A Inteligência Artificial (IA) está redefinindo de forma bastante rápida as práticas de governança corporativa, possibilitando maior precisão, agilidade e segurança na gestão de empresas de todos os segmentos e tamanhos. Ela não substitui a liderança, mas vem se mostrando uma ferramenta com grande capacidade de aprimoramento das decisões de conselhos e executivos, tornando-as mais eficientes, transparentes e informadas.
As diferentes ferramentas disponíveis são capazes de fornecer melhores análises preditiva e de cenários. Com a finalidade de antecipar riscos e identificar oportunidades, algoritmos analisam tendências de mercado, comportamento do consumidor e dados internos. Indicadores corporativos, que servem como forma de monitorar desempenho, podem ser acompanhados em tempo real, alertando conselhos e lideranças de forma ágil sobre possíveis desvios ou necessidades de ajustes.
A IA tem grande velocidade no processamento de dados, sendo capaz de detectar anomalias, inconformidades, fraudes e condutas antiéticas. Algoritmos de Machine Learning (Aprendizado de Máquina) monitoram transações financeiras, contratos e interações empresariais em tempo real. Documentos e atualizações legislativas são alinhados às normas legais vigentes através de sistemas especializados que aumentam a segurança jurídica.
Tarefas repetitivas e burocráticas podem ser automatizadas, fazendo com que o tempo dos profissionais e integrantes dos conselhos de administração seja melhor aproveitado. Um exemplo disto é a possibilidade de automação documental, com geração e adaptação precisas e consistentes de contratos, atas e outros documentos jurídicos com base em modelos e padrões internos.
Quando utilizada a partir de um olhar ético e responsável, os benefícios da IA são imensos. Porém, é importante que os conselhos e lideranças sejam capazes de criar um framework robusto de governança na área com a intenção de mitigar riscos. É fundamental garantir, através de auditorias regulares, que os algoritmos sejam justos e não perpetuem preconceitos históricos. Todas as decisões devem ser facilmente compreensíveis e auditáveis.
É essencial que ocorra a adoção de protocolos rigorosos de segurança cibernética e que a confidencialidade no uso de dados internos seja garantida, estando em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). E talvez o mais importante: as diretrizes de implementação da IA devem ser sempre claramente alinhadas com a estratégia, os valores e o apetite de risco da empresa. Se isto for conquistado, os resultados são garantidos e a confiabilidade mantida e ampliada. Vale o investimento!

