A venda direta por meio das redes sociais já é uma etapa estratégica da jornada de compra no Brasil. O social commerce, modelo em que a transação acontece dentro do próprio ambiente social, reduz etapas, evita abandono de carrinho e aproxima marcas do consumidor. Segundo dados da Opinion Box, 66% dos consumidores pesquisam produtos nas redes, 69% já compraram após clicar em uma publicação e 74% utilizam plataformas sociais para efetivar compras. Entre os canais mais populares, o Instagram lidera com 65% de preferência, seguido por Google Shopping (56%) e WhatsApp (46%).
Nesse cenário, o Ecommerce na Prática – referência em educação para e-commerce no Brasil – ressalta que vídeos curtos e funil simplificado fazem toda a diferença para escalar as vendas online. O formato padrão, com cerca de 14 segundos, prioriza a demonstração de transformação: em vez de apenas exibir o produto, o conteúdo mostra a dor do consumidor e a solução em uso real. Reels, TikTok e Shorts se tornam, assim, ambientes de atenção qualificada e alta intenção de compra.
“As redes sociais aproximaram pequenas empresas de seus clientes e encurtaram a decisão de compra. O desafio do empreendedor agora é conectar conteúdo, atendimento e pagamento de forma coerente e atrativa”, explica Ana Clara Guimarães, Gerente de Aquisição no Ecommerce na Prática.
A fim de otimizar a conversão e o crescimento orgânico, o Ecommerce na Prática sugere uma série de ações estratégicas organizadas em três pilares essenciais:
1. Otimização do perfil para conversão imediata
O primeiro passo é criar ou migrar para uma conta comercial, além de otimizar a Bio para que ela responda imediatamente: o que a marca vende e como comprar. É crucial que o Link na Bio seja tratado como um campo sagrado, direcionando o tráfego para o catálogo ou para o WhatsApp, e que ferramentas como o Instagram Shopping sejam ativadas para encurtar a jornada de compra dentro da própria rede.
2. Conteúdo focado em valor, autoridade e transformação
Para engajar o consumidor no formato de vídeo curto, o conteúdo deve ir além do produto. A estratégia de vídeos se concentra em:
- Transformação e prova visual: utilizar formatos como antes e depois, POV (Point of View ou Ponto de Vista), mostrando a visão de quem usa o produto, e tutoriais práticos para demonstrar o valor do produto e o resultado que ele entrega. O conteúdo deve ser dinâmico e mostrar a solução em uso real, ativando gatilhos emocionais;
- Construção de autoridade: equilibrar os vídeos de entretenimento com conteúdo educacional (como listas rápidas ou comparativos) para demonstrar expertise no nicho e quebrar objeções de compra;
- Humanização e consistência: publicar o conteúdo de bastidores (como o processo de embalagem e organização) e manter uma rotina consistente de posts, criando laços de confiança e transparência com a comunidade.
3. Comunidade, prova social e conversão direta
O passo final é a conversão e a fidelização. A venda orgânica só escala quando o cliente se torna um fã que gera conteúdo espontâneo para a marca.
- O Direct (DM) como máquina de vendas: o Direct e o WhatsApp são considerados “mina de ouro” e devem ser tratados como canais de vendas persuasivas. As respostas não podem ser secas; elas devem conduzir a conversa listando benefícios e incentivando o fechamento da compra.
- Prova social dinâmica: Utilizar depoimentos de clientes em formato de vídeo (transformando prints ou avaliações) para endossar a qualidade do produto.
- Criação de Fãs: Investir em uma experiência de compra memorável (embalagens, brindes, cartinhas) que motive o cliente a postar o unboxing. Estratégias como a lista de melhores amigos no Instagram podem ser usadas para criar um canal VIP de pré-vendas e descontos exclusivos, garantindo a recorrência e a fidelização.

