Enquanto muitos ainda desconhecem ou não aplicam o uso de agentes de Inteligência Artificial, os que já utilizam estão tornando o ciclo de venda muito mais certeiro e veloz. Para se ter uma ideia, uma pesquisa feita com 2 mil americanos apontou que 65% deles acredita que a IA conhece os hábitos de consumo deles igual ou melhor que as pessoas mais próximas, e 53% acredita que ela conhece os hábitos de consumo tanto ou até mais que eles mesmos, segundo estudo encomendado pela UserTesting e conduzido pela OnePoll.
Para que as campanhas e ofertas sejam certeiras, os agentes de IA são fundamentais, ainda que, para muitas empresas, principalmente as B2B, o humano na ponta seja indispensável para fechar negócio. A diferença dos agentes começa já na identificação, a tecnologia analisa grandes volumes de dados para identificar mínimos comportamentos de potenciais compradores. Se você é empresário, pense em ter um colaborador disponível 24/7 gerando leads, qualificando, personalizando as abordagens, contatando e ajudando no acompanhamento.
Tudo começa pela automação básica — aquela que você provavelmente já conhece: captar dados para entender se o lead está dentro do público-alvo, personalizar abordagens com mensagens mais relevantes e agendar reuniões.
Mas o verdadeiro diferencial está além disso: usar IA para analisar grandes volumes de dados, identificar padrões de comportamento e priorizar os leads com maior chance real de conversão. Assim, o time de vendas recebe os contatos certos, no momento certo — e o humano na ponta pode focar no que faz de melhor: fechar negócios.
Nesse novo cenário, o time comercial já acessa bases de dados enriquecidas para identificar até o timing ideal de contato com cada prospect. A IA deixa de ser apenas um recurso pontual — como personalizar uma mensagem — e passa a atuar diretamente no topo do funil, analisando interações, sinais de comportamento e qualificando leads via canais como WhatsApp, de forma contínua e inteligente. “O resultado é uma prospecção cada vez menos intuitiva e mais eficiente. Trata-se de conectar a jornada de compra aos objetivos de receita da empresa”, afirma Arthur Sorelli, CMO da Nuvia, plataforma de inteligência comercial com IA.
Muito se fala sobre como a IA pode aumentar a produtividade gerando mais leads do que um humano seria capaz. Mas pouco se discute o seu real poder: impulsionar a conversão. A questão não é marcar mais reuniões — é marcar as reuniões certas, aquelas em que a chance de fechar negócio é altíssima”, destaca Arthur Sorelli, que antes de cofundar a Nuvia, atuou como Head Global de Marketing na Omnibees, além de passagens por Unilever, LATAM Airlines, Rakuten, entre outras.
Atualmente, segundo estudo da McKinsey, no início de 2025, 72% das empresas B2B globais já haviam adotado ao menos uma ferramenta de automação de vendas. No Brasil, um levantamento da RD Station mostra que 58% dos negócios que investiram em automação de marketing e vendas conseguiram aumentar a geração de oportunidades qualificadas no último ano.
O executivo acredita que, à medida que mais empresas adotem agentes de IA, a diferença de desempenho em relação às que não utilizam a tecnologia será cada vez mais evidente. “O uso não será inevitável apenas por ser uma tendência do momento. Mas sim porque, quanto mais esses agentes forem utilizados, mais inteligentes e precisos eles se tornam — aprendendo com cada interação, seja ela bem-sucedida ou não. Os resultados vão falar por si”, afirma Arthur.