveis são algumas das armadilhas usadas para enganar consumidores. Segundo a LOI, agência global de marketing de influência, o crescimento do social commerce exige atenção redobrada para não transformar a busca por descontos em dor de cabeça.
“Durante a Black Friday, o comportamento do consumidor muda: há uma pressa maior para aproveitar oportunidades e uma redução no senso crítico diante de preços baixos. Os golpistas se aproveitam exatamente desse impulso”, explica Zé Lucas Dias, Analista de Criação da LOI.
Nos últimos meses, fraudes envolvendo plataformas populares, como o TikTok Shop, também acenderam o alerta. Diversos vídeos com milhões de visualizações anunciaram falsamente produtos virais, como os Bobbie Goods, livros de pintura infantil que se tornaram febre entre influenciadores e direcionaram consumidores a sites falsos que imitavam a loja oficial. Segundo a LOI, esse tipo de golpe deve se intensificar durante a Black Friday, quando o número de anúncios e compras impulsivas aumenta.
“Essas armadilhas exploram a confiança gerada por vídeos com aparência legítima e avaliações falsas. Com a Black Friday, a atenção cai e o número de vítimas tende a crescer”, reforça Zé.
Para ajudar os consumidores a se protegerem, o especialista reuniu cinco orientações práticas que ajudam a evitar armadilhas digitais e golpes comuns nessa época do ano.
1. Desconfie de promoções recebidas por mensagens ou redes sociais
Links compartilhados via WhatsApp, SMS ou perfis no Instagram com “super descontos” costumam direcionar para sites falsos. “Um golpe comum é usar páginas com o visual idêntico ao de grandes varejistas, como Amazon, TikTok Shop ou Shopee, para capturar dados de cartão de crédito”, alerta. Prefira sempre digitar o endereço da loja diretamente no navegador.
2. Verifique se o site é oficial e seguro
Antes de inserir qualquer dado pessoal, confira se o site tem o cadeado de segurança (HTTPS) e se o domínio é legítimo. “Fraudadores criam variações sutis, como magazineluizaa.com, para enganar o consumidor apressado”, complementa Zé.
3. Cuidado com ofertas em anúncios de vídeo e perfis falsos
Durante a Black Friday, é comum ver anúncios nas redes com produtos virais, como eletrônicos e brinquedos, a preços muito abaixo da média. Esses vídeos podem usar imagens de influenciadores reais ou marcas conhecidas sem autorização. “Foi exatamente o que aconteceu no caso dos Bobbie Goods no TikTok Shop: anúncios falsos se multiplicaram usando vídeos legítimos para atrair cliques. O consumidor deve sempre confirmar se o link de compra leva à loja oficial”, explica o especialista.
4. Evite pagar por Pix em lojas desconhecidas
Embora o Pix seja rápido e prático, ele é o meio de pagamento preferido em golpes, já que as transferências são instantâneas e difíceis de reverter. Dê preferência a métodos que ofereçam proteção ao consumidor, como cartão de crédito ou carteiras digitais reconhecidas.
5. Use comparadores e monitore preços antes da Black Friday
Fraudadores também se aproveitam da “falsa promoção”, elevando preços dias antes para aplicar descontos fictícios. “Ferramentas como o Buscapé e o Zoom ajudam a verificar o histórico de preços e garantem que o desconto é real”, recomenda Zé.
Segundo o especialista, a principal dica é manter a calma e não agir por impulso. “A Black Friday é uma ótima oportunidade de compra, mas só vale a pena se o consumidor estiver seguro. Informação e atenção continuam as melhores formas de evitar prejuízo”, conclui Zé Lucas.

