Em busca de flexibilidade e maior controle de investimentos, a abertura de lojas virtuais tem ganhado destaque entre empreendedores no Brasil. Segundo dados da 10ª edição da pesquisa “Perfil do E-Commerce Brasileiro”, realizada pela BigDataCorp, no país, existem mais de 1,9 milhão de lojas virtuais. Embora o mercado fosse inicialmente dominado por grandes players como Amazon, Mercado Livre e Magalu, a realidade tem se diversificado. A pesquisa também aponta que 45,79% das lojas virtuais são gerenciadas por um único empreendedor. Outras 40,47% têm menos de 10 funcionários, e, na grande maioria, oferecem até 10 produtos.
O cenário atual oferece um ambiente favorável para quem busca iniciar um negócio com baixo custo de produção. Para 2025, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta que o setor alcançará um faturamento superior a R$ 230 bilhões, com um ticket médio de R$ 539,28. Lucas Castellani, CEO da Cartpanda, um ecossistema dedicado a empreendedores digitais, destaca que o crescimento do e-commerce é reflexo da aceleração da transformação digital.
“Atualmente, o empreendedor precisa de uma plataforma de vendas eficiente, opções variadas de pagamento e um público engajado. Além disso, a presença nas redes sociais tornou-se um diferencial estratégico. Hoje, as compras são feitas diretamente pelo celular, seja por aplicativos ou sites, colocando o comércio literalmente na palma da mão do consumidor. Isso facilita muito a conversão de vendas, tornando o processo muito mais ágil e acessível”, completa o executivo.
Diante da alta do mercado, Castellani compartilha 4 dicas para quem deseja começar o próprio negócio com baixo investimento. Veja a seguir:
1-Investimento Inicial
Montar uma loja online pode ser acessível mesmo com um orçamento limitado. O investimento inicial varia conforme o porte do negócio, mas para quem quer começar de forma enxuta, é possível tirar a ideia do papel com cerca de R$ 1.000 a R$ 2.000. Esse valor pode cobrir itens essenciais como a escolha da plataforma (algumas têm planos gratuitos ou acessíveis), registro de domínio, hospedagem e as primeiras ações de marketing digital.
2 – Escolha da plataforma e foco na omnicanalidade
Na hora de escolher a plataforma online, priorize aquelas que oferecem soluções completas e integração com outras ferramentas do seu ecossistema digital. Recursos como checkout otimizado, templates personalizáveis, suporte técnico e funcionalidades de expansão são diferenciais importantes. Plataformas como a Cartpanda, por exemplo, oferecem tudo isso em um só lugar, facilitando a gestão e o crescimento do negócio desde o início.
Além disso, pense de forma omnichannel: estar presente em diferentes canais amplia seu alcance e melhora a experiência do cliente. Sua loja deve estar conectada às redes sociais, como WhatsApp, Instagram, Facebook e TikTok, além do E-mail, que funcionam não só como vitrines, mas também como canais de relacionamento, vendas e compartilhamento de promoções.
3 – Nicho de mercado
Escolher um nicho de mercado é essencial. A dica é alinhar seus interesses com a demanda do público e observar tendências em alta, como produtos sustentáveis, bem-estar, pet shop, tecnologia e itens personalizados. Pesquise o comportamento do consumidor, analise a concorrência e foque em resolver dores específicas de um público bem definido. Nichos segmentados tendem a gerar mais engajamento e fidelização, facilitando a criação de uma marca forte e relevante.
4 – Métricas e resultados
Fique de olho em indicadores como taxa de conversão (quantos visitantes compram), ticket médio (valor médio por compra), CAC – Custo de Aquisição de Cliente, ROI – Retorno sobre Investimento e taxa de abandono de carrinho. Com essas métricas, você identifica o que está funcionando, ajusta campanhas e melhora a experiência do cliente para impulsionar as vendas.